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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Semana Santa na Matinha de Dona Lô

[Anildo Motta]

Fátima Oliveira


Dona Lô estava almoçando na casa de Estela. Saiu de sua casa cedo da manhã. Foi à cidade atender a um chamado do bispo. Foi pronta. “De chicote e espora na ponta da língua”, como ela gostava de dizer quando sentia que precisava estar preparada pro que desse e viesse numa briga.
Não sabia o assunto que o bispo queria tratar com ela, mas intuía: “De certeza é furdunço daquele padreco safado”. Fuxico grosso. “Dou uma boiada pra não sair dessa briga. Ah se dou, e com gosto!”
Enquanto almoçava, rememorava...
“Se o bispo engrossar, direi poucas e boas... Nas fuças dele. A primeira delas, é que a Capela de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na Chapada do Arapari, é uma propriedade particular. Né da Santa Sé, não! Foi erguida por minha mãe, Donana Tropeira, em terreno particular dela e com o dinheiro dela. Tenho os documentos. Ainda vai nascer o macho que vai tomá-la de mim. Nela quem dá as ordens sou. Né bispo nenhum, não!”
– Calma Dindinha! Não entre na conversa assim tão destemperada, não! Faz bem pouco tempo que a senhora entrou de sola naquela encrenca sobre a Rede Cegonha... Não cansa de brigar, não?
– Que mané destempero coisíssima nenhuma, Estela! Pense numa mulher azuada... Sou eu! Azuretadinha. Ainda estou na quentura da Rede Cegonha. Mas os moços lá estão de crista murcha. Precisava, não? Cada coisa é uma coisa e cada uma em seu cada qual, oxê! Nada de querer inventar a roda. Já existe faz é muito temo, pois não? Mas o ministro tem ares de quem é do acordo. Vai resolver. O que me dana era que não precisava ter sido da maneira que foi... Uma gastança de energia, sem necessidade nenhuma. Deixe pra lá! Quando você estiver lá em casa conversaremos mais. Com tempo.
– ...
– Imagine o bispo pedir uma conversa comigo! Logo eu que nem sei onde é esse tal de Palácio Episcopal. Não devo nada a ele, por que...
– Ora, senhora! O bispo é um homem muito cordato. Sabe quem é senhora muito bem. Ora se sabe! Talvez queira apenas saber a sua versão sobre o incidente com o padre...
– Estelinha, não fale o nome daquela cascavel em minha frente, por favor! Meus ouvidos vão explodir... Em minha casa é proibido falar o nome daquele senhor. Se bem que eu não estou em minha casa, mas na sua...
– Tudo bem Dindinha. V’ambora... Vou deixar a senhora lá. Dispensei seu motorista hoje pela manhã. Foi dar umas voltas por aí...
O almoço transcorria em silêncio, até Pedro chegar.
– E aí Dona Lô, o que o bispo queria com a senhora, hein?
– O de sempre Pedro...
– Como o de sempre? O que é o de sempre?
– Pedir, pedir e pedir... Já viu algum padre que não é pidão? Disse-lhe que não tenho obrigação de dar nada pra Igreja dele. Quem faz cortesia com o meu chapéu sou eu. E mais ninguém...
– Ihhhhhh... Então nada foi bem.
– Ao contrário, Pedro! Estamos agora com tudo em pratos limpos. Ele perguntou como seria a Semana Santa em nossa região e como a diocese poderia contribuir. Eita cabra sabido! Não entrou em bola dividida. Respondi entregando-lhe a nossa programação.
– Programação? Como assim?
– Não se faça de leso Pedro! Há muitos anos há um modo de se fazer Semana Santa na Chapada do Arapari. Desde que eu era menina. Ou você não sabe? Nunca precisamos de padre para fazer nossas coisas. É bem recente isso de padre aparecer por lá pra dizer uma missinha corrida; enche a pança do bom e do melhor, uns trocadinhos nos bolsos também; e depois cai nas abas do mundo. Mas só começaram a aparecer pra essas missas ligeiras depois das estradas boas. No tempo em que só havia um caminho serra acima, padre aparecia por lá uma vez por ano, em desobriga. Não mais! E olhe lá!
– ...
– E nem por isso o povo deixou de ser temente a Deus, de ter religião. O povo se vira sempre e sobrevive, com padre, sem padre, com governo, sem governo. A sobrevivência da Chapada do Arapari até hoje é uma prova.
– Viiiiixe que a senhora hoje tá que tá... Baixou aí o espírito do primeiro dos Tropeiros, pelo visto...
– Pode ser. Não havia pensado, mas pode ser...
– ...
– Há uma cultura da religiosidade popular que celebra a Semana Santa, na qual padre é o de menos. Até dispensável. Disse ao senhor bispo. E que vamos continuar a tradição. A porta da capela está aberta para qualquer padre, menos para aquele senhor, que é um arengueiro contra o povo. Imagina, o cabra dizia que era pecado votar em Dilma! Foi aí que eu emputeci.
– E o bispo?
– Calado estava, calado ficou. Foi aí que aproveitei para dar tchau! Foi isso...
Estela observava com ar de riso.
– Tá rindo de que Estela?
– Eu? De nada! Pedro, veja como esse povo é pidão. Depois dessa conversa toda o bispo ainda pediu a Dindinha que visse a possibilidade de ceder a Matinha para uma reunião pra daqui a dois meses, duma pastoral não sei das quantas, que vai durar três dias, com cerca de 15 pessoas...
– E ela?
– Dindinha? Uma lady...Disse que receberia a reunião do bispo com muito gosto! Eehehehehe... Você precisava ver a cara dela. E acrescentou que depois da Semana Santa ele mandasse alguém de sua confiança procurá-la para definir o cardápio e outras coisas. “A Matinha de Dona Lô tem por hábito receber bem seus convidados”. E que ele não se preocupasse que correria tudo por conta dela. Claro que ele abriu um sorriso de orelha a orelha e disse que Dindinha não negava ser filha de Donana, mulher das mais caridosas que ele já viu na vida.
– Entonce, Inês é morta pro padre...
– Não pronuncie o nome do sujeito na frente de Dindinha, que ela tem alergia...
– Seeeeeeeeeeei! E a programação Dona Lô, cadê?
– Não viu ainda, não Pedro? Pois pegue aquele papel ali na mesa, meu filho. Fiz no papel pra mostrar pro bispo. Pouca coisa diferente do tempo em que Donana era viva. Uma coisinha só diferente no Domingo de Páscoa... Novidade.
[lava+pés.jpg]
[arc-lavatorio.jpg] 
O lava-pés (Maestro della Passione)
Semana Santa na Chapada do Arapari

1. Domingo de Ramos
. 17:00 - Ladainha e aspersão de água benta nos ramos (Capela de Nossa Senhora da Imaculada Conceição)
2. Quinta-feira Santa
. 18:00: Drama: Lava-pés (Adro da Capela de Nossa Senhora da Imaculada Conceição  – Chapada do Arapari)
3. Sexta-feira da Paixão
. 17:00: Ladainha na Capela de Santa Luzia, na Matinha de Dona Lô
4. Sábado de Aleluia
10:00: Malhação de Judas (Adro da Capela de Nossa Senhora da Imaculada Conceição  – Chapada do Arapari)
5. Domingo de Páscoa
10:00. Drama: “As mulheres na ressurreição de Cristo” (Adro da Capela de Nossa Senhora da Imaculada Conceição – Chapada do Arapari)
12:00. 6º. Almoço Comunitário de Páscoa da Chapada do Arapari
– Huuuuuuuuuum... E essa encenação de “As mulheres na ressurreição de Cristo”... Um Jesus Cristo superstar feminista, é?

Última Ceia com Maria Madalena, do pintor renascentista espanhol Juan de Juanes (1500 – 1579)

Foto: GooglePalavra de Fé -  Quando Jesus é lembrado...
– Ainda não! É só uma coisinha diferente, em merecimento de Dilma. Dar visibilidade à presença das mulheres na vida de Jesus Cristo, porque a bem da verdade elas foram muito presentes na vida, morte e ressureição dele. Ou não sabia? Falam pouco, mas o papel das mulheres na vida dele é destacado. É que escondem. Vamos desencavar. Coisinha simples... Dar a Maria Madalena o que é de Maria Madalena. Nem mais, nem menos...



Vitral, retratando Jesus com Maria Madalena grávida (Igreja Católica de Kilmore, Dervaig, na Escócia).

O Retorno de Maria Madalena
Madalena como um novo modelo para a mulher independente e apaixonada - Roger J. Woolger
Evidências do Casamento de Jesus e Maria Madalena

 
 – Eu não entendo como a senhora não sendo católica emprega tanto seu tempo nessas coisas...
– Ora Pedro, simples! O nosso povo é profundamente religioso. Quero dizer, católico. Mamãe entendia esse lance muito bem. Ela também era religiosíssima, mas tinha um modo particular de se relacionar com Deus e via que as festas religiosas populares eram eventos culturais, momentos de sociabilidade. Portanto ela as estimulava. O bom de ter dinheiro e ao mesmo tempo ter consciência social é que a gente pode manter vivas as tradições religiosas e culturais emanadas e vivenciadas pelo povo como um modo de viver. Entendeu?

– Médio...
– Então, tá! Vou dar uma cochilada porque quero sair mais no finzinho da tarde, com o sol mais baixo. Preciso chegar em casa antes da reunião com a diretora do grupo, marcada pras seis horinhas. Vamos dar uma olhadinha nos preparativos dos “dramas” que a meninada do grupo está ensaiando pra apresentar na Semana Santa. Muita novidade no Domingo de Páscoa, viu?
– Como assim? Ah, deixe pra lá! Vou estar lá mesmo, então vou ver... E o cardápio lá da Matinha, senhora?
– Ora, Pedro você vai estar lá mesmo, então vai comer...

Chapada do Arapari, 22 de abril de 2011




Jesus Cristo Superstar (a versão da Última Ceia de Jesus Cristo)












Maria Madalena (completo de 1 a 10):  http://youtu.be/SjCS_sXwUBU

Ecce Homo (Georges Rouault)

20 comentários:

  1. Um post muito massa. Dona Lô é quentura

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  2. Dra. Maria de Fátima, a senhora né brinquedo, não! E essa Dona Lô, é demais. Estou agurdando o episódio da apresentação da real Maria Madalena na vida de Jesus. A Chapada do Arapari, lá nas brenhas do sertão do Maranhão vai causar uma revolução.

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  3. Dona Lô é PODEROSA! Vai de maria Madalena, a viúva de Jesus de Nazaré. YEEEEEEEES!

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  4. Anhaaaaaaaaaaaaaan.
    Adorei

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  5. Uaaaaaaaaaaai gente, Dona Lô anda cavucando cada coisa!

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  6. O seu blogue me foi recomendado por uma amiga. Bendiata a hora em que recebi a recomendação. Dona Lô é magnífica. Já estou querendo é saber do drama da meninada da escola no domingo de Páscoa.

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  7. O apego à matéria gera uma paixão contra a natureza. É então que nasce a perturbação em todo o corpo; é por isso que eu vos digo: Estejais em harmonia... Se sois desregrados, inspirai-vos em representações de vossa verdadeira natureza. Que aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça.
    Após ter dito aquilo, o Bem-aventurado saudou-os a todos dizendo:
    Paz a vós – que minha Paz seja gerada e se complete em vós! Velai para que ninguém vos engane dizendo: Ei-lo aqui. Ei-lo lá. Porque é em vosso interior que está o Filho do Homem; ide a Ele: aquele que o procuram o encontram. Em marcha! Anunciai o Evangelho do Reino.
    (Evangelho de Maria Madalena)
    Em 1945, em Nag Hamadi, no alto Egito, foram encontrados, em língua copta, os evangelhos de Tomé e de Maria Madalena. De Maria Madalena, infelizmente, o texto está fragmentado. A presença de tantos textos fragmentados pode ser atribuída, além de outros fatores, aos decretos e recomendações papais solicitando o não uso desses textos pelos cristãos. É conhecido o decreto Gelasiano (referente ao Papa Gelásio - falecido em 496), contendo uma lista de 60 livros apócrifos do Segundo Testamento, os quais os cristãos deveriam evitar. E muitos livros apócrifos foram para a fogueira. Daí a importância de se encontrar um livro como o de Maria Madalena, guardado e conservado por tantos anos.

    As mulheres são importantíssimas no início do cristianismo. Entre elas, destacam-se Maria Madalena, Maria, Mãe de Jesus, Tecla, Verônica. Nos evangelhos apócrifos sobre Maria, Mãe de Jesus, nós encontramos uma mulher diferente da que aparece nos evangelhos canônicos. Se em Atos dos Apóstolos ela é aquela mulher subserviente, que está junto aos apóstolos, mas que não tem liderança, nos apócrifos ela é uma mulher que discute de igual para igual com os apóstolos e que tem liderança entre eles. Tecla, da mesma forma, era a companheira de Paulo na evangelização. Ela batizava. Mas logo no início do Cristianismo a voz de Tecla foi silenciada. Tertuliano, que lutou contra o movimento de mulheres cristãs, no ano 200 E.C., escreveu o seguinte: "... Que elas se calem e que questionem, em casa, os seus maridos".

    Quem é essa mulher? A interpretação "errônea" de outros textos dos evangelhos chegou a identificá-la com Maria irmã de Marta, com a mulher que ungiu Jesus e, o que é pior, com a prostituta, interpretação que ficou mais no inconsciente coletivo. Quem não "aprendeu" que Maria Madalena era prostituta? E como seria bom "desaprender" isso. Tente! E você verá como é bonito descobrir o novo. É isso que está acontecendo com as comunidades e pessoas que já estudaram o Evangelho de Maria Madalena. Elas estão descobrindo a Maria Madalena mulher, discípula de Jesus, líder entre os primeiros cristãos. E porque não "apóstola" e mulher que Jesus tanto amou? É verdade que muitos também se escandalizam com testemunho dado pelo Evangelho de Filipe o sobre o relacionamento entre Jesus e Maria Madalena: "A companheira de Cristo é Maria Madalena. O Senhor amava Maria mais do que todos os discípulos e a beijava freqüentemente na boca. Os discípulos viram-no amando Maria e lhe disseram: Por que a amas mais que a todos nós? O Salvador respondeu dizendo: Como é possível que eu não vos ame tanto quanto a ela? (Filipe 63, 34-64,5). E em outra parte diz: "Eram três que acompanhavam o Senhor: sua mãe Maria, a irmã dela, e Madalena, que é chamada de sua companheira. Com efeito, era 'Maria' sua irmã, sua mãe e a sua esposa" (Filipe 32).

    Creio que podemos compreender isso olhando a cultura e a vida de tantos outros místicos. Francisco e Clara de Assis viveram essa mesma experiência sublime de amor.

    Fonte: Entrevista com o Frei Jacir de Freitas Faria sobre os apócrifos

    http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2005/04/evangelho_de_ma_1.html

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  8. Bárbara Heliodora Gomes Lins23 de abril de 2011 às 12:01

    Gostei do episódio. Dona Lô é ela mesma e boi não lambe

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  9. Maria das Graças Dourado23 de abril de 2011 às 16:21

    Estou ansiosa para ler o episódio em que Dona Lô abordará “As mulheres na ressurreição de Cristo”.
    Com certeza será interessante.
    Só pra contribuir indico: "As Mulheres"
    por Barry Hudson

    Nós, pregadores, tentamos impressionar tanto os nossos ouvintes com verdades transformadoras, que às vezes exageramos. Acho que isso ocorre quando dizemos que Jesus morreu sozinho na cruz. Sim, ele foi abandonado por aqueles judeus materialistas, inconstantes, por seus apóstolos e até mesmo pelo Pai, quando tomou sobre si as nossas iniqüidades, mas Jesus não estava completamente só.

    Na cena comovente da cruz, vemos as mulheres fiéis na vida de Jesus. Na verdade, três dos evangelhos contam que essas mulheres se achavam à distância, contemplando o que se passava na cruz; mas João 19:25 diz que elas se encontravam próximas à cruz.

    Essas mulheres galiléias eram caras amigas de Jesus. Elas o ajudavam como podiam (Lucas 8:3; Marcos 15:41). A compaixão, o amor e a dedicação delas por Jesus em seu ministério e agora em sua morte devem ter incentivado muito a Jesus em meio à crueldade, ao ridículo e à descrença. Salomé, mãe de Tiago e de João, encontrava-se na cruz. Se tivéssemos estado lá, poderíamos ter abandonado Jesus por causa do amargor e do ressentimento. Em Mateus 20:20, ela pediu que Jesus desse lugares de destaque aos filhos dela no reino. Jesus ensinou a ela e a seus filhos como estavam errados em sua ambição.

    Salomé S a mulher que Jesus recusou; ainda assim, lá estava, na cruz S sempre dedicada a Jesus, mesmo sem conseguir o que queria. Muitos desistem de Jesus quando não vêem preenchidos os seus desejos, mas Salomé nos ensina a confiar no Salvador apesar da decepção que possamos sentir.

    Maria Madalena estava lá. Ela já tinha conhecido a desgraça de ser possuída por sete demônios, mas, depois que Jesus os expulsou, Maria era uma nova mulher. O amor dele a havia resgatado, e o amor constante dela por ele jamais se esvaneceu. Mesmo na cruz, quando as pessoas diziam que ele tinha fracassado e era um blasfemador, ela continuou a amá-lo, segundo mostra o seu retorno ao túmulo no dia em que Jesus ressuscitou dos mortos. Não é maravilhoso que a primeira a ver o Cristo ressuscitado tenha sido essa discípula dedicada? Da mesma forma, se permanecermos fiéis ao Senhor, o veremos em toda a sua glória (2 Tessalonicenses 1:10).

    Depois vem Maria, sua mãe. Situada sob a cruz, é possível que ela tenha pensado naquele dia em que se achava no templo, uma mãe ainda jovem. Ela e José estavam levando o menininho para ser apresentado ao Senhor. Um velho saiu da multidão e profetizou que aquele recém-nascido seria um Líder de homens, um Rei das nações. Depois disse a Maria diretamente: "Também uma espada traspassará a tua própria alma". Na cruz, cumpriu-se a profecia.
    ...Jamais subestimemos a importância dessas mulheres. Outros fugiram, mas essas discípulas dedicadas arriscaram tudo para consolar a Jesus em sua angústia. Não teria sido fácil presenciar a agonia, a vergonha e a indignidade de sua morte. Ficaram firmes lá, no entanto. Uma coisa é ficar ao lado de Jesus em seus momentos de alegria e de vitória, no dia de seu poder, quando curou enfermidades, expulsou demônios e ressuscitou mortos. Porém, outra coisa é ficar a seu lado na cruz, quando o céu parecia fechado para os seus clamores e o diabo parecia tão vitorioso. Mas essas mulheres se mantiveram inabaláveis. Nada podia vencer o amor e a compaixão que sentiam pelo Salvador. Que sempre sejamos tão dedicados e firmes em nosso compromisso para com o Senhor quanto o foram essas mulheres.

    http://www.estudosdabiblia.net/a10_10.htm

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  10. Maria das Graças Dourado23 de abril de 2011 às 16:38

    Maria Madalena e Jesus tinham relação de aluna e mestre, dizem especialistas


    Após exorcismo, mulher teria passado a seguir Cristo como discípula Palestina afora.
    Idéia de que os dois teriam casado e tido filhos não possui dados concretos a seu favor.

    Reinaldo José Lopes
    Do G1, em São Paulo
    Tamanho da letra
    A- A+ A maioria dos que estudam as origens do cristianismo tem poucas dúvidas: Maria Madalena cumpriu um papel importante entre os primeiros seguidores de Jesus, era uma das companheiras mais devotadas de Cristo e foi uma das primeiras a testemunhar sua fé na ressurreição do mestre. Mas, ao que tudo indica, a idéia de que os dois foram casados e tiveram filhos não passa de uma mistura de imaginação hiperativa moderna com brigas políticas de antigas seitas cristãs.

    http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL644103-9982,00-MARIA+MADALENA+E+JESUS+TINHAM+RELACAO+DE+ALUNA+E+MESTRE+DIZEM+ESPECIALISTAS.html

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  11. O blogue é divertido, bem escrito e Dona Lô uma senhora de esquerda diferente. Primeiro é rica e não se importa e nem tem vergonha de ser uma mulher rica. Sua vida é devotada ao povoado e às pessoas que lá vivem, fundado pelo seu bisavô (ou foi o avô?), que era tropeiro.
    Ela descende de uma família que se fez através de muito trabalho, de sol a sol. Tem consciência de sua origem humilde.
    Mas o que mais gostei dos vários episódios que li, é que Dona Lô que foi uma jovem revolucionária, e até exilada, nos anos 1960, assume a sua herança material, a riqueza da família apelidada de "Tropeiro" sem abrir mão dos valores políticos que ela acredita: que a conscientização popular é um dever que ela tem.
    Também ficou muito claro a atenção especial que ela dedica à indepencia econômica das mulheres, tanto que tem a criação de porcos e de galinhas numa espécia de cooperativa. O que faz das mulheres da Chapada mulheres endinheiradas. Achei isso interessantíssimo. No mais, é também muito bonita a forma como ela lida com a cultura popular, inclusive a cultura religiosa. Uma ateia que respeita e mantém viva a cultura religiosa de um povo: sabe lidar com ela e a transforma em processo de conscientização.
    Não custa lembrar que quando Dona Lô brigou com o padre que dizia ser pecado votar em Dilma, todas concrdaram. Vou acompanhar o blogue.

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  12. Eu também já estou aguardando o relato de como foi a Semana Santa na Chapada do Arapari

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  13. Lívia Vitória da Silva Macedo24 de abril de 2011 às 08:24

    Uuuuuuuuuuuuuuuuh, bombou geral. Maria Madalena é demais da conta

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  14. Estou de mutuca, só esperando o drama das mulheres na ressurreição de Jesus

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  15. Cada dia que passa fico mais fã de Dona Luisinha

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  16. Fááááátima, estou querendo assistir de camarote “As mulheres na ressurreição de Cristo”

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  17. Jesus do céu, santa Maria Madalena..dona Lô sabe rodar a baiana quando é necessário.
    Fátima, os vídeos , fotos estão maravilhosos.
    Cheiros carinhosos.

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  18. Estou aqui na espera dos relatos da Semana Santa. Dona Lô é show até demais

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  19. Margareth de Moraes17 de maio de 2011 às 08:29

    Sou uma fã de Dona Lô. Acho-a o máximo

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  20. Humberto Guimarães da Silva30 de julho de 2011 às 10:25

    Gostei demais. Dona Lô é um espetáculo!

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