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terça-feira, 24 de setembro de 2013

O papa e os direitos reprodutivos: entre a cruz e a espada?

Papa Francisco cria comissão para combater o tráfico de seres humanos
Igreja continuará satanizando direitos de mulheres, gays e lésbicas?
Fátima Oliveira
Médica - fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_
 
O papa Francisco, num mesmo dia, 20 de setembro, apareceu na grande imprensa mundial falando para plateias diferentes, emitindo opiniões aparentemente díspares sobre os direitos reprodutivos. Há quem diga que ele está entre a cruz e a espada, pois deseja avançar, mas poderosas forças retrógradas do catolicismo romano não permitem. Para outros, ele está se tornando exímio em agradar a plateias: diz o que cada uma quer ouvir. E assim as águas vão rolando, turbulentamente, na Santa Sé.
 
Em 20 de setembro de 2013, o papa Francisco recebeu os participantes do 10º Encontro da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas, cujo eixo foi “Catolicismo e cuidados maternos”. Enfatizou a defesa da vida: “Em cada criança não nascida, mas condenada injustamente a ser abortada, está o rosto de Jesus, tem o rosto do Senhor, que ainda antes de nascer e depois, logo que nasce, experimenta a rejeição do mundo. E cada idoso – falei da criança: vamos agora aos idosos –, mesmo que doente ou nos fins dos seus dias, tem em si o rosto de Cristo. Não se podem deitar fora!”. E exortou aos médicos católicos que sejam “testemunhas e difusores da ‘cultura da vida’” (Rádio Vaticano).
No mesmo dia, Philip Pullella, da Reuters, publicou, sob o título “Papa critica obsessão da Igreja com gays, aborto e contracepção”, informações de que o papa concedeu uma “longa entrevista ao padre jesuíta Antonio Spadaro, diretor da revista ‘Civiltà Cattolica’, e disse que a Igreja precisa encontrar um novo equilíbrio entre a preservação das regras e o exercício da misericórdia. ‘Do contrário, até o edifício moral da Igreja deve cair como um castelo de cartas’”.
Acrescentou ainda que a Igreja se fechou em coisas pequenas, em regras tacanhas e na avidez de condenar os outros. E foi taxativo ao dizer na entrevista mencionada que: “Nós não podemos insistir somente sobre questões relacionadas ao aborto, casamento gay e uso de métodos contraceptivos. Isso não é possível. Eu não falei muito sobre essas coisas e fui repreendido por isso”.

A perplexidade é
a tônica. Aonde o
papa quer ir e
para onde ele
vai? Ou o papa
não vai sair do
fundamentalismo?

 
 
180213 portugal eua aborto-legal mmmEmbora o papa não tenha citado uma “perspectiva de uma mudança iminente nos ensinamentos morais”, falou a respeito das críticas recebidas do meio conservador católico por ter dito que não poderia recriminar homossexuais que tenham boa vontade e que busquem Deus e que não é possível interferir espiritualmente na vida de uma pessoa.
O diretor do grupo liberal Fé na Vida Pública, John Gehring, declarou: “Este papa está resgatando a Igreja daqueles que pensam que condenar gays e se opor à contracepção define o que significa ser católico real”. O bispo Thomas J. Tobin, de Providence, Rhode Island, falou em nome de muitos católicos conservadores quando disse que estava desapontado com o fato de que o papa não tinha abordado o ‘mal do aborto’ mais diretamente para encorajar ativistas antiaborto”.
Para muitos, a perplexidade é a tônica, ao mesmo tempo em que indagam: aonde o papa quer ir e para onde ele vai? Ou o papa não vai sair do fundamentalismo e o catolicismo continuará satanizando os direitos reprodutivos (mulheres) e os direitos sexuais de gays e lésbicas?
 
 
manual bioética igreja jovens papa  (Manual de Bioética para jovens não fala de preservativos nem de prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis. Médicos e geneticistas dizem que conteúdo representa um perigo para adolescentes brasileiros).

 
Eu, particularmente, não “boto fé” em mudanças nas “regras morais” da Igreja Católica. Basta lembrar o Manual de Bioética para Jovens, divulgado por ocasião da última Jornada Mundial da Juventude (Rio de Janeiro, 23 a 28 de julho, 2013), que nada tem a ver com a ética da vida; é tão somente uma compilação do que há de mais pantanoso do fundamentalismo católico romano.
 
PUBLICADO EM 24.09.13
  (Fado da Crucificada, José Maria Oliveira)
FONTE: OTEMPO

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Por que desejam encabrestar e levar um ministro para o brete?

 (Ministro Celso de Mello)
Precisa totalitarismo maior? É a antítese da democracia
Fátima Oliveira
Médica - fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_

Porque o que está no palco do Supremo Tribunal Federal (STF) é uma luta ideológica, com todas as tinturas de ódio, cuja lição maior é que, para setores populares e democráticos, ganhar eleições não é o mesmo que assumir o poder. Não admitir embargos infringentes tem um significado profundo, qual seja: qualquer pessoa corre riscos de ser condenada, até injustamente, e não poder se queixar nem ao bispo! Precisa totalitarismo maior? E totalitarismo é a antítese da democracia. Eis o fio da meada!






Catimbaram: não permitiram que o ministro Celso de Mello votasse, quando solicitou. No futebol, catimba é “forjar faltas; querer botar pressão; e atrapalhar o adversário praticando antijogo”. Desde então tentam, descaradamente, encabrestar um ministro do STF que já emitiu “N” vezes a sua opinião sobre o tema. A ordem do dia é encurralar o ministro no brete, como um animal!
 
Na quarta-feira passada, no estacionamento da Faculdade de Medicina, fui interpelada por um funcionário: “Doutora, diga aí o que acha dos embargos infringentes? São para inocentar os mensaleiros?”. Quase respondi de chofre, mas a bendita terceira idade, aquela depositária de mil e uma sabedorias, até a de dizer que não sabemos tudo, dá tenência. Balbuciei: “E você, o que acha?”. Ter paciência para ouvir e sentir o clima é uma sabedoria daquelas mil e umas.
 
 (Presidente Lula e o ministro José Dirceu)

“Tá difícil entender o noticiário. Sou contra corrupção, de qualquer tamanho. Tem de ter corretivo, que só deve ser aplicado se provado o rombo. Sem prova, o réu é inocente. Se têm tanta certeza de que o réu é culpado, por que temem os embargos infringentes? Aí tem treta!”.
Enquanto ele falava, repassei mentalmente algo que li, que transcrevo: “Os embargos infringentes podem ser conceituados como o recurso processual cabível das decisões não unânimes proferidas em sede de apelação ou ação rescisória, facultando-se, em face da diversidade de interpretações sobre a matéria, que esta seja novamente reexaminada pela instância superior (...). A palavra ‘infringentes’ significa aquilo que infringe, viola, desrespeita in casu a lei”.

Não admitir embargos
infringentes
tem um significado:
qualquer pessoa pode ser
condenada, até injustamente, e
não poder se queixar
nem ao bispo!
 

E prosseguiu: é leitor-colecionador de minhas colunas semanais em O TEMPO; e releu todas desde 2003 para relembrar o que já escrevi sobre Zé Dirceu. Espantada: “E aí? Qual a sua conclusão?”. Sintetizando: “A senhora fez muitas críticas a ele, quando ministro de Lula. Deu pra sentir que não gostava dele”. Cá com meus botões: “a maldição de Ibiúna, o fiasco do estrategista inocente”. Retruquei: “Leu aquela na qual digo que era bonitão?”. Rimos.
Ele sacou um recorte de jornal: “E também que era mandarim da República!”. Peguei o recorte e está lá: “Começando pelo fim do que disse Dora Kramer, ‘E Dirceu, como se sabe, não perdoa: age’. Eu me deliciava com as madeixas de Zé Dirceu ao vento... Era belo e maravilhoso! As fotos dele com o microfone em punho (e as madeixas ao vento), mais belo só Che Guevara. As ideias, assim como hoje, eram controversas... Hoje é um mandarim da República. Não se pode dizer que não levava jeito. Sempre levou. Não sei por que reclamam tanto! Estava escrito nas estrelas” (“Vou de boato, tendo a vergonha como burca”. (O TEMPO, 17.9.2003).
 
CheHigh.jpg (José Dirceu, Che Guevara e Fidel Castro)



Ao devolver a crônica ao meu interlocutor, ele encerrou a conversa: “Não permitir embargos infringentes é paulada na cabeça de todo cidadão; querem nos roubar o direito de ampla defesa!”. Finalizei: “Nada a ver com Zé Dirceu, e independentemente dele, como cidadã leiga em direito, a minha percepção é que embargos infringentes ampliam a democracia e o direito de defesa”.
 
PUBLICADO EM 17.09.13
 FONTE: OTEMPO

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Um “nabuh” para os ianomâmi e um ianomâmi para os “nabuh”

1 (DUKE)
David Good diz que tentou esconder ascendência ianomâmi
Fátima Oliveira
Médica -
fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_

Há anos sabia do casamento entre antropólogo norte-americano Kenneth Good e a índia ianomâmi Yarima, da Amazônia venezuelana. Casados na aldeia natal dela, Hasupuweteri, desde 1982, ela com 15 e ele com 39 anos, em 1986 foram residir nos EUA, onde se casaram de “papel passado” e, nove dias depois, David Good nasceu! Tiveram dois filhos (David e Daniel) e uma filha (Vanessa).
 
[IMG]  (David foi o primeiro filho, nascido em Nova York, quando Yarima deixou a aldeia. Os irmãos Vanessa e Daniel vieram um e quatros anos mais tarde)
Foto: BBCBrasil.com

David-Good  (David Good e sua mãe Yarima)



Kenneth Good chegou à Amazônia em 1975 como aluno do antropólogo norte-americano Napoleon Chagnon, autor de “O Povo Feroz” (1968) – registro de suas pesquisas com ianomâmis da Venezuela na década de 60, obra de referência sobre etnia durante décadas –, embora o ex-aluno Kenneth Good, que morou com os ianomâmis até 1986, alegasse que Chagnon manipulara dados em suas pesquisas.
Foi rebatido pelo mestre com sua vida pessoal: o casamento com Yarima, até hoje polêmico. Dizem, não consegui confirmar, que não há um código de ética que proíba antropólogos de relações de ordem afetiva e/ou sexual com sujeitos de suas pesquisas. Porém, Kenneth Good até hoje é acusado de pedofilia: ficou noivo de Yarima quando ela tinha 12/13 anos, mas diz que só se relacionaram sexualmente quando ela completou 15 anos.

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Livro Dentro Do Coração Kenneth Good Com David Chanoff    A oferta de uma esposa a Kenneth Good foi feita, em 1978, pelo irmão dela, o cacique da tribo, onde Good era chamado de “shori” (cunhado), numa cultura que, após a menarca, a mulher já pode ter marido, conforme Kenneth Good em seu livro “Into the Heart: An Amazonian Love Story” (“Coração Adentro: Uma História de Amor Amazônica” (1991). Disse o cacique: “Shori, você vem sempre aqui nos visitar e viver conosco... estive pensando que deveria ter uma esposa. Não é bom para você viver sozinho”. A oferta não foi aceita de imediato, mas acabou sendo concretizada.

Não há um código de
ética que proíba
antropólogos de
relações de ordem
afetiva e/ou sexual
com sujeitos
de suas pesquisas

 (Changon com ianomâmi)
 (Changon com ianomâmis)
  (Michigan James Neel)

cover image

Os estudos de Chagnon foram questionados com mais vigor desde o documentado pelo jornalista Patrick Tierney, autor de “Darkness in El Dorado” (“Trevas no Eldorado – como cientistas e jornalistas devastaram a Amazônia”). Na referida obra há acusações de que Changon tenha forjado, por encenações, mas com mortes reais, conflitos entre aldeias ianomâmis para provar que o povo ianomâmi é bélico, de natureza. Aventam que Changon deu aval aos experimentos do geneticista da Universidade de Michigan James Neel: uma vacina antissarampo, que desencadeou uma epidemia que matou centenas de ianomâmis.
 Em 1993, Yarima, que parecia adaptada à vida fora da tribo, decidiu ficar com seu povo, quando lá esteve participando de um filme sobre a sua vida. A prole ficou sob os cuidados do pai, embora ela tenha insistido em ficar com a menina.
 Em “Americano vai à Amazônia em busca de mãe ianomâmi”, David Good diz o quanto tentou esconder sua ascendência ianomâmi: pedia ao pai que dissesse que ele era hispânico. Adulto, cheio de perguntas, partiu em busca de suas origens. Em 2011, teve um reencontro emocionante com a sua mãe, quando firmou o propósito de “criar vínculos de amizade entre a cultura ianomâmi e o mundo lá fora – mas do ponto de vista de alguém que pertence a essa cultura”.
  
News Photo: Anthropologist Ken Good w Yanomamo Indian wife Yarima…  “Quem sou eu? Sou ianomâmi ou sou ‘nabuh’ (branco)? Os ianomâmi me veem como um ‘nabuh’, e os ‘nabuh’ me veem como ianomâmi? Hoje me orgulho de ser um americano-ianomâmi, tenho orgulho da minha herança cultural. Eu amo minha mãe e anseio estar com ela novamente, aprendendo os costumes ianomâmi. Não sou antropólogo, não sou político, não sou missionário. Sou um irmão e sou um filho” (BBC 7.9.2013).
Frases de alguém em paz com a sua verdadeira identidade.
 

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 [IMG] (Yarima, hoje com cerca de 40 anos, não se adaptou à vida individualista do homem branco e deixou os filhos com pai, retornando à Amazônia) Foto: BBCBrasil.com
PUBLICADO EM 10/09/13
FONTE: OTEMPO

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Corredor polonês racista é coisa do cotidiano brasileiro

médico-cubano-juan-delgado

O governo solapa direitos trabalhistas e ainda quer aplausos
Fátima Oliveira
Médica -
fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_
 

Uma “historinha” sobre falta de caráter, xenofobia e racismo de um médico idoso, que em nada difere de gente desprezível de outras profissões, pois o microcosmo das categorias profissionais é revelador das ideias dominantes numa sociedade de “racismo cordial”, onde ninguém se diz racista, só os outros são!


  N
a manhã de 1º de agosto passado, fui aos Correios do meu bairro com uma grande caixa para ser despachada. Como não havia lugar no balcão para a caixa de preciosidades para minha neta Clarinha, avisei a funcionária de que seria a próxima. Aguardei ao lado. Chegou a minha vez. Ao dizer: “Encomenda PAC”, um senhor todo pimpão, cabelos menos brancos que os meus, mas aparência de 70 e cacetada, fez de conta que eu não existia e entregou um envelope. Negra, aprendi a reagir quando fazem de conta que sou invisível.
Na maciota, mas firme, disse: “Senhor, é a minha vez! Estava na fila!”. E ele: “Isso aqui é rápido. É meu voto para o Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo. Sabe o que é isso?”. Eu: “Senhor, espere! Estou sendo atendida!”. Ele: “Desculpe-me, não a vi! Sou muito educado! Pode passar, madame! Nordestino não respeita fila!”.
E o muito educado foi esbravejar no fim da fila: “Esse povo do Nordeste nem sabe o que é fila. Lá não existe isso. Conheço essa gente do meu consultório de ajudar pobres ali na favela. Há muitos desses nordestinos lá que eu ajudo! Favela não, que esse nome é discriminação e tá errado, da comunidade da Barragem Santa Lúcia. Sou caridoso. Atendo de graça lá. Ora, não vou me trocar com qualquer uma, sou médico, sou rico!”.
 
Quando um
médico setentão
diz o que disse,
demonstra que
há caráter de
todo tipo em
qualquer profissão.


 
médicas cubanas empregadas domésticas
Jornalista Micheline Borges diz que médicas cubanas parecem empregadas domésticas. Ela deletou sua conta no Facebook após as declarações preconceituosas
medicos-cubanos-brasil3 
[Médicos cubanos chegam ao Brasil  (Foto: Luiz Fabiano / Futura Press)]
 
Gargalhei e, com o sangue fervendo, detonei: “E moleque, safado, xenófobo e racista. E cale a boca: sou tão médica quanto o senhor, há quase 40 anos...”. Ele (mirando a negra que vos fala): “Será? Então sou médico há mais anos que você!”. Eu: “E daí? Tá pensando que medicina nasceu só para o senhor, que é branco e do Sudeste? Deixe de bestagem e de xenofobia. Vou chamar a polícia para o senhor deixar de ser safado. Suma daqui, seu moleque, se não quiser sair algemado. Chispa!”.
Assustadíssimo, tropeçou nos próprios pés e, tremendo como vara verde, saiu feito um azougue... “Já vai? Espera a polícia, quero ver tua riqueza te safar!”. Mas ele fugiu! O único temor foi de o sujeito ter ou simular uma “sapituca” e eu ter de socorrê-lo ali...
 
 
cubano-xingado


[Ao contrário de todos os países em que atuam, onde são sempre muito bem-vindos, médicos cubanos são recebidos no Brasil com hostilidade por médicos brasileiros (Foto de Jarbas de Oliveira estampou a capa da Folha e de outros veículos de imprensa)]

 


 
Perplexo. Médico cubano respondeu à hostilidade : 'Seremos escravos da saúde' - Jarbas Oliveira/Estadão  Quando um médico setentão diz o que disse, demonstra que há caráter de todo tipo em qualquer profissão. Não é surpresa que médicos jovens portem cartazes “Sou médico, sou culto, sou rico”, que evidenciam uma faceta da desfaçatez reinante; nem é coisa de outro mundo, é daqui mesmo, a exibição do corredor polonês do banditismo do racismo ocorrido em Fortaleza, uma criminosa intimidação a médicos cubanos. E Juan Merquiades Duvergel Delgado, médico, negro, cubano, tirou de letra: passou por ele – eternizando numa foto, que ganhou o mundo, a naturalização e a banalização do racismo brasileiro! Aliás, o maior mérito da importação de médicos, que oficializa a precarização do trabalho médico – pois até o governo solapa direitos trabalhistas e ainda quer aplausos –, é comprovar a falta de vergonha de ser racista sem medos!
Negro no Brasil vive num corredor polonês racista. Mas só negros percebem e sentem, como o aceite ou a omissão diante de práticas racistas institucionais, a exemplo do engavetamento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Negra, que não andou um milímetro em sua implementação no atual governo. “Pra quem sabe ler, um pingo é letra”.
 

(Protesto de médicos em Florianópolis. Foto: Felipe)










PUBLICADO EM 03.09.13
1 (DUKE)
FONTE: OTEMPO