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domingo, 3 de abril de 2011

Faltou alguém no velório do Zé



José Alencar Gomes da Silva

José Ribamar Bessa Freire



Os dois morreram com a mesma idade: 79 anos. Os dois foram abatidos pela mesma doença maligna contra a qual lutaram bravamente por um longo período. José Alencar (1931-2011), vice-presidente do Brasil, câncer no intestino. François Mitterrand (1916-1996) presidente da França, câncer na próstata. Ambos tiveram funerais solenes com pompa de chefe de Estado. No velório do francês, porém, foi registrada uma presença, que esteve ausente no enterro do brasileiro.



François Mitterrand


Quase 15 mil pessoas desfilaram diante do corpo de Alencar, velado no Palácio do Planalto, em Brasília e, no dia seguinte, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, com direito a desfile em cortejo fúnebre, limusine preta, celebração presidida pelo núncio apostólico, honras militares, 21 tiros de canhão, bandeira a meio mastro, luto oficial. Alguém, no entanto, sentiu a perda, mas não foi aos dois palácios. Quem?
Estavam lá a presidente Dilma Rousseff, quatro ex-presidentes, entre os quais Lula, ministros, senadores, deputados, juízes, governadores, autoridades civis, militares e eclesiásticas, políticos de todos os partidos, gente do povo. Enfim, todos os poderes constituídos. O comandante do Exército, general Enzo Peri, lembrou que o morto, quando jovem, havia feito ‘tiro de guerra’: “Nós sentimos profundamente. Era um grande patriota, amigo das Forças Armadas”.
O médico do ex-vice-presidente, Raul Cutait, declarou que Alencar era “um exemplo de paciente”. Ele teve “um papel quase que didático em relação ao câncer”, confirmou Josias de Souza, colunista da Folha de SP. Efetivamente, o Brasil inteiro acompanhou, solidário, a luta daquele mineiro de Muriaé, corajoso, esbanjando a disposição de um touro, sempre com um sorriso descontraído depois de cada uma das inúmeras cirurgias a que foi submetido. Era duro de queda, o Zé. Dava a impressão de ser imortal.
“Ele levou esperança a milhares de pacientes, abriu discussão sobre os avanços no combate ao câncer, ensinou ao Brasil a fé, a coragem no enfrentamento à doença e a importância fundamental da família e dos amigos para o sucesso do tratamento” - disse Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia. Na sua fala, nada foi dito sobre uma pessoa, ali ausente, que não havia recebido essa injeção de esperança.

Ritual do Poder
De qualquer forma, quem teve alguém próximo com câncer – e quase todo mundo teve alguém próximo com câncer – se sentiu unido a José Alencar. O Globo registrou muitas mensagens de mulheres e homens comuns como Sidney Tito – “Adeus Zé, Deus te receberá com honras destinadas aos humildes, aos bons e aos justos” – ou Fátima Cremona – “O Brasil perde um grande guerreiro”.
Até mesmo adversários não hesitaram em entrar na fila de cumprimentos no velório, entre eles o ex-presidente Itamar Franco, classificado como “péssimo caráter” por Alencar em depoimento a Eliane Cantanhêde, autora de “José Alencar, Amor à Vida”. Itamar não chegou a chorar, como Lula, mas provou que mineiro é solidário no câncer, como queria Otto Lara. Outro ex-presidente, José Sarney (vixe, vixe!), com ar compungido, moveu o bigode de ratazana e se pronunciou:
- “No meu tempo, não vi um político ser objeto de opinião tão unânime e receber uma solidariedade tão sem contrastes de todos os segmentos da sociedade quanto José Alencar”.
Será? O senador Aécio Neves concordou e, crente que o purgatório de Alencar foi aqui na terra, despachou-o direto pro céu: “O Criador deve ter dito: uai Zé, achei que você não vinha nunca”.Ninguém questionaria o sotaque mineiro de Deus se não houvesse um lugar vazio no velório. Mas havia, embora despercebido por pessoas tão familiares como o ex-ministro José Dirceu e a presidente Dilma.
Dilma contou que Alencar a “adotou” quando ela chegou a Brasília, em 2003: “Foi meu segundo pai”. Na mesma linha, Dirceu afirmou, ao sair do velório: “Lula disse que perdeu um irmão. Eu perdi quase um pai”.
Com tal paternidade declarada, não precisa de um estudo profundo sobre estrutura de parentesco para ver que a cerimônia do adeus ao patriarca reuniu toda a quase-família: a esposa dona Mariza, os três filhos Josué, Graça e Patrícia. Além do quase-filho Dirceu, lado a lado de sua quase-irmã Dilma e do seu tio Lula. Só faltou mesmo alguém que esteve nos funerais de Mitterand.
Quando o presidente da França morreu no cargo, foram se despedir dele, na Catedral de Notre Dame, em Paris, cerca de 1.500 personalidades: reis, rainhas, príncipes, presidentes e chefes de governo de quase todos os países do mundo. Mas não foi nenhum deles que fez falta no enterro de Alencar. Quem fez falta foi alguém ainda mais importante, que concentrou todo o foco da imprensa mundial: Mazarine.



Mazarine e seu pai François Mitterrand


Mazarine
Mazarine foi registrada com esse nome em homenagem à biblioteca mais antiga da França. É que seus pais adoravam livros. Sua mãe Anne Pingeot era bibliotecária do Museu d´Orsay. Seu pai François Mitterand discutia com intimidade, entre outras, as obras de escritores latino-americanos como Júlio Cortázar e Garcia Marquez, que foram convidados para sua posse.
Acontece que Mazarine Marie, nascida em 1974, era filha de uma relação adúltera. Foi discretamente reconhecida, em cartório, pelo pai, que conseguiu manter o segredo durante anos, até 1994, quando foi revelado publicamente pela revista Paris-Match. Hoje, ela é Mazarine Marie Pingeot-Miterrand, escritora, autora de um romance – Cemitério de bonecas – em que uma mulher mata seu bebê e o coloca num congelador.
Mazarine e sua mãe não foram mortas nem ficaram no congelador. As duas foram convidadas para os funerais pela própria Danielle Miterrand, esposa do presidente, que bateu de frente com o poder e subverteu as normas do cerimonial. Uma foto estampada na primeira página dos jornais do mundo todo mostra Danielle ladeada por seus dois filhos Jean-Christophe e Gilbert, tendo Mazarine e Anne à sua esquerda.
No velório de Alencar, quem ficou de fora foi a Mazarine brasileira, conhecida em Caratinga (MG) como Alencarzinha, uma quase-irmã do Dirceu e da Dilma. Trata-se de uma professora aposentada de 55 anos, que em 2001 entrou com uma ação de reconhecimento de paternidade, reivindicando ser filha de um romance entre José Alencar e a enfermeira Francisca Nicolina de Morais.
Com a mesma teimosia com que lutou contra o câncer, seu quase pai, Zé Alencar, se recusou a fazer exames de DNA e morreu sem reconhecer aquela que diz ser sua filha. Diante da recusa, o juiz da comarca de Caratinga (MG), José Antônio de Oliveira Cordeiro, fez o que manda a lei. Declarou oficialmente José Alencar Gomes da Silva como o pai da professora, que recentemente passou a assinar, legalmente, Rosemary de Morais Gomes da Silva.
Entrevistado no programa de Jô Soares, em 2010, diante das câmeras e dos microfones, José Alencar não negou que havia tido uma relação com Nicolina, mas disparou um tiro de guerra. Revelou que “como todo jovem na época” era freqüentador das zonas de meretrício das cidades onde morou, insinuando que a mãe de sua eventual filha era uma prostituta e que qualquer um podia ser o pai.



Rosemary de Moraes





Rosemary de Moraes


Alencarzinha
Confesso que nutria enorme admiração pela luta de Alencar contra o câncer, mas ela se esfumou quando ouvi sua declaração, digna de um Bolsonaro, ultrajante e ofensiva a todas as mulheres brasileiras, virtuosas ou pecadoras, que não mereciam um comportamento público tão machista, mesquinho e vulgar. Fiquei envergonhado, afinal ele me representava. Não era um quase-pai, mas era um quase-presidente. Nem o insensato coração de André Lázaro Ramos foi capaz de discurso tão abominável e covarde, indigno de um homem tão bom, que pelo seu cargo deveria ter um comportamento mais republicano. O pior é que, pelo lugar de onde fala, ele tem um “papel didático” também nessas questões de gênero.
Alencarzinha assistiu pela televisão à cobertura do velório de um homem poderoso, rico, com grandes qualidades, mas asquerosamente machista. “Não fui a Belo Horizonte porque não ia ser bem aceita lá”, ela disse. Judicialmente, podia ter tentado impedir a cremação para realizar o exame de DNA, pelo qual tanto lutou. Mas não o fez. “Queria ter conversado com ele em vida, para mostrar quem eu sou, a filha que ele tem, todo pai gosta de conhecer a pessoa que ele colocou no mundo. Agora, não adianta mais”.


 Danielle Mitterrand recebeu criticas impiedosas pela presença de Mazarine e Anne Pingeot nos funerais do presidente francês. Num belo texto que tornou público, ela condenou a hipocrisia e o conformismo, dizendo que um homem ou uma mulher sensível podia se enamorar e se encantar com outras pessoas: “É preciso admitir docemente que um ser humano é capaz de amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos, amar de forma diferente”. Ela fez um apelo:
- “Aceitei a filha de meu marido e hoje recebo mensagens do mundo inteiro de filhos angustiados que me dizem: - 'Obrigado por ter aberto um caminho. Meu pai vai morrer, mas eu não poderei ir ao enterro porque a mulher dele não aceita (...). Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e amar seus parceiros em suas dúvidas, fragilidades, divisões e pequenas paixões. Isso é amar por inteiro e ter confiança em si mesmo.
Foi essa generosidade que faltou no enterro de Alencar.


Mazarine, filha de Mitterrand junto a sua mãe Anne Pingeot , no enterro de François Mitterrand. Embaixo Danielle Mitterrand, esposa do presidente defunto junto com seu filho, Mazarine e Anne.
Íntegra do texto de Danielle Mitterrand, esposa do ex-presidente François Miterrand, ao povo francês,

Antes de mais nada devo deixar claro que não é um pedido de desculpas. Muito menos um enunciado de justificativas vãs, comum aos covardes ou àqueles que vivem preocupados em excesso com a opinião dos outros. Aos 71 anos, vivendo a hora do balanço de uma existência que é um sulco bem traçado e profundo, já não mais preciso, e nem devo, correr atrás de possíveis enganos.
Vivo o momento em que as sombras já esclarecem e que as ausências são lindas expressões de perenidade e criação. Sombras e ausências podem ser tudo, ao passo que luzes e presenças confundem os mais precipitados, os mais jovens.
Vivi com François 51 anos; estive com ele em muito desse tempo e me coloquei sempre. Há mulheres que não se colocam, embora estejam; que não se situam embora componham o cenário da situação presumível de uma vida de altos e baixos.
Na época da Resistência nunca sabíamos onde iríamos passar a noite - se na cama, na prisão, nos bosques ou estendidos por toda a eternidade. Quando se vive assim em comum, cria-se uma solda e a consciência de que é preciso viver depressa. Concentrar talvez seja a palavra. Por isso tentei entendê-lo, relacionar-me com sua complexidade, com as variações de sua pessoa e não de seu caráter...
Quem entende ou, pelo menos, luta para compreender as variações do outro, o ama realmente. E nunca poderá dizer que foi enganada ou que jamais enganou. Não nos enganamos, nos confundimos quando nos perdemos da identidade vital do parceiro, familiar ou irmão. Ou jamais os conhecemos, o eu também, não é um engano. Quem não conhece, não tem enganos. Nas variações do outro, não cabe o apaziguador tudo antes do tempo em forma de tranqüilidade. Uma relação a dois não deve ser apaziguada, mas vibrante, apaixonada, e não enfastiada.
Nessa complexidade vi que meu marido era tão meu amante quanto da política. Vi, também, que como um homem sensível poderia se enamorar, se encantar com outras pessoas, sem deixar de me amar.
Achar que somos feitos para um único e fiel amor é hipocrisia, conformismo. É preciso admitir docemente que um ser humano é capaz de amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos, amar de forma diferente.
Não somos o centro amorável do mundo do outro. É preciso aceitar, também, outros amores que passam a fazer parte desse amor como mais uma gota d'água que se incorpora ao nosso lago.
Simone de Beauvoir dizia bem, que temos amores necessários e amores contingentes ao longo da vida.
Aceitei a filha de meu marido e hoje recebo mensagens do mundo inteiro de filhos angustiados que me dizem: - 'Obrigado por ter aberto um caminho. Meu pai vai morrer, mas eu não poderei ir ao enterro porque a mulher dele não aceita.
É preciso viver sem mesquinhez, sem um sentido pequeno, lamacento, comum aos moralistas, aos caluniadores aos paranóicos azedos que teimam em sujar tudo. Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e amar seus parceiros em suas dúvidas, fragilidades, divisões e pequenas paixões.
Isso é amar por inteiro e ter confiança em si mesmo.
'Deus não prometeu Dias sem Dor; Risos sem Sofrimentos; Sol sem Chuva. Ele prometeu Força para o Dia; Conforto para as Lágrimas e Luz para o Caminho...



Danielle Mitterrand


 
[11111.jpg] 
Diário do Amazonas (03.04.2011)
FONTE: www.taquiprati.com.br/cronica.php?ident=910
Extraído do Site Lima Coelho
www.limacoelho.jor.br/vitrine/ler.php?id=5045

10 comentários:

  1. O professor José de Ribamar Bessa Freire matou a apu. Agora sim, José Alencar foi cremado mesmo

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  2. E todos nós que tomamos conhecimento destas histórias de filhos que lutam para um encontro com o pai, sofremos um pouco e sabemos que Rosemary muito mais. São dramas que acontecem na vida de todos nós.
    Realmente faltou alguém no velório do Zé, a prof. Rosemary que afirma ser sua filha, mas o melhor teria sio o encontro em vida.
    A matéria está primorosa humana, correta e solidária.

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  3. Gostei de encontrar o artigo do professor José Ribamar Bessa Freire porque ele é de uma clareza cristalina e, sobretudo, justo. José Alencar baixou muito em meu conceito.

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  4. UIM HOMEM DE BEM
    Villas-Boas Corrêa

    Há quanto tempo não tenho a grata oportunidade de qualificar um militante na desmoralizada categoria políticos da decadência do Congresso – Senado e Câmara, em empate que não enobrece o Legislativo, como na unanimidade que lamenta a morte do ex-vice presidente José Alencar, que conheci em Belo Horizonte, com um próspero empresário do setor têxtil e fundador de um império industrial, comandado pela Coteminas, por ele fundada em Minas na década de 60.

    Nasceu pobre, estudou numa escola de taipa e começou a trabalhar aos 14 anos como balconista numa loja de tecidos A Sedutora. Daí para Caratinga, onde continuou como balconista.

    E aos 18 anos estabeleceu-se como comerciante, com a loja A Queimadeira, que vendia tudo, de roupas, calçados, guarda-chuvas, chapéus, com o sucesso que o acompanharia por toda a vida.

    Vendeu a loja para mudar de ramo. Sócio da Fábrica de Macarrão Santa Cruz, com a morte do irmão Geraldo, assumiu a empresa União dos Cometas.

    Depois fundou em Montes Claro, a Companhia de Tecidos Norte de Minas, a Coteminas que transformaria na maior fábrica de fiação e tecelagem do país. Hoje conta com 15 fábricas no Brasil, cinco nos Estados Unidos, uma na Argentina e uma no México, com 16 mil funcionários, a maior do país.

    Mudou de ramo e assumiu a empresa União dos Cometas. Fundou em Montes Claros, com o deputado Luiz de Paula Ferreira, em 1967, a Companhia de Tecidos Norte de Minas, a Coteminas, que conta hoje com 15 fábricas no Brasil, cinco nos Estados Unidos, uma na Argentina e uma no México. Com 16 mil funcionários é a maior empresa têxtil do Brasil. Abastece os Estados Unidos, Europa e Mercosul.

    Sempre como um homem de bem.
    (continua)

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  5. cont...
    UM HOMEM DE BEM
    Villas-Boas Corrêa


    Enfrentou o câncer que o levaria a morte com a mesma bravura e serenidade. Num uma palavra de queixa ou revolta, Com a mesma naturalidade com que tratava de uma gripe ou dor de dente. Brincava com os médicos sobre a sua doença e com a ponta de orgulho por saber tanto do câncer como os médicos que o tratavam.

    Burilou sentenças que os jornais registram: “ A morte é um fenômeno natural. Assim como você nasce, você vai morrer um dia e não temos que ficar pensando nisso. Você vai viver o tempo que Deus quiser que você viva,”

    Na carreira política o mesmo bom humor e modéstia. Conta que nas eleições de 1989 entrou na cabine disposto a votar em Lula. Na hora recuou e anulou o voto. “Tive medo”.

    E treze anos depois ajudou a eleger o Lula a presidente e elegeu-se vice-presidente. O vice impecável pela lealdade e a modéstia. Um homem de bem.

    Em 98 foi eleito senador na chapa do PMDB. Mas, foi um senador independente que apoiou a criação da CPI da Corrupção para investigar o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Recusou o apelo do presidente para votar contra, justificando em carta as suas razões.

    Em 2001 começa a sua aproximação com Lula, em campanha para a presidência. Compõe a chapa como candidato a vice. Ainda na articulação da aliança, o diagnóstico de câncer na próstata.

    Eleito, a relação entre o presidente Lula e o vice José Alencar passou por crises logo contornadas. O vice manteve o discurso de oposição da campanha.

    Defendeu uma reforma tributária, denunciou a irresponsabilidade fiscal no país. Lula convida o seu vice para assumir o Ministério da Defesa, para resolver uma crise no Exército. Ficou no cargo até maio de 2006. Em 2005 o escândalo do mensalão ganhou as manchetes da imprensa. O vice José Alencar estava no PL, um dos partidos enrolados na questão.

    Driblando constrangimento: o vice José Alencar estava no apartamento com Lula em que José Dirceu e Waldemar Costa Neto acertaram os repasses do PT ao PL.

    As especulações de que Lula disputaria a reeleição em 2006 com outro vice foram sepultadas pela evidência de que a chapa para seria o repeteco com José Alencar na vice.

    O câncer voltou em julho, Alencar retirou o tumor da região abdominal. No hospital assumiu a vice. E ao sair, mais uma frase redonda: “O médico me deu alta. Daqui para a frente ele não manda mais”.

    José Alencar não morreu derrotado. Mas, com o reconhecimento virtualmente unânime de que foi um homem de bem.

    março 30, 2011
    http://www.vbcorrea.com.br/?m=201103

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  6. Tudo bem Delzuíta que ele foi um homem de bem na maior parte das coisas, mas morreu como um instransigente que se recusou a fazer um teste de paternidade unicamente para não dividir a riqueza. Foi muito do machista mesmo no Programa do Jô, minha filha. Pra mim perdeu a moral, eu sinto muito porque eu gostava muito dele, mas depois dauele programa do Jô eu tomei um profundo abuso dele.

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  7. Bessa Freire foi no X da questão. Meus parabéns

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  8. Salete Mota Moreira4 de abril de 2011 às 15:59

    Ôchê, pois num é que o mestre está com a razão?

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  9. Nada é perfeito.Na minha opinião não se nega o reconhecimento de um filho. Que pena José.

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  10. Humberto Guimarães da Silva30 de julho de 2011 às 10:26

    E faltou mesmo!

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