(Maria Clara e o Governador Flávio Dino na solenidade de entrega do Prêmio José Augusto Mochel, 18.12.2015)
Fátima Oliveira
Médica - fatimaoliveira@ig.com.br @oliveirafatima_
A chegada de um novo ano marca o alvorecer de um novo
tempo e a possibilidade de melhores dias, nem sempre concretizáveis, mas a
esperança é daquele tipo “vai que acontece”!
No geral, acho que há o que comemorar ter “rompido” o
Ano-Novo. Em linguajar do sertão maranhense, “romper o Ano-Novo” é a dádiva de
estar vivo, logo, nem sempre a alegria é babaquice, a não ser quando as
comemorações excedem os limites da diversão: “Beber daquela vez como se fosse a última”...
Os rituais de Ano-Novo são compostos por diferentes
ritos, pois, em geral, em cada país a chegada do Ano-Novo é celebrada de uma
maneira. Num mesmo país, os rituais podem ser diferentes, a depender se é
praia, montanha ou roça.
Depois das alvíssaras da Maria Clara, que venha 2010!
Escrevi em “Depois das alvíssaras da Maria Clara, que venha 2010!” que “é difícil não se contagiar com a iminência de um ‘ano que
entra’. Quem vivenciou um ano ruim, espera um melhor; e quem navegou em
alegrias, agradece as graças recebidas. Se para alguns celebrar o Ano-Novo é
uma chatura, para a maioria não o é. Em algumas regiões do Brasil, alvíssaras
são mimos recebidos no ‘Dia de Ano’, que é um costume lindo!
Recebi minhas alvíssaras antecipadamente. Em 30 de
dezembro passado nasceu a minha neta Maria Clara, que reverberou em mim como um
sentimento de eternidade. Ouvir o seu choro ao nascer foi mágico.
Nem cortar o cordão umbilical eu queria, de tão
emocionada, mas a dra. Myrian Celani, que tem o dom de obstetra, nem quis saber
e colocou a tesoura em minha mão e... clic, nem vi direito, cortei! Estava
embevecida, olhando-a e constatando que era a cara da mãe, da tia e do tio
quando bebês – o milagre genético da natureza em toda a sua exuberância, parido
do meu ventre!
Foi só ver Maria Clara sobre a sua mãe, Lívia
Cristina, pra não perder o costume de filosofar e arengar. Indaguei em que
mundo gostaria que ela vivesse” (O TEMPO, 12.1.2010). O tempo passa numa
celeridade impressionante! Amanhã, dia 30, Maria Clara, completará seis anos e,
como ela diz, “Já me formei no ABC!”.
É para essa gente pequena que já se formou no ABC, pra
quem ainda vai se formar no ABC e para toda a meninada, adolescentes e jovens
que estão na luta por um futuro radiante, pelos que se perderam pelo caminho e
podem ser recuperados, que nós, adultos de várias gerações, precisamos legar um
futuro de oportunidades e dignidade, numa República laica e democrática, com
liberdade de opinião e também a liberdade de ter ou não uma religião.
Para quem tem a solidariedade como um valor, a luta é
por um mundo acolhedor para todas as pessoas, logo, um desafio é compreender,
introjetar e cumprir o dito pela geneticista francesa Claudine
Guérrin-Marchand, autora do livro “Manipulações Genéticas”: “A Terra nos foi
dada em usufruto, e é nosso dever legá-la saudável para as futuras gerações”. É
o mínimo que se espera como demonstração de consciência ecológica e como
expressão da ética da responsabilidade.
Entendo que legar uma Terra ecologicamente saudável
para as futuras gerações é partilhar riquezas e tem a exata dimensão do que nos
diz Flávio Dino, governador do Maranhão, um obcecado, como eu, pelo bem-estar
do nosso povo. Em “Governo de todos nós, um ano” (27.12.2015): “No ano que se
inaugura, vamos continuar a lutar para superar o quadro de extrema dificuldade
econômica que vive o nosso país para realizar o sentido máximo de nossa gestão,
qual seja, fazer com que as riquezas do Maranhão sejam capazes de levar
benefícios para todos”.
PUBLICADO EM 29.12.15
(DUKE)
FONTE: OTEMPO
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