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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Matutando criticamente sobre o marianismo do mês de maio

Relevância maior está nas questões da reprodução humana
Fátima Oliveira
Médica -
fatimaoliveira@ig.com.br

Em 2006, escrevi dois artigos, que revisito hoje e que relembram que em maio há várias datas que ressaltam o papel da mulher como procriadora, segundo a visão de mulher do catolicismo ("Maio e as mulheres" e "28 de maio: viva a mãe viva!", O TEMPO, 8 e 29.5.2006).

Maio é o mês de Maria, mãe de Jesus, pois em maio ocorreu a sua consagração. Dia 13 de maio é de Nossa Senhora de Fátima e dia 31 é da Visitação de Nossa Senhora. Na Europa, há a tradição de oferendas florais na primavera e de celebrar a consagração de Maria, costume popular incluído por Paulo VI na encíclica "Mês de Maio", consagrada a Maria, enfatizando que rezar o santo rosário era "uma oração agradável à Virgem Maria".
OS MISTÉRIOS DO SANTO ROSÁRIO
Mistérios Gozosos: 
1) Anunciação a Maria; 2) Visitação de Nossa Senhora a sua prima Isabel; 3) Nascimento de Jesus;
4) Apresentação do Menino Jesus no Templo; e 5) Perda e encontro do Menino Jesus no Templo.


Maio é o mês das noivas desde a oficialização do marianismo (1965), que foi adensada pela Constituição Dogmática "Lumen Gentium", que deu a Maria o título de "Mãe de Deus e Mãe dos Homens", e pela Exortação Apostólica "Marialis Cultus" - para a reta compreensão e desenvolvimento verdadeiro do culto à Virgem Maria.
Igreja de Nossa Senhora do Sagrado Coração, na Vila Formosa, em São Paulo.
O segundo domingo de maio é Dia das Mães, oficializado em 1914 pelo presidente dos Estados Unidos Woodrow Wilson, mas idealizado pela professora norte-americana Anna M. Jarvis (1864-1948), que criou um símbolo: o cravo - o vermelho para a mãe viva e o branco para a morta. No Brasil, desde 1918, era comemorado pela Associação Cristã de Moços (ACM); Getúlio Vargas o tornou oficial em 1932.
Anna Jarvis
Anna M. Jarvis (1864-1948
Celebrar as mães é tradição antiga: a festa de Réia, mãe dos deuses (Grécia); a Matronália (Roma); e o Mothering Day, que data da Idade Média, na Inglaterra.
A relevância de maio para a reprodução humana, na visão da Santa Sé e do Vaticano, motivou o Tribunal Internacional de Denúncia e Violação dos Direitos Reprodutivos à definição do 28 de maio como Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher para denunciar o descaso governamental para com a saúde feminina no período reprodutivo e sua decorrência mais cruel: a morte materna (4º Encontro Internacional Mulher e Saúde, Amsterdan, Holanda, 1984).
No 5º Encontro Internacional Mulher e Saúde (São José da Costa Rica, 1987), foi instituída a Campanha Mundial pela Saúde da Mulher e de Combate à Morbimortalidade Materna, iniciada em 1988, tendo como meta a instalação de comitês de prevenção da mortalidade materna na estrutura dos governos, que ainda são a estratégia de maior impacto, no mundo, contra a morte materna, pois, onde funciona um comitê, a morte materna cai de modo acentuado e como que por encanto!
A preocupação do Movimento Internacional Mulher e Saúde, que realiza os encontros internacionais Mulher e Saúde, com a morte materna, foi endossada pela OMS, que promoveu o tema "Maternidade sem riscos", na conferência "Iniciativa à Maternidade Segura" (Quênia, 1987), e assumiu visibilizar as mortes maternas e reduzi-las em 50% até o ano 2000. Propósito não cumprido até hoje!
Essa bela gestante, Marina Carneiro, não sobreviveu pra conhecer a filha, que nasceu no dia 07 de março de 2005, pesando 1.690kg, na 34a semanas de gestação. Marina tinha 25 anos, cursava Engenharia de Meio Ambiente, era muito bem informada, e fez o pré-natal com o médico do convênio.
A campanha mundial obrigou/sensibilizou governos pelo mundo afora a apoiá-la. Em 1994, o Ministério da Saúde definiu o 28 de maio como Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna (Portaria nº 663, de 22.3.1994), ocasião para avaliar ações governamentais na área.
E foi num 28 de maio que o governo Lula lançou o Pacto Nacional pela Redução da Morte Materna e Neonatal (2005), reconhecendo que havia um fosso profundo entre o que a lei consagrava como direitos e o cotidiano da maioria das brasileiras.

Publicado no Jornal OTEMPO em 10.05.2011

Campanha pela Redução da Morte Materna 
http://youtu.be/xcg5RKMC1xQ
Mortalidade Materna em Mulheres Negras
http://youtu.be/P5qpGAfPbQo

12 comentários:

  1. Marianismo como crítica exasperada

    “Vocês, (…) mulheres, sejam submissas a vossos maridos, a fim de que, mesmo se alguns recusarem acreditar na Palavra, eles sejam convertidos, sem palavra, pela conduta de suas mulheres, levando em consideração vossa conduta pura e respeitosa” (Première Epître de Saint Pierre, 3, 1-7. La Bible, traduction oecuménique, Paris: Cerf/Société Biblique Française, 1989, p.2977 (traduzido por Zaíra Ary).

    O Marianismo vigorou na História durante muito tempo. Trata-se de uma doutrina, de cariz metafísico ou transcendental, que atribui poderes de superioridade espiritual à figura feminina. Baseada no culto da Virgem Maria, esta crença é, frequentemente, comparada ao valor supremo da mulher em termos de moralidade e/ou de espiritualidade. Alguns pensadores chegam, mesmo, a estabelecer uma analogia com “o outro lado do machismo”.

    Na perspectiva de Evelyn Stevens, “o marianismo é o culto da superioridade espiritual feminina, que considera as mulheres semidivinas, moralmente superiores e espiritualmente mais fortes que os homens.” Assim, as mulheres são vistas como detentoras de uma idoneidade sem limites para a bondade, humildade e espírito de voluntariado e de sacrifício. Neste domínio concreto, há excepções que não confirmam a regra e há regras que não corroboram as excepções!

    De acordo com diversos estudos sociológicos, o marianismo vê-se como uma doutrina secular e diz respeito ao conjunto de crenças e de práticas concretas que determinam a posição das mulheres na sociedade. De todo o modo, o marianismo estando, directamente, relacionado com a ideologia ou fundamento religioso, omite, em grande medida, os direitos da mulher. A tentativa de extremar uma doutrina ou movimento transcendental torna-se, no meu ver, discriminatória quando comparada ao papel ou praxis da mulher na sociedade.

    Vejam-se algumas normas contraditórias que fundamentam a desigualdade social e de género:
    • Papéis que desfavorecem o género feminino;
    • Normalizações e representações da sexualidade que desfavorecem a mulher;
    • Expectativa conjugal e familiar que não corresponde aos iguais deveres e direitos entre os géneros (por exemplo: violência intrafamiliar);
    • Esfera do trabalho, do emprego e do “lar doméstico” que desfavorecem a mulher, frequentemente;
    • entre outros.

    Ana Ferreira
    http://feministactual.wordpress.com/2008/03/22/marianismo-como-critica-exasperada/

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  2. A MARIOLATRIA
    INTRODUÇÃO
    O culto a Maria é o divisor de águas entre católicos romanos e evangélicos. O clero romano confere a Maria a honra e a glória que pertencem exclusivamente ao Senhor Jesus. Essa substituição é condenada nas Escrituras Sagradas e, como resultado, conduz o povo à idolatria. Reconhecemos o honroso papel de Maria na Bíblia, como mãe de nosso Salvador, mas a palavra de Deus deixa claro que ela não é co-autora da salvação e muito menos divina. É, portanto, pecado orara em seu nome, colocá-la como mediadora, dirigir a ela cânticos de louvor.

    I. O QUE É MARIOLATRIA?
    Idolatria: O termo vem de duas palavras gregas: eidolon, “ídolo, imagem de uma divindade, divindade pagã” e latreia, “serviço sagrado, culto”. A idolatria é a forma pagã de adoração. Adorar e servir a outros deuses são práticas condenadas pela Bíblia, no Decálogo (Ex 20.3-5), e, também nas páginas do Novo Testamento: “portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1 Co 10.14).
    Adoração: Os dois principais verbos gregos para “adorar”, no Novo testamento, são proskyneo, que significa “adorar” no sentido de prostar-se; e latreuo, que significa “servir” a Deus. À luz da Bíblia, podemos definir adoração como serviço sagrado, culto ou reverência a Deus por suas obras. Os principais elementos de um culto são: oração (Gn 12.8), louvor 9Sl 66.4), leitura bíblica (Lc 4.616,17), pregação ou testemunho (At 20.9) e oferta (Dt 26.10).
    O culto a Maria: O termo “mariolatria” vem de Maria, forma grega do nome hebraico Miriã, e de latreia. A mariolatria é o culto ou a adoração a Maria estabelecidos pelo Catolicismo Romano ao longo dos séculos. A Bíblia ensina que é somente a Deus que devemos adorar (Mt 4.10; Ap 19.10; 22.8,9). Maria foi salva porque creu em Jesus e não meramente por ser a mãe do Messias (Lc 11.27,28). Somente a Deus devemos cultuar. “Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto” (Mt 4.10 – Almeida Atualizada). Os romanistas ajoelham-se diante da imagem de Maria e dirigem a ela orações e cânticos.

    II. AS GLÓRIAS DE MARIA
    Maria no catolicismo Romano: O clero romano vai além do que está escrito em relação à Virgem Maria. No livro As glórias de Maria, de Alfonso Liguori, canonizado pelo papa, Jesus ficou pequenino diante de Maria. Segundo Liguori: “Nossa salvação será mais rápida, se chamarmos por Maria, do que se chamarmos por Jesus... A santa Igreja ordena um culto peculiar à Maria”. Essas são algumas declarações de suas crenças mariolátricas. O que se vê, hoje, é a manifestação ostensiva e orgulhosa da mariolatria nos adesivos usados nos automóveis. Para os romanistas, Maria é mais importante do que o próprio Jesus.
    Aposição oficial do vaticano: O clero romano nega terminantemente que os católicos adoram a Maria, o que é oficialmente confirmado pelo Vaticano. Todavia, é muito comum o tradicional trocadilho católico: adoração e veneração. Mas, as declarações de Liguori e as práticas dos católicos não ajudam a corroborar a afirmação dos romanistas. Uma análise honesta do correto conceito da palavra adoração, conferindo com o marianismo dos católicos romanos, prova de maneira irrefutável que se trata de adoração.

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  3. Continuação de A MARIOLATRIA

    III. MARIA NA LITURGIA DO CATOLICISMO
    As contradições de Roma: O Catolicismo Romano jamais admitirá que prega a divindade de Maria, da mesma forma que nega a adoração a ela. Entretanto, os fatos falam por si só e provam o contrário. Ela é chamada de “Rainha do Céu”, o mesmo nome de uma divindade pagã da Assíria (Jr 7.18; 44-17-25); é parte de sua liturgia a reza Salve-rainha.
    Orações a Maria: A Bíblia expressa ser somente Deus onipotente, onisciente e onipresente (Jr 10.6; 23.23,24; 1 Rs 8.39). Se Maria pode ouvir esses católicos, que hoje são mais de um bilhão em toda a Terra, como pode responder às orações de todos eles ao mesmo tempo? Ou ela é deusa, ou esses católicos estão numa fila interminável, aguardando a vez de suas orações serem atendidas.
    Distorções litúrgicas: A oração litúrgica dedicada a Maria e desenvolvida pela Igreja católica Romana evoca: “Ave-maria cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, os pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”. Essas palavras são tiradas de Lc 1.28,42, mas a parte final não é bíblica, foi acrescentada em 1508. Essa oração é uma abominação aos olhos de Deus, pois não é dirigida a quem, de direito (1 Tm 2.5).
    Mãe de Deus? A palavra grega usada para “mãe de Deus” originalmente significa “portadora de Deus”. A expressão “mãe de Deus” foi usada em razão das controvérsias cristológicas da época para dar ênfase à divindade de Jesus. A Bíblia diz que Deus é eterno (Sl 90.2; Is 40.28), e, como tal, não tem começo. Como pode Deus ter mãe? Há contra-senso teológico nessa declaração. A mãe é antes do filho, isso pressupõe a divindade de Maria, que seria antes de Deus, mas, Ele existe por si mesmo (Ex 3.14). O Concílio de Calcedônia, em 351, declarou o termo “como mãe do Jesus humano”. A Bíblia esclarece que Maria é mãe do Jesus homem e nunca mãe de Deus (At 1.14).

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  4. Continuação de A MARIOLATRIA

    IV. OUTRAS TENTATIVAS DE DIVINIZAR MARIA
    “Cheia de graça” ou “agraciada” (v 28)? A forma grega da expressão “cheia de graça” procede de um verbo grego que significa “outorgar ou mostrar graça”. Sua tradução correta é “agraciada, favorecida”, e não “cheia de graça”, como aparece nas versões católicas da Bíblia. A tradução “cheia de graça” não resiste à exegese séria da Bíblia sendo contrária ao contexto bíblico e teológico. Mais uma vez, revela-se a tentativa de divinizar Maria. Há diferença abissal entre Jesus e Maria. Dele afirma a Bíblia: “e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14), pois Jesus é Deus (Jo 1.1).
    O dogma da Imaculada Conceição: Essa é outra tentativa de endeusar Maria, propondo que ela, por um milagre especial de Deus, nasceu isenta de pecado original. Essa declaração foi proferida pelo papa Pio IX, em 8 de dezembro de 1854, portanto, é antibíblica. A teologia cristã afirma que “todos pecaram” (Rm 3.23; 5.12). A Bíblia mostra o reconhecimento da própria Maria em relação a isso (Lc 1.46-47). O milagre especial de Deus aconteceu na concepção virginal de Jesus, que foi gerado por obra e graça do Espírito santo (Lc 1.34,35). Jesus nasceu e viveu sem pecado, embora tentado, nunca pecou (Hb 4.15).
    O dogma da Perpétua Virgindade de Maria: O clero romano defende a doutrina da perpétua virgindade de Maria, pois conclui que ela não gerou mais filhos além de Jesus.. Sua preocupação é com a deificação de Maria, visto que não há desonra alguma em uma mulher casada ser mãe de filhos, antes, o contrário, à luz da Bíblia, isso lhe é honroso (Gn 24.60; Sl 113.9).
    A família de Jesus: A Bíblia declara com todas as letras que José não a conheceu até o nascimento de Jesus (Mt 1.25). Os irmãos e irmãs de Jesus são mencionados nos evangelhos, alguns são chamados por seus nomes: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 13.55; Mc 6.3). Veja, ainda Mt 12.47 e Jo 7.3-5. Afirmar que “irmãos”, aqui, significa “primos” é uma exegese ruim e contraria todo o pensamento bíblico.

    CONCLUSÃO
    As tentativas inglórias de fundamentar o marianismo na Bíblia fracassaram. As expressões: “O Senhor é contigo”; “bendita és tu entre as mulheres” (v 28) e “bendito o fruto do teu ventre” (v 42), não são a mesma coisa que: “bendita és tu acima das mulheres”. Devemos esclarecer esses pontos aos católicos, com respeito e amor, mas discordando de suas crenças, com base na palavra de Deus. Muitos são sinceros e pensam estar fazendo a vontade de Deus.

    http://www.pastorjoaobatista.com/estudos.php?subaction=showfull&id=1258980281&archive=&start_from=&ucat=1&

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  5. O marianismo não é só atraso, é opressão feminina também

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  6. O artigo é muito bom. Li a matéria sobre a Marina no blogue Síndrome de Estocolmo, como mostra o link. Fiquei triste, muito.

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  7. Ler o que Fátima Oliveira escreve nos faz sentir o quanto nós mulheres precisamos valorizar nossa essência sem idolatrias.

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  8. Érica Brandão Chaves10 de maio de 2011 às 13:08

    Fátima Oliveira, creia-me esse é um dos seus artigos que mais me fez pensar. Já o li duas vezes e fui procurar alguams matérias sobre o marianismo. Estou estarrecida.
    Indico para leitura o artigo:
    "Maria - Virgem e Mãe, duas poderosas e universais emoções", de Giovanni Mieggea

    "Maria, mãe de Jesus, ocupa atualmente um lugar de suma importância no pensamento católico. São do conhecimento de todos as manifestações espetaculares da piedade mariana, as peregrinações e os congressos marianos, além da consagração de nações inteiras a Maria. Menos notado, mas igualmente importante, é a elaboração doutrinária (estudo histórico e teológico) que floresce em grande quantidade e qualidade e numa escala raramente atingida nos séculos precedentes. Obras a respeito da Virgem, destinadas a divulgar para os leigos a consciência e o amor de Maria, têm sido publicadas aos montes por editoras especializadas. E todas elas capacitadas pelos atuais recursos de publicidade moderna e por outros meios de divulgação, tais como: panfletos, adesivos, camisetas, livros, rádio e televisão. A consciência e a importância desse tremendo esforço são bem definidos por seus promotores. O catolicismo dos nossos dias parece que vive um momento de devoção à Virgem Maria, superando até mesmo a adoração católica de Maria dos séculos doze e treze (1) (...)

    Para ler na íntegra, acessar:
    www.icp.com.br/34materia2.asp

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  9. Érica, obrigada pelo artigo. A gente sente muitas coisas que não batem, mas ler sobre o assunto para mim foi muito esclarecedor da opressão que o modelo de Maria exerce sobre nossas vidas.

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  10. Acho que o texto ofende aos católicos. Não trata mal e nem mente, mas ofende.

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  11. Olá Fátima Oliveira, adorei o artigo. É preciso quee stejamos atentos aos desastres do marianismo na vida das mulheres.

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  12. Muito bom! Parabéns

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