Fátima
Oliveira
Médica
– fatima.oliveira1953@gmail.com @oliveirafatima_
Os 107 anos da instituição do Dia Internacional da
Mulher em 8 de março serão celebrados em diferentes partes do mundo em 2017 com
a greve geral das mulheres. Não sem razão. A ideia central é usar a greve como
ferramenta política para visibilizar demandas cruciais e dizer ao mundo que
exigimos mudanças!

O Dia Internacional da Mulher foi proposto em 1910, na
2ª Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, organizada por Clara
Zetkin (1857-1933) e Rosa Luxemburgo (1871-1919), tendo como eixo da luta pela
emancipação feminina a igualdade de oportunidades no trabalho e na vida social
e política – aspirações ainda atuais, tanto que a greve geral das mulheres
defende “um feminismo mais amplo, que seja antirracista, anti-imperialista,
‘anti-heterossexista’ e antineoliberal, ao mesmo tempo que faça uma luta que
não secundarize as pautas das mulheres negras, pobres, lésbicas, trans e
queers”.
Via de regra, o mundo é hostil com as mulheres. O
ranking do Fórum Social Mundial de 2015 informa que a Islândia é um dos
melhores países do mundo para ser mulher, conquista alcançada a partir do Dia
Livre das Mulheres islandesas em 24 de outubro de 1975, “dia em que 90% da
população feminina deixou de trabalhar, fazer tarefas domésticas e cuidar dos
filhos”.
Outro exemplo vem da Polônia, cuja legislação sobre
aborto é de 1933; considerada uma das mais restritivas da Europa, “só permite a
interrupção da gravidez em caso de estupro ou incesto, quando representa um
risco para a saúde da mãe e quando o feto apresenta malformação grave”; e o
Parlamento, com o apoio ostensivo da Igreja Católica, pretendia restringir
ainda mais! Em 3 de outubro de 2016, as mulheres, vestidas de preto, decretaram
greve, não apenas em Varsóvia, mas em muitas cidades. E em 6 de outubro saíram
vitoriosas, pois o Parlamento arquivou a proposta de lei de proibição total do
aborto!
PUBLICADO EM 21.02.17
(Gloria Steinem na Marcha das Mulheres em Washington)
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