Fátima Oliveira
Estela completa anos dia 28 de maio. Anualmente a sua madrinha, Dona Lô, realiza o que Mãe Zefinha já apelidou de o “Banquete de Estela”. Ela não deixa de ter razão, pois é mesmo um freje dos diachos. Só vendo! Como todo mundo sabe, ali é um licute danado! Madrinha e afilhada são “unha e carne”...
Espiem pra entender a coisa! Dona Lô, juntamente com Maria Helena e Gracinha, foram de mala e cuia pra cidade, como é o costume anual, para dar um “adjutório”, no dizer de Mãe Zefinha, nos preparativos do Banquete de Estela. Coisa fidalga mesmo. Só vendo pra crer! Sem falar nas coisas que trazem prontas da fazenda. Há de um tudo, principalmente vários tipos de doces e de picles. Mas também leitoas, galinhas d’angola, galinhas caipiras e perus, já tratados. É só descongelar e preparar os pratos. Mas Dona Lô insiste em dizer que é coisa simples.
“Aniversário de Estela sempre foi uma coisa das mais simples. Simplesinha, mesmo! Mas muito caprichada. Só pra família dela e a de Pedro; e algumas amizades mais chegadas. Estela sempre foi assim: meia brocochô. Não gosta de aparecer".
E sempre arremata: “Ela foi uma criança tímida; que piorou muito depois de ter perdido o pai e a mãe, num acidente de carro no mesmo dia. Quando então, ficou por conta de Donana”. Sim, a mãe de Dona Lô, que criou Estela como uma princesa.
As festas de aniversário de Estela não juntam mais que vinte a trinta pessoas. São festas, por assim dizer, íntimas. Ela só tem uma exigência: só comemora aniversário na casa da Dindinha, a da cidade. Pucardiquê? Conforme ela mesma: “É uma casa maior que a minha e com mais espaços para receber as pessoas confortavelmente. Sem falar que as louças de Dindinha são uma coisa de bonitas. Dá prazer comer naquelas porcelenas!” É a simples, não?
De modo que, no mês de abril pra começo de maio, Dona Lô manda dar uma “geral” na casa, desde pintura nova; e, algumas vezes, uma troca de móveis. Nada mais!
E uma semana antes do aniversário ela chega com a sua troupe para comandar o Banquete de Estela.
No fundo, no fundo, pra Dona Lô é uma mudança de ares. Há um ritual naquilo tudo. É uma semana de envolvimento com os preparativos do banquete; um dia antes, no finzinho da tarde ela vai ao salão de beleza; e no dia do aniversário, umas duas horas antes de servir o banquete, chega à sua casa um cabelereiro e um maquiador. É o único dia
Outro ritual, era que Cesinha não variava. Todo ano pergunta pucardiquê chamam de banquete o almoço do aniversário de Estela. Dona Lô olhou de rabo de olho pra ele e sem a menor paciência, acunhou: “Ô menino que faz pergunta besta, meu Deus do céu! E piora. Quanto mais cresce, mais besta fica. Já te disse Cesinha que banquete é o nome que se dá por aqui a uma refeição festiva e grande para muitas pessoas, onde são servidas variedades de carnes e de saladas. Nunca é um banquete uma refeição que serve apenas um tipo de carne. Um banquete é sempre uma refeição de degustação de carnes, saladas, doces, etc.!”.
– ...
– Não é assim um almoço ou um jantar comum, tá entendendo? Você já está grande. É um rapaz. Até namorada já tem e ainda não aprendeu o que é banquete? E banqueteira, você sabe o que é? É a cozinheira que sabe fazer banquetes. Ou seja, especializada em fazer os regabofes de festas. Sim, comidas de festas! Não basta ser cozinheira de forno e fogão, tem de saber preparar um banquete, assim que nem Gracinha, sua mãe”.
A semana de Estela, como Dona Lô costuma chamar esses dias de preparativos para o aniversário da afilhada, é das mais agradáveis. Todas as noites Estela, Pedro e a filharada jantam com Dona Lô, ocasião em que ela também aproveita para convidar alguma amiga, ou casal, para comes e bebes com estilo. Em geral ela oferece dois jantares para suas amizades: um na terça e outro na quinta, religiosamente. São os jantares de Dona Lô. Coisas também quase íntimas, não mais que dez convidados em cada noite.
São tão famosos que saem na coluna social de Albertina Bandeira Brito de Moraes, sua amiga de juventude, que costuma dizer: “Quando Lô chega aqui, movimenta a minha coluna. E é um alívio porque passo uma semana sem ter de quebrar a cabeça com o que publicar. Cada passo de Lô é um flash! E ela recebe como nos velhos tempos. Tenho, no mínimo, dois jantares dos finos para falar em minha coluna e ainda o Banquete de Estela!”
Evidente que Dona Lô nunca foi chegada a ser colunável, mas dizia: “O que fazer se Albertina, minha amiga desde criança, ganha a vida nesse negócio de coluna social? Não posso me recusar de ajudar a uma amiga. Sem falar que, por mais fútil que possa ser o colunismo social, ele registra como as pessoas que aparecem na coluna social vivem numa determinada época. Não deixa de ser um jornalismo de memórias”.
E Pedro, em seu melhor espírito de porco aguçado, aproveitou e disse: “As pessoas colunáveis, consideradas montadas na bufunfa, assim que nem a senhora, né Dona Lô?! A onça lá da Matinha vira madame uma semana por ano”... E saiu de perto dela gargalhando...
– Ai, como Pedro é de uma mesmice que dá dó! Todo ano ele fala isso, desde que entrou pra nossa família! Mamãe dizia que ele era assim com ela. Depois o grude passou pra mim. Oxê! Se aquiete que você é herdeiro, viu? Nunca esqueça que herdeiro tem de respeitar quem lega herança!
Bacalhoada à moda do Porto
Cuscuz marroquino
Os jantares que Dona Lô ofereceu foram momentos de muita descontração. O da terça-feira, foi “Bacalhoada à moda do Porto”; e o da quinta-feira, “Cuscuz marroquino com pernil de bode marinado ao vinho branco”, devidamente acompanhado de “Espinhaço de bode ao leite de coco”. Sucessos garantidos, como saiu na coluna social: “Só Dona Lô, com todo o seu sofisticado jeito de ser, no qual a simplicidade é a grande marca, consegue misturar com maestria a culinária de outros países com a culinária sertaneja das mais legítimas e fazer pratos que parecem o maná dos deuses”.
Depois que as visitas de maior cerimônia batiam em retirada, Pedro não deixava de tocar no momento político. E dizia: “Só umas estocadinhas para não perder o costume”... Eram dias difíceis, ambos reconheciam. Havia o fogo amigo e o inimigo queimando na Casa Civil.
Dona Lô disse a Pedro que se recusava a comentar o imbróglio da Casa Civil porque, infelizmente estava acontecendo o que o seu sexto sentido “deu na batida”. Ela sentiu um frio na barriga quando teve a certeza quem seria ministro da Casa Civil de Dilma. Pensou com seus botões: “Pra quê, minha gente? O moço tem telhado de vidro. Com razão ou sem razão, eu não entro no mérito, mas é um telhado de vidro. Até uma bolinha de gude trinca aquilo ali. A oposição vai cavar até achar um jeito de detoná-lo. E não adianta dizerem que ele tem o apoio das elites. A natureza de escorpião delas fala mais alto”.
– Lembra Pedro quando eu falei dos meus temores? Não faço juízo de valor de nada do que estão especulando e boatando. Logo, não acuso e nem defendo. Fico na moita, bispando... Há fumaça, se há fogo eu ainda não vi! Tô querendo ver. Então, é esperar, pois “Apressado come cru”...
–...
– Eu, antes de qualquer coisa, dessa solução – sim é solução e não problema – de enriquecer num repente, que eu acho que ele deve ter como explicar, que não pode ser mané ao ponto de aparecer rico assim de repente e não ter como explicar... Quem tem projeto pessoal de ficar rico sabe que tem de estar em dia com a Receita Federal. E sei que ele sabe disso muito bem. Não é bobo e nem nasceu ontem! Se fosse bobo não seria consultor de riquezas. Não é por aí que vão derrubar o homem. Tem gente que pensa que é. Mas é um engano. Sejamos realistas...
– ...
– Como eu queria dizer, tenho problemas de ordem moral com tudo o que se relaciona com a dupla moral sexual. De maneira que, segundo o meu entender, era um ministro na corda bamba desde o primeiro dia. Era o que eu achava. De modo que eu esperava que algo acontecesse com ele.
– E aconteceu! E está difícil de deslindar. Da toada que vai, Dilma não vai poder segurá-lo por muito tempo. Mas qual é o seu problema de ordem moral com ele Dona Lô?
Mansão no Lago Sul: diversão e lobby da República de Ribeirão |
–...
Após um breve silêncio, Dona Lô retrucou: “Aquilo pra mim foi o fim da picada, embora Jeany Mary Corner, a que organizava a vida sexual do chatô, arregimentando mulheres, tenha silenciado e assim protegeu a todos. A que preço não sabe até hoje. E, claro que quem praticou o ilícito civil da infidelidade teve de se explicar
A empresária Mary Corner: não seremos "os primeiros nem os últimos do mundo a extorquir"
– Ilícito civil da infidelidade Dona Lô? Deixe de conversa senhora... Onde já se viu taxar a infidelidade conjugal de ilícito civil? Não exagere, pelo amor de Deus!
– E o que é a infidelidade conjugal Pedro, a não ser um ilícito civil?
– Hemhem Dindinha. Oxê Pedro, não se faça de besta!
E assim o tempo passou até o grande dia do Baquete de Estela, acontecido num sábado, com todo mundo alvoroçado querendo ler a matéria da revista Época! É que a revista só chega às bancas por aqui na segunda-feira, mas já estava na internet desde o sábado pela manhã. Mas Pedro, tinhoso que só, como é assinante da revista, copiou a matéria toda da internet. E distribuiu algumas cópias antes do banquete, claro que sem Dona Lô tomar ciência. Decerto pra ter assunto...
No alpendre, enquanto o café estava sendo servido, e só se falava das excelências dos pratos e dos doces, um cardápio pra exigente nenhum botar defeito, cada um mais gostoso que o outro, ao som da gritaria da meninada que brincava no jardim, Pedro não se conteve: “E aí Dona Lô, qual a sua opinião?”
– Safadeza, meu filho. Pura safadeza. E das grandes. E imperdoável! Essa gente faz as vezes de aves agourentas, para amedrontar o povo. Querem fazer o povo ficar com medo de Dilma morrer logo. Querem bagunçar o país. Paralisar o governo. Tem razão aquele menino... o Brizola Neto, que saiu ao avô, iscritim mesmo, no Tijolaço! Ele mandou bem duas vezes! Só isso. Eita inveja da muzenga! São uns doentes! Como perderam a eleição, não se conformam que o governo dela está indo bem e que cada dia granjeia mais apoio popular.
– ...
– As pesquisas estão aí e ela estava bem na fita. Não se engane, isso tem dedo de profissionais... Fizeram uma mistureira danada de votação do Código Florestal, com Kit Gay, Palocci e o escambau! Uma chantagem atrás da outra. Claro que nesse inferno todo Dilma acabou escorregando e vetando o Kit Gay, pressionada por mentiras e chantagens! Viu como Garotinho está saltitante? “Quem não te conhece é quem te compra, mestre!" Se engana quem pensa que o Governo Dilma não está em disputa de toda ordem, inclusive no campo da moral e da religião. Ou entendemos isso ou vamos pastar atéééééé...
–...
– Respeito todas as religiões, mas odeio evangélico metido a santo e atolado na safadeza. Como odeio católico, espirita, candomblecista e qualquer outra gente que usa a religião pra dar vazão a coisas incompatíveis com Deus. Mas de evangélico que quer ser a espada do mundo, eu tenho asco! Por exemplo, perseguição; e querer que todo mundo pense como eles... Pode não parecer, mas o objetivo dessa crise de agora, com matéria de revista e tudo no mesmo saco, é criar um clima de confusão o suficiente para encrencar Dilma com vários setores do movimento social. Sim, pra ela perder a confiança desses setores. Um governo sem apoio dos movimentos sociais, tá no sal, pois fica sem quem dê uma penada por ele! E estão conseguindo. Na maior.
– E como se não bastasse, o que o hospital dirá?
– O hospital, como todo mundo sabe, por lei, tem o dever de guardar, proteger e manter inviolável o prontuário médico de sua clientela. Não só da presidenta da República! Está no Código de Ética Médica, sem falar que, como disse aindagorinha o nosso amigo Dr. Edmundo: há a RESOLUÇÃO CFM Nº1.639/2002, que contém "Normas Técnicas para o Uso de Sistemas Informatizados para a Guarda e Manuseio do Prontuário Médico" e dispõe sobre tempo de guarda dos prontuários, estabelece critérios para certificação dos sistemas de informação e dá outras providências. Não é isso mesmo doutor?
– A memória de Dona Lô é fotográfica, sem entrar no mérito de sua inteligência que é um espanto!
– Nada disso doutor! Apenas presto bem atenção no que me interessa... O fato é, minha gente, que “Quem não pode com o pote não pega na rodilha”. Se o prontuário médico da presidenta da República caiu na rua, de quem é a culpa? Elementar... Primeiramente, entra no cacete o guardião. Depois é apurar as demais responsabilidades de outros agentes do crime cometido. É esperar pra ver que rumo isso vai tomar. Vai depender de que medidas a presidenta tomará. Agora é tocar o Brasil Sem Miséria. E é urgente!
Casa de Dona Lô, 2 de junho de 2011
Cardápio do Banquete de Estela 2011:
- Salada russa
- Salada de flores com ervas e mostarda dijon sem semente
- Salada verde com vinagrete
- Galinha ao molho pardo
- Peru marinado recheado com farofa
- Lagarto recheado
- Carne judia
- Leitoa ao forno
- Arroz branco
- Risoto de Galinha d’angola
- Arroz de forno tradicional
Doce de mamão verde, compota de goiaba, aletria e pudim. E o bolo de chocolate, que é o mais pareciado por Estela, confeitado!
Salada de flores com ervas e mostarda dijon sem semente
Ingredientes:1 pé de alface verde
1 pé de alface roxa
2 colheres (sopa) de salsinha e cebolinha
1 xícara (chá) de pétalas de flores comestíveis
Para o molho:
1/2 xícara (chá) de suco de laranja
1/4 xícara (chá) de azeite
2 colheres de sopa de mostarda dijon sem semente
Raspas de laranja
Modo de fazer:
Misturar os ingredientes do molho e deixar descansar durante 15 minutos na geladeira
Disponha as verduras e flores de modo harmonioso
Antes de acrescentar o molho à salada, mexer bem.
Peru marinado recheado com farofa
(Para seis pessoas)Ingredientes:
1 peru grande
500g de farinha de milho
100g de damasco seco picado
100g de uvas passas escuras
200g de bacon picado
1/2 maço de salsinha picada
1 cebola média picada
2 dentes de alho picados
100g de azeitonas verdes sem caroço picadas
3 garrafas de vinho branco seco
2 cenouras cortadas em rodelas
1 cebola cortada em pétalas
2 talos de salsão fatiados
1 talo de alho-poró fatiados
1 colher de sopa de pimenta-do-reino preta em grãos
100g de manteiga
Modo de fazer:
1. Coloque o peru para marinar no vinho com cebola em pétalas, alho-poró, cenoura, salsão e pimenta por 24 horas.
2. Faça a farofa, fritando primeiro o bacon e, na sequência, a cebola, o alho picado e a farinha. Retire do fogo e adicione o damasco, as passas, a azeitona, a salsinha e misture bem. Tempere com sal e pimenta-do-reino moída.
3. Preaqueça o forno a 250ºC, retire o peru da marinada, enxugando-o com papel toalha, recheie-o com a farofa, reservando um pouco de farofa para decoração. Passe a manteiga no peru, forre o fundo da assadeira com os legumes da marinada e acondicione o peru sobre eles.
4. Cubra a assadeira com o papel-alumínio e leve ao forno por aproximadamente duas horas. Retire o papel-alumínio, e deixe-o no forno até que doure. Retire do forno, coloque-o em uma travessa e decore com o restante da farofa, batatas e o que mais desejar para dar uma apresentação bonita ao prato.
Dilma e o “Brasil sem Miséria”
A presidenta Dilma Rousseff participa, neste momento, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), da cerimônia de lançamento do Plano de Superação da Extrema Pobreza – Brasil sem Miséria. Com o envolvimento direto de oito ministérios, o projeto é uma das bandeiras da presidenta Dilma que tem por foco retirar cerca de 16,2 milhões de brasileiro da extrema pobreza.
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, que foi recebido mais cedo pela presidenta Dilma, também acompanha a cerimônia. Foram convidadas cerca de 900 pessoas.
Com base em pesquisa do Ibge, o governo concluiu o universo de cidadãos com renda mensal de até R$ 70, público alvo do plano. Após a cerimônia, está prevista entrevista coletiva da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,Tereza Campello. Acompanhe pelo Blog do Planalto ao vivo a cerimônia que é transmitida pela TV NBR.
A partir deste instante, os internautas podem acompanhar também as informações do Plano no site do BrasilSemMiséria. (Quinta-feira, 2 de junho de 2011 às 9:32).
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Portal Terra, 02 de junho de 2011
ResponderExcluirDilma amplia nº de filhos para benefício do Bolsa Família
Laryssa Borges - Direto de Brasília
A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira medida provisória (MP), que possui validade imediata independentemente de aval do Congresso, ampliando de três para cinco o número de filhos que poderão receber os chamados benefícios variáveis do programa Bolsa Família. O anúncio do aumento do número de beneficiários faz parte do lançamento do projeto Brasil Sem Miséria, oficializado pela presidente e por ministros no Palácio do Planalto. Ao todo, a medida beneficiará 1,3 milhões de adolescentes.
Os benefícios do Bolsa Família são atualmente concedidos às famílias consideradas extremamente pobres, que recebem até R$ 70 mensais por pessoa, e as classificadas como pobres, cuja renda varia de R$ 70,01 a R$ 140 mensais per capita. Para as famílias carentes com adolescentes de 16 e 17 anos frequentando a escola, o governo autoriza o pagamento de R$ 33 por adolescente, com benefício máximo de duas dessas cotas, ou seja, R$ 66.
Em todo o País, 11 milhões de famílias recebem apoio financeiro do governo federal neste programa. Atualmente os repasses do benefício variável são de R$ 22 pagos às famílias que tenham crianças e adolescentes de até 15 anos de idade. Cada família pode receber até três benefícios dessa categoria, totalizando R$ 66. Com a nova MP, esse benefício será ampliado de três para cinco pessoas, totalizando R$ 110 como valor máximo.
Dona Lô, estou na maior emoção. O episódio é lindo e aborda o que era preciso, em particular a dupla moral sexual. A defesa de Dilma que a senhora fez é supimpa!
ResponderExcluirLi rapidamente. É gostoso. Tem ginga e vai no gogó do assunto. Vou reler mais tarde para comentar com maior propriedade
ResponderExcluirpublicado em 02/06/2011 às 13h13: atualizado em: 02/06/2011 às 14h04
ResponderExcluirBrasil sem Miséria vai ampliar Bolsa Família a
1,3 milhão de crianças e terá o Nordeste como alvo
Ao anunciar o novo programa, Dilma cumpre uma de suas principais promessas de campanha
Priscilla Mendes, do R7, em Brasília.
Texto:
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Roberto Stuckert Filho/PR
Brasil sem Miséria, anunciado hoje, quer tirar 16 milhões da pobreza extrema
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Seis meses depois de assumir a Presidência da República, Dilma Rousseff cumpriu nesta quinta-feira (2) uma de suas principais promessas de campanha e lançou o Plano de Superação da Extrema Pobreza - Brasil sem Miséria. O programa vai ampliar o Bolsa Família a 1,3 milhão de crianças e adolescentes no país e terá o Nordeste como alvo das novas políticas.
Uma das ações do Brasil Sem Miséria é ampliar o Bolsa Família. Dilma Rousseff assinou hoje uma medida provisória que aumenta de três para cinco o limite do número de crianças e adolescentes com até 15 anos que recebem o benefício, hoje em R$ 32 por mês. Com a medida, 1,3 milhão será incluído no programa, que hoje atende a 15,7 milhões.
O lançamento do programa é o maior evento do governo Dilma e contou com presença de aproximadamente 800 convidados, entre parlamentares, ministros, governadores, prefeitos e representantes de entidades civis. A cerimônia de lançamento começou por volta das 11h30 no Palácio do Planalto.
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/brasil-sem-miseria-vai-ampliar-bolsa-familia-a-1-3-milhao-de-criancas-e-tera-o-nordeste-como-alvo-20110602.html?question=0
Dra. Fátima Oliveira, é uma arte escrever ficção a partir da realidade. Tiro o cahpéu para sua personagem principal, a Dona Lô. Fiquei com água na boca com esse banquete da Estela
ResponderExcluirEstou morrendo de inveja por não ter sido convidada pro banquete de Estela. Dona Lõ fez bonito. É uma mulher muito política e de princípios. Gostei!
ResponderExcluirHá 3 artigos de Fátima Oliveira de 2006 nos quais ela se refere ao caso Palocci daquele ano. Recomendo a leitura. Aqui trechos de cada um. Mas gostari de sugerir que eles fossem linkados no Bnquete de Estela, que achei o MÁXIMO de criatividade. Parabéns, amiga!
ResponderExcluir3 de Abril de 2006 - 8h18
Bailes afrodisíacos - Fatima Oliveira
[Sobre as declarações relativas à mansão intitulada "República de Ribeirão", matutaria e elocubraria horas a fio, apenas no campo da sexualidade. Não há espaço. Era uma casa de múltiplas finalidades, desde provável entreposto de "grana não contabilizada" a fazer às vezes de "Casa de Encontros", que em São Luís do Maranhão chama-se chateau (leia: chatô). Referendando um dito popular que "O poder é afrodisíaco", Francenildo andou batendo com a língua nos dentes e disse deslumbrado que as camas da mansão eram ma-ra-vi-lho-sas, mas que a do chefe era mais (seria uma daquelas "kings"... travesseiros e edredons de penas de ganso?). Para encobrir o chefe de tão "tenebrosas transações", caíram no crime: violaram sigilo bancário. O mandante permanece incógnito. Tá certo...
Fico tonta com tantos boatos sobre tantos lugares para "tenebrosas transações", donde fico sem saber: o poder é afrodisíaco ou causa priapismo – não a doença, mas o estado natural de Príapo, filho de Afrodite? Ponderando que Caetano Veloso acertou ao dizer que é um horror e "nada pode prosperar" quando "todo mundo quer saber com você se deita", pontuo que fazer aquilo às custas do dinheiro público é da conta de todo mundo! Eis o que tem de prosperar. Sem moralidade hipócrita e vitoriana: onde está escrito que que o povo brasileiro tem de pagar pelos prazeres sexuais dos homens públicos?]
http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=61&id_coluna=20
10 de Abril de 2006 - 9h19
Dupla moral & democracia -Fatima Oliveira
Trecho:
[E o chateau “República de Ribeirão Preto”? Desvela que o comportamento sexual dos homens públicos merece estudos, embora talvez equivalente à presença na sociedade, diante da cultura machista de que ser parlamentar, prefeito, governador ou presidente é um passaporte para paraísos sexuais, com direito ao uso do rótulo de “atletas sexuais”, similar republicano da postura dos senhores de escravos – donos dos corpos de suas escravas –, o que atende hoje pelo nome de estupro colonial, origem da mestiçagem brasileira.
Destaco que orgias sexuais bancadas com dinheiro público não constituem exclusividade de alguns homens do governo atual, pois datam do descobrimento do Brasil. Desde a semana passada, ouço: “Isso é tão antigo... Todo mundo faz”.]
17 de Abril de 2006 - 21h53
O estilo vampiro - Fatima Oliveira
Trecho:
[... E se Jeany Mary Corner resolver falar? Praticantes do ilícito civil da infidelidade que se expliquem em casa. Mas, como boa comerciante, ela não endoidou, pois não rasga dinheiro, e não abrirá mais a boca enquanto estiver sendo bem paga. Tá certa...
Ouvir Clarice Lispector em ″ Não entendo″ é consolador: ″ Não entendo./ Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender./ Entender é sempre limitado./ Mas não entender pode não ter fronteiras./ Sinto que sou muito mais completa quando não entendo./ Não entender, do modo como falo, é um dom./ Não entender, mas não como um simples de espírito./ O bom é ser inteligente e não entender./ É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida./ É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice./ Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco./ Não demais: mas pelo menos entender que não entendo″ .
http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=83&id_coluna=20
Minha admiração por Dona Lô aumenta a cada dia. Mulher de juízo, dona de uma prudência invejável e cautelosa no julgamento das pessoas (leia-se Palloci e outras).
ResponderExcluirEmbora esta grande dama não resida nos arredores do Palácio do Planalto, fala como se conhecesse tudo dos melindres das pessoas e dos meandros do poder. Pessoa informada é assim! Isso é fantástico!
Sou o oposto dela e, por esta razão, nado e vivo morrendo na praia... Falo besteira por cima de besteira... Sem paciência... Talvez por desilução, sei lá! Eu só quero é que Dilma saia dessas "manobras" do povo do partido do Pedro sem nenhum arranhão. Sempre ouvi falar que não devemos nos misturar com porcos para não comer farelos.
Por falar em comer, fala sério! Esse cardápio da festa de Estela, com receitas e ilustrações do regabofe, é, no mínimo, uma afronta!
Querida Mariana,
ResponderExcluiratendendendo à sua recomendação, acabei linkar no Banquete de Estela:
Você poderá gostar de ler:
Bailes afrodisíacos - Fátima Oliveira (3 de Abril de 2006)
Dupla moral & democracia - Fátima Oliveira (10 de Abril de 2006)
O estilo vampiro - Fátima Oliveira (17 de Abril de 2006).
Mais uma vez agradeço a sua paciência. E a todas as pessoas que já leram e aqui comentaram o novo episódio de Dona Lô, um afetuoso abraço.
Dona Lô , por favor , convide-me para qualquer almoçozinho em sua matinha, viu?
ResponderExcluirFátima como sempre nos presenteando com seu dom maravilhoso de comentar assuntos diversos em seus textos.
Um cheiro, grande escritora.
Dona Lô, você é fera! Lavou a minha alma
ResponderExcluirImpressionante a capacidade dee screver ficção com fatos reais da política. Dona Lô é finérrima! Botou Palloci bem dentro do lugar queele amava: a República de Ribeirão. Não podemos esquecer disso
ResponderExcluirA VEJA FATURANDO ALTO - Oposição vai pedir reabertura do caso Francenildo
ResponderExcluirPSDB quer que Justiça volte a investigar Antonio Palocci pelo envolvimento na quebra do sigilo do caseiro. Caixa ligou caso a gabinete de então ministro
A oposição vai pedir ao Ministério Público Federal a reabertura do inquérito que investiga o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, há cinco anos. O anúncio foi feito pelo líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP).
Acervo Digital VEJA: Os escândalos que assombram Palocci
Reportagem da Folha de S. Paulo desta quarta-feira mostra que uma apuração da Caixa Econômica Federal atribuiu ao gabinete de Palocci, então ministro da Fazenda, a ordem de violação do sigilo de Francenildo. Na época, o caseiro denunciava a existência da chamada República de Ribeirão Preto, freqüentada por personagens envolvidos em esquemas corruptos, prostitutas e pelo próprio Palocci.
Com conseqüência, o caseiro teve o sigilo bancário quebrado de forma ilegal. O grupo do ministro tentava obter informações que pudessem constranger Francenildo. Mas o efeito foi o inverso: Palocci acabou deixando o comando do Ministério da Fazenda. Em 2009, foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por falta de provas. A votação foi equilibrada: 5 votos a 4.
Convocação - Também nesta quarta-feira, falhou mais uma tentativa de convocação de Palocci para falar à Câmara sobre a multiplicação suspeita de seu patrimônio nos últimos anos: a oposição o pedido na Comissão de Fiscalização e Controle da Casa (CFCC). Funcionou a estratégia aliada de convocar votações do plenário para o período da manhã, o que impede que as comissões deliberem sobre qualquer assunto. A reunião da CFCC deve ser retomada durante a tarde.
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/oposicao-vai-pedir-reabertura-do-caso-francenildo
Em minha modesta opinião, e muito mais agora que li o episódio de Dona Lô, intitulado O banquete de Estela, estou certa que um homem com a dupla moral sexual de Palocci não deveria ser ministro de uma presidenta da República. Entendi o que Dona Lô disse que o problema dela com Palocci é de ordem moral. Eu acho que esse deveria ser o problema de todas as mulheres conscientes de nosso país. Viu Lula? Ou estão pensando que temos memória curta?
ResponderExcluirDona Lô é ponderada, mas não tem papas na língua. Um episódio que é uma apoteose. Me afinei bastante com o comentário de Matilde Franca. Assino embaixo.
ResponderExcluirOlhe Dona Lô, você arrasou, mulher!
ResponderExcluirDONA LÔ TEM RAZÃO: O OPMDB É PARA PROFISSIONAIS...
ResponderExcluirTemer afirma que Palloci foi esclaredor em entrevista
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
04/06/2011 | 13h53 | Casa Civil
O vice-presidente da Republica, Michel Temer, defendeu hoje (4) a permanecia do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, no cargo, e avaliou como “esclarecedora” a entrevista concedida pelo ministro ontem (3) à noite para falar sobre sua evolução patrimonial. Já a oposição cobra mais explicações e pede a demissão de Palocci.
Após quase três semanas sem falar com a imprensa, Palocci concedeu na noite de ontem (3) entrevista à TV Globo para dar explicações sobre sua evolução patrimonial. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que o ministro cresceu seu patrimônio em 20 vezes nos últimos quatros anos.
“A fala dele [Palocci] foi muito útil. Acho que foram eficientes as explicações”, avaliou Temer. Quanto à possibilidade de Palocci deixar a Casa Civil, o vice-presidente ressaltou que essa decisão cabe apenas à presidenta Dilma Rousseff.
“Ela que dispõe do cargo. Não sou eu que tenho que dizer o que deve ser feito. Não sei se há possibilidade de Palocci sair. Sei que temos muita confiança nele, no seu desempenho, nas possibilidades administrativas que ele tem de colaborar muitíssimo como governo federal”, disse Temer ao chegar à Assembleia Legislativa de São Paulo na manhã de hoje para um encontro do PMDB.
O secretário nacional de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PT-PR), disse esperar que, agora, a crise envolvendo Palocci seja encerrada. “Esperamos que a racionalidade chegue à política. Que a oposição pare de usar ataques infundados sobre pessoas que estão na legalidade. A oposição vem atacando o governo com ilações e leviandades”, afirmou. “Palocci cumpriu aquilo que se exigiu dele. Primeiro foi à Procuradoria-Geral da República e, agora, foi à nação brasileira oferecer explicações de cunho pessoal”, acrescentou.
Contudo, líderes da oposição afirmaram que apenas a entrevista não esclarece as dúvidas sobre a evolução patrimonial de Palocci. Para o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), as explicações não foram suficientes. “A crise se prolonga e é preciso um paradeiro. Sem explicações convincentes a crise não termina. O governo contaminado perde muito”, afirmou Dias.
De acordo com o senador, o ministro deve ir ao Congresso responder a perguntas “incômodas” sem acertos “prévios” com o Palácio do Planalto.
Para o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), Palocci não foi convincente e precisa detalhar para quem prestou consultoria. “Ele não explicou de onde veio o dinheiro que multiplicou por mais de 20 seu patrimônio pessoal. Tentou engabelar a todos com a história da boa fé e levou a presidenta Dilma Rousseff para dentro da crise. Sem uma explicação convincente, se manter o ministro, a presidenta assume o risco de entregar as principais ações do governo a um suspeito de enriquecimento ilícito e tráfico de influência”, afirmou o deputado.
Da Agência Brasil.
www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110604135311&assunto=27&onde=Politica
Parabenizo a Fátima Oliveira pela grande e bonita criatividade. A Dona Lõ é um espanto em tudo
ResponderExcluirA benção Dindinha!
ResponderExcluirFátima querida, estou amando a Dona Lô, que só ontem tive o prazer de conhecer. Ela é incrível.
ResponderExcluirFez uma análise absolutamente feminista a respeito do dito cujo. Ai, como eu gostaria que Dilma lesse esse conto! A melhor e mais corajosa avaliação que já li até hoje:
"Aquilo pra mim foi o fim da picada, embora Jeany Mary Corner, a que organizava a vida sexual do chatô, arregimentando mulheres, tenha silenciado e assim protegeu a todos. A que preço não sabe até hoje. E, claro que quem praticou o ilícito civil da infidelidade teve de se explicar em casa. Foi a única punição! Mas para mim o que pega é a dupla moral sexual dessa gente. Invade meus princípios. Deixe de ter memória curta, meu nego! Não é atoice que você é PMDB doente. Tá se vendo que DNA de PMDB é coisa terrível. Só lembra do que quer e acha conveniente, a depender da hora. Principalmente se sabe que PMDB é pra profissionais, mas deixe pra lá. Tá ouvindo Estela?”
Também sobre aquela matéria visguenta e nojenta da revista Época, Dona Lô não deixou por menos:
"O fato é, minha gente, que “Quem não pode com o pote não pega na rodilha”. Se o prontuário médico da presidenta da República caiu na rua, de quem é a culpa? Elementar... Primeiramente, entra no cacete o guardião. Depois é apurar as demais responsabilidades de outros agentes do crime cometido. É esperar pra ver que rumo isso vai tomar. Vai depender de que medidas a presidenta tomará. Agora é tocar o Brasil Sem Miséria. E é urgente!"
Ai, estou P da vida por não ter sido convidada para o banquete de Estela! Bravíssima Dona Lô!
ResponderExcluirBjm,
Renata
Dona Lô, faça uma conversa de pé de ouvido com a nossa presidenta, urgentemente. É um SOS: Palocci tem de cair breve, breve. Hoje ou amanhã, no máximo. Já deu prejuízos demais ao governo. E ainte tem esses elementos que a senhora levantou sobre a dupla moral sexual. Ele é um corpo estranho no governo da primeira mulher a presdir o Brasil. Não dá, né?
ResponderExcluirDilma a Lula: toma que o filho (Palocci) é teu
ResponderExcluirPublicado em 05/06/2011
Saiu na primeira pág, da Folha (*): “Dilma decide ouvir Lula sobre destino de Palocci”
Dilma vai ouvir o antecessor antes de decidir se demite ou não o Ministro da Casa Civil.
Este ansioso blog considera que ela deveria aproveitar e fazer logo a limpa.
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2011/06/05/dilma-a-lula-toma-que-o-filho-palocci-e-teu/
Dona Lô é sertaneja matreira. Acunhou Palocci na maciota; e com argumentos imbatíveis. Daqueles que sensibilizam a presidenta Dilma, no campo da moral. Eita conversa de pé de ouvido das quentes, menina!!!!!!!
ResponderExcluirO PEDÁGIO PALOCCI
ResponderExcluirO que mais me fascina em Dona Lô é a firmeza de suas convicções. Ela jamais nega fogo. Fica claro no texto que Dona Lô sabe e espera que Dilma tem de pagar o pedágio Palocci. Ela está esperando que ela pague e comece a governar sem esse trambolho de dupla moral sexual, que é mesmo um corpo estranho num governo como o de Dilma, também por ser mulher, mas também por vir de uma tradição política diferente da escola que gerou Palocci.
Dona Lô, dê uma cochichada no ouvido de Dilma, pois ela precisa dispensar logo o Palocci. O cara virou um trambolho. Chega de trapalhões, não é?
ResponderExcluirDona Lô, amei seu conto!!!!
ResponderExcluirE vamos estar ao lado da presidenta. É isso aí!
OS NÚMEROS DO BRASIL SEM MISÉRIA
Retirar 16,2 milhões da extrema pobreza
Renda familiar de até R$ 70 por pessoa
59% do público alvo está no Nordeste, 40% tem até 14 anos e 47% vivem na área rural
Qualificar 1,7 milhão de pessoas entre 18 e 65 anos
Capacitar e fortalecer a participação na coletiva seletiva de 60 mil catadores até 2014
Viabilizar a infraestrutura para 280 mil catadores e incrementar cem redes de comercialização
Aumentar em quatro vezes, elevando para 255 mil, o número de agricultores familiares, em situação de extrema pobreza, atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
Equipe de 11 técnicos para cada mil famílias de agricultores
Fomento semestral de R$ 2,4 mil por família, durante dois anos, para apoiar a produção e a comercialização excedente dos alimentos
253 mil famílias receberão sementes e insumos
600 mil famílias terão cisternas para produção
257 mil receberão energia elétrica
Construir cisternas para 750 mil famílias nos próximos dois anos e meio
Implantação de sistemas complementares e coletivos de abastecimento para 272 mil famílias
Bolsa Verde: R$ 300 para preservação ambiental
Bolsa Família incluirá 800 mil
Mais 1,3 milhão de crianças e adolescentes incluídos no Bolsa Família
Por Leonencio Nossa / BRASÍLIA, estadao.com.br, Atualizado: 6/6/2011 0:29
ResponderExcluirDilma diz a Palocci que só se decidirá após parecer do procurador-geral
Ed Ferreira/AE-26/5/2011
"'Sobrevida'. A espera pela decisão de Gurgel, que pode sair quarta-feira, prolonga o desgaste "
Em conversa por telefone, a presidente Dilma Rousseff acertou ontem com Antonio Palocci, pivô da primeira crise política do seu governo, que aguardará o posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) a respeito das suspeitas de tráfico de influência por parte do chefe da Casa Civil antes de divulgar qualquer decisão sobre o caso.
A espera pela manifestação do procurador-geral, Roberto Gurgel, o que pode ocorrer na próxima quarta-feira, tem dois motivos. Primeiro, Dilma avalia que, se afastar Palocci de imediato, corre o risco de ser cobrada por uma atitude 'injusta', no caso de a procuradoria não instaurar inquérito. Na segunda hipótese, de Gurgel achar indícios e abrir investigação, o afastamento de Palocci seria facilitado, sob a alegação de que o governo não vai interferir nas apurações.
Há 22 dias, o ministro está sob ataques da oposição e de setores da base aliada por causa do rápido aumento de patrimônio, que levantou suspeitas de enriquecimento ilícito. De 2007 até o fim do ano passado, ele multiplicou seu patrimônio por 20, informação confirmada pelo ministro na entrevista que concedeu ao Jornal Nacional de sexta-feira, quando pela primeira vez deu explicações públicas sobre o caso.
No último dia 20, o procurador-geral pediu a Palocci esclarecimentos sobre o aumento do patrimônio pessoal. Números confirmados pelo ministro, na entrevista à TV, mostram que foi no final do ano passado que mais aumentou a renda de sua empresa de consultoria, a Projeto.
Justamente nesse período, Palocci comandava a equipe de transição de governo e, paralelamente, mantinha a empresa. Segundo ele, a Projeto já estava fechada quando assumiu a pasta da Casa Civil, em janeiro.
Ao informar que tinha pedido esclarecimentos a Palocci, Gurgel antecipou, porém, que não via como crime a prestação de serviços de consultoria. O procurador ponderou que o caso poderia ser questionado, isso sim, do ponto de vista ético.
A oposição encaminhou duas representações contra Palocci. A partir das respostas do ministro, Gurgel vai decidir sobre um eventual pedido de abertura de investigação.
No Planalto, parte da equipe de Dilma trabalha com a perspectiva de que Gurgel apresentará a sua decisão até quarta-feira.
Outra ala acha que não é possível prever um prazo - Gurgel pode adiar o anúncio de sua posição para as próximas semanas, o que esticaria a crise política vivida pelo governo.
Chávez. Auxiliares da presidente disseram que ela acertou com Palocci que os dois tentarão manter uma agenda normal nesta segunda-feira, quando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, será recebido no Palácio do Planalto e no Itamaraty.
Dilma passou o fim de semana na residência oficial do Palácio da Alvorada, onde conversou com outros interlocutores por telefone. Já Palocci passou o domingo em São Paulo.
Neste fim de semana, Dilma e auxiliares diretos fizeram avaliações sobre a performance do ministro na entrevista ao JN. A presidente se sentiu incomodada ao ouvir o ministro dizer na entrevista que não podia divulgar a sua lista de clientes.
Neste fim de semana, houve mais desgaste político com a divulgação de que Palocci aluga um apartamento de 640 metros quadrados, em Moema, zona sul de São Paulo, de uma empresa que usaria laranjas e endereços falsos. Em nota, o ministro ressaltou que não tem responsabilidade sobre os atos do locador. O Estado esteve ontem no local, mas as informações eram de que ele não estava no apartamento. / COLABOROU JULIA DUAILIBI
Palocci Jaz, agora é a senadora Gleisi Hoffmann na Casa Civil
ResponderExcluirPALOCCI E OS 3 PORQUINHOS
Mídia começou serena, vai acabar enfurecida
Por Alberto Dines em 07/06/2011 na edição 645
Um dos três porquinhos teve um problema de saúde e licenciou-se da presidência do PT (José Eduardo Dutra). Outro, Antonio Palocci, vem sendo assado em fogo brando há mais de três semanas. Sobrou um, todo fagueiro, o agora ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e, naturalmente, a fada-madrinha, criadora da trinca e da sua alcunha, a presidente Dilma Rousseff.
Palocci é um caso singular, cada passo que dá para sair do fogo mais tostado fica. Queridinho do empresariado e da mídia, quanto mais mimado, mais asneiras comete. A fala mansa, o ar desarmado e o senso comum que irradia são o seu encanto.
Com tais atributos, conseguiu que a mídia perdoasse o “mensalinho” de Ribeirão Preto, esquecesse a violência da quebra do sigilo fiscal (e do Estado de Direito) no caso do caseiro de Brasília e, quando a Folha de S.Paulo descobriu o seu fulminante enriquecimento patrimonial, a corporação midiática (incluindo a denunciante) uniu-se para preservá-lo.
Imagem dissolvida
Ao perceber que não poderia manter-se em silêncio, Palocci inventou um estranhíssimo e dissonante dueto de “exclusividades” e assim contornou a recusa da Folha e da Rede Globo de serem as únicas veiculadoras de uma explicação forçosamente pífia. As escolhidas preferiram dividir o preju – o prejuízo – no lugar de ostentar uma façanha.
As exclusivas quase simultâneas da sexta-feira (3/6) foram a perdição de Palocci. Como eram exclusivas, os hábeis entrevistadores não poderiam levantar-se, dizer que o entrevistado estava embromando e encerrar a lengalenga tergiversadora. Noblesse oblige, cabia ao entrevistado encerrá-la e ele só a encerrou depois de registrar todos os sofismas e platitudes que lhe convinham.
O mal-estar só aumentou ao invés de amainar. Em três edições os jornais dos dias seguintes despejaram toda carga de decepção acumulada nos 18 dias anteriores. A imagem de bonomia e prudência construída ao longo da última década dissolveu-se magicamente.
Gosto de cumplicidade
A decisão do Procurador Geral da República de arquivar a investigação sobre o seu vertiginoso enriquecimento favorece Palocci no primeiro momento, em seguida deve desgastá-lo mais ainda. Antes de ser definitivamente torrado só lhe restará demitir-se para prosseguir, sem riscos para os companheiros, uma extraordinária carreira de colecionador de imóveis suntuosos.
A imprensa entrou no episódio aparentando maturidade e poderá sair salpicada pelas cumplicidades. Decididamente, não sabe ser o Quarto Poder.
Qual o próximo banquete, hein Dona Lô? Só por perguntar porque eu também quero ir para comemorar a saída de Palocci do governo. Ô limpeza!
ResponderExcluirSoberba x Prestação de Contas – as lições da queda de Palocci
ResponderExcluirDepois de resistir durante 24 dias sob o fogo cruzado da imprensa, da oposição e das próprias hostes aliadas, caiu, ontem, Antônio Palocci. Para o seu lugar foi indicada a senadora de primeiro mandato Gleisi Hoffmann (PT-PR), que tomará posse no dia de hoje (08), às 16 horas.
Tido como o homem forte do governo Dilma Rousseff, indicado e bancado pelo ex-presidente Lula, Antônio Palocci sai enfraquecido e, possivelmente, encerra, com este episódio, sua vida pública. Toma posse, em sua substituição, a décima ministra do governo Dilma, fortalecendo a presença feminina no ministério, o perfil técnico de gestão e a idéia de que é a presidenta quem comanda o seu próprio governo.
Considerado um hábil político e excelente negociador, Antônio Palocci viu-se obrigado a se retirar de dois governos consecutivos e a entregar áreas chaves de comando, em ambas as situações por se envolver em episódios obscuros e por não conseguir dirimir cabalmente as suspeitas que se levantaram sobre ele.
Novata no parlamento, Gleci Hoffmann não adquiriu ainda traquejo político suficiente para o domínio das articulações e barganhas que o cargo de Ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da República exige. Gestora competente, conforme atestam suas atuações no governo do Mato Grosso do Sul e na diretoria financeira da Hidroelétrica Itaipú Binacional, a nova ministra terá como principal tarefa a articulação técnica dos diferentes ministérios, exercendo papel semelhante ao desempenhado por Dilma Rousseff no governo Lula. Ficará descoberta, no entanto, a tarefa de mediação política, imprescindível para o bom desempenho de qualquer governo.
Todos os atributos políticos computados em favor de Antônio Palocci, aos quais se devem somar também os de possuir bom trânsito entre os empresários e se constituir em uma espécie de fiador do governo Dilma Rousseff perante os setores econômicos mais conservadores, foram insuficientes para garantir sua permanência no ministério. Sua saída deixa aberta uma lacuna no plano político que precisará ser preenchida urgentemente, possivelmente com a indicação de um novo titular para Secretaria de Assuntos Institucionais da Presidência da República.
Diferente do governo Lula, no qual o próprio presidente exercia as funções de articulador político podendo, assim, manter na chefia da Casa Civil uma técnica e excelente gestora sem grande habilidade política, como Dilma Rousseff, no atual governo, a tarefa de articulação política precisará sempre ser confiada a alguém especializado nesta função.
Que a presidenta Dilma Rousseff tenha em mente, entretanto, que o papel de articulador político de um governo de transformação, como se propõe ser o seu, não pode ser exercido por alguém que detenha apenas a capacidade de negociar e de transitar entre as diferentes forças políticas e econômicas. É preciso também que o mediador político de um governo deste tipo, mais do que qualquer outro integrante da equipe de governo, seja alguém que não se deixe encantar pelos cantos das sereias, que não se contamine pela soberba e que nem de longe acredite que pode se valer dos conhecimentos adquiridos e dos acessos abertos pelo cargo para obter vantagens pessoais.
Em uma democracia, e principalmente em um governo que pretende aprofundar o processo de transformação social em curso no Brasil, é preciso ainda que o encarregado das negociações políticas seja alguém disposto a prestar contas integrais e imediatas de seus atos, tanto os praticados no exercício de suas funções públicas quanto os exercidos no âmbito de sua vida privada, mas que mantenham relação com a sua atividade governamental. Agir de modo diferente é dar armas aos adversários e alimentar as possibilidades de deflagração de crises políticas que perturbam o governo e atrasam a execução das reformas almejadas.
http://sul21.com.br/jornal/2011/06/soberba-x-prestacao-de-contas-%E2%80%93-as-licoes-da-queda-de-palocci/
Oi Dona Lô, e agora que o homem caiu? O que acha da nova mandatária da Casa Civil?
ResponderExcluirISTOÉ:
ResponderExcluir| N° Edição: 2170
| 10.Jun.11 - 21:00
| Atualizado em 11.Jun.11 - 15:37
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"Dilma sem Palocci"
Carlos José Marques, diretor editorial
A troca do titular da Casa Civil sinalizou para muitos que agora o governo Dilma começou de fato e de direito. À sua imagem e semelhança. Sem tutelas. Nem a de seu mentor e antecessor, Lula, que a constrangeu dias atrás ao desembarcar em Brasília para pilotar ele mesmo uma saída para a crise – tal e qual um mandatário em pleno exercício do poder. Nem a do demissionário Palocci, que incorporava a condição de eminência parda, tido e havido como uma espécie de primeiro-ministro, mandando acima dos demais. Gleisi Hoffmann, que assume, é da cota pessoal da presidente. Traz um perfil mais gerencial e carrega uma missão desidratada das articulações políticas que costumam dar munição ao ocupante do cargo. A virada de estilo na pasta, rumo a um caráter mais técnico, tem a marca clara e indissolúvel da presidente – que, de mais a mais, já esteve na mesma cadeira agora de Gleisi e de lá saiu, direto, sem escala, para a vitória nas urnas. Gleisi e Dilma farão certamente um dueto afinado no estabelecimento de prioridades e na condução de demandas externas. Não apenas porque a escolhida é mais uma mulher – compondo assim o maior corpo de autoridades femininas jamais visto controlando os principais postos da República. Dilma está certamente mais à vontade com alguém que possui trajetória e ideologia parecidas com as suas.
O problema decorrente dessa reconfiguração no alto escalão é a ausência de um personagem com o estofo e o traquejo suprapartidário de Palocci. Com a presidente pouco familiarizada nas artimanhas parlamentares e que não demonstra a menor paciência para entrar no jogo de aliados e oposicionistas, o risco de desintegração da base de apoio é grande. Ao lado de Dilma, o quadro mais visível do governo que traz essa característica e pode exercer o decisivo papel de conciliador é o próprio vice-presidente, Michel Temer. Mas nesse caso se estabelece uma nova discussão: quais as ameaças para Dilma ao ficar refém do PMDB? Como apaziguar os ânimos e conter o fisiologismo atávico da sigla de Temer? A pupila do ex-presidente Lula – a quem ainda devota uma fidelidade canina – já amargou no Congresso uma sonora derrota na votação do Código Florestal. Não pode passar por outra tão breve. Seu maior teste: demonstrar que a emancipação não vai lhe custar caro demais.
http://www.istoe.com.br/assuntos/editorial/detalhe/141410_DILMA+SEM+PALOCCI
Lamentavelmente parece que a presidenta Dilma deixou passar batido o episódio do vazamento dos eu prontuário do Hospital Sírio-Libanês. Isso equeivale a passar a mão na cabeça dessa gente. Se fazm isso com o prontuário médico da presidenta, vão ser responsáveis por alguma coisa ainda? NUNCA. É um péssimo exemplo que a nossa presidenta está nos dando como cidadãos.
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