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sexta-feira, 24 de junho de 2011

É cantar “Chora boi da Lua” pelos quilombolas...


Fátima Oliveira

– A Branca não deixa nem a gente brincar o São João sossegada, c’os diachos! Cê viu Estela o que saiu no jornal da famiglia?
–...
– Nããããão? Pois escute que vou ler, afe! Como a Branca se acha! Saiu no Estado Maior, a parte destinada às coisas mais importantes do jornal lá do outro lado da ponte:Roseana diz a ministras que MA tem governo – A governadora Roseana Sarney teve ontem dura conversa com as ministras que vieram a São Luís se reunir com quilombolas que cobram demarcação de áreas. O grupo foi direto do aeroporto para o Incra, quando deveria ter ido primeiro ao Palácio dos Leões” (Estado Maior, Jornal Estado do Maranhão, 23.06.2011).
Charge Eletrônica: O Chilique
  – Não entendi! Se as ministras foram chamadas pelos quilombolas e vieram para uma reunião com eles, por que primeiro precisam de tomar a benção à governadora?
– Imagina! Eu não saio daqui sem descobrir essa historia timtim por timtim... Ou não me chamo Lô! Tenho minhas fontes confiáveis. Mas pelo andar da carruagem...
–...
– Quiquêisso Estela! Que carruagem de Ana Jansen, menina?! Qual nada, a dela é também uma miragem. Pura arrotação de poder! Como eu ia dizendo... Se as ministras vieram em socorro dos quilombolas, quem cuida da agenda delas escorregou na casca de banana... Primeiramente era ouvi-los, pois não? Foram primeira e unicamente convidadas/chamadas por eles. Ou estou enganada? Não foi a governadora quem convidou as ministras. Foram os quilombolas!

Então, primeiramente atender a quem chamou; e só depois acunhar a Branca que, ela sim, tem responsabilidade no cartório por esse estado de coisas! Acontece que na mexida dos pauzinhos no Planalto pra branca não sair mal na fita, advinha queeeeeeeeeeem deu a mexidinha básica? Papai, claro, que ali é homem que tem poder, c’os diachos!
– ...
– Foi concertada uma agenda oficial com o Palácio dos Leões, como se a Branca estivesse chamando e dando uma dura no governo federal. Tudo pra não ficar feio demais pra ela! Um baita erro, mas foi concertado pelos gabinetes das três ministras. Errado? Erradíssimo, mas era pra cumprir, como manda o figurino do Pacto Federativo, já que houve quem concordou com a encenação.  Eita povo que gosta dum teatro, minha gente!





– E as meninas danadinhas não cumpriram! – Que meninas Estela?
– Desculpe-me Dindinha, é que como eu as conheço há trocentos anos, pelo menos duas delas, daí a intimidade... As meninas, quer dizer: as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos), Luiza Bairros (Promoção da Igualdade Racial) e Márcia Quadrado (Desenvolvimento Agrário).
Jornal Pequeno - Capa da Edição 23,718
– Pois bem, antes dos salameleques com a governadora, foram ter com os quilombolas. Pra quê? A Branca subiu nas tamancas, que aquilo é terrível, birrenta, mimada e gosta dum barulho que só ela! Sabe que a melhor defesa é o ataque e resolveu levar as ministras às cordas. E deu no que deu. Criou uma cortina de fumaça e saiu por cima da carne seca. E não se falou mais no assunto que as ministras estavam ali porque a Branca não deu conta de fazer o que deve... E não se fala mais nisso! Só que ela engrossou o gogó pras ministras e os puxa-útero de plantão estão no maior acezume porque as ministras ainda tiveram de pedir desculpas, por uma questão de educação e de rigidez do protocolo do pacto federativo, que a Branca invocou, pois ela não é nem um tico burra. Ai que ódio!
– Ora, ter de pedir desculpas à Rosengana, é dose, mas fazer o que, não é? Bem que elas poderiam ter dito que nessa historia toda quem tem de pedir perdão é ela, a governadora, aos quilombolas. Mas deixa pra lá...
– Olha só o que madame disse: “Aqui tem governadora, tem comando e eu exijo respeito. Duvido se vocês fossem para outro Estado não iriam primeiro falar com o governador?! Faço questão de protestar porque não admito e não aceito este tipo de coisa. Sou da base do governo Dilma e meu governo é aberto a sem-terra, quilombolas e movimentos sociais”.
A Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão emitiu nesta sexta-feira (10/06), Nota Oficial reafirmando seu inequívoco compromisso com a defesa dos Direitos Humanos e anunciando a assistência às comunidades quilombolas prestada pelos membros da Comissão de Direitos Humanos da instituição.
– O quê? Dindinha é preciso carradas e carradas de óleo de peroba! O pai dela foi governador; ela está no governo pela terceira vez (ou é quarta?) e há quilombolas no Maranhão não é desde ontem, não! E pucardiquê nunca se importaram com a sina dessa gente sofredora e lutadora?
– Ora se é! Mas dizem que o que está por trás da irritação também é a ciumeira do clã com o governador de Pernambuco. Falando no pai dela, tá por aqui. Eles não faltam  nessas festas mais importantes do Maranhão, coisa de sabedoria política mesmo: “Quem não é visto não é lembrado”. Ainda bem que eu não estava aqui ontem minha rosa, porque teria topado com essa gente. Lembra que os encontrei no Carnaval?
– Hemhem...

– O cara é senador do Amapá, de estar lá com o povo que o elegeu, não! A desculpa agora para estar aqui sabe qual foi? Receber uma comenda da Polícia Militar do Maranhão, feita sob medida para a família. Espia só o que está no jornal deles: “A Comenda Gran Cruz Hermelindo Castelo Branco, a maior honraria do Mérito do Alto Comando. O senador é a segunda pessoa a receber a homenagem. Além dele, só a governadora Roseana Sarney possui a comenda”. Aguentar quem há de?
– Dindinha eu fico besta como é que a senhora que vive entonada naquele mato sabe de tanta coisa que parece que tá é aboletada, direto e reto, em Brasília, viiiiixe Maria!
– Mistérios de Dona Lô Estela! Se conforme. Tenho minhas fontes. Há um zumzumzum que a famiglia, pra demonstrar poder, queria por queria trazer Dilma a São Luís para os festejos juninos. Mexe daqui, dacolá, mas os quilombolas, felizmente, melaram a festa junina do clã com direito a fotografia com a presidenta e o escambau...
– Como Dilma viria festejar São João com a governadora com os quilombolas acampados no Incra, protestando contra a violência no campo e a demora na titulação de áreas remanescentes de quilombos? Pra isso o Maranhão não tem governo, não é?
– Hemhem Estela. Já pensou? Ficaram lá de prontidão, cerca de quarenta comunidades remanescentes de quilombos, durante 12 dias! E também, “20 pessoas ameaçadas de morte realizaram greve de fome por pouco mais de 24 horas”. E mais, exigiram a presença das ministras! Ô Estela, não estava sabendo disso, não?
– Saber eu sabia, mas não tinha essa dimensão e a riqueza de detalhes que a senhora está dizendo...

Dilma em Caruaru em 2010 e em 2011
São João de Caruaru será primeira agenda da presidente no Estado, após a posse / Foto: Marcelo Soares/JC Imagem
– Pois bem, diante desses desacertos todos, da Branca é claro, o ocorrido é que Dilma foi prestigiar o São João de Pernambuco, em Caruaru, na quarta-feira, dia 22... E tá Eduardo Campos lá todo porloche... Não sei muito bem como está tocando o governo. Não deve ser nenhuma brastemp, mas pelo menos não tem acampamento de quilombola nas fuças e clamando por uma medida de Brasília, né não?


– Quer dizer então que a Branca depois da brigaiada com as ministras, à noite estava no Arraial da Lagoa da Jansen sendo homenageada pelos Bois de Axixá e da Maioba... Foi o que ouvi hoje na televisão... Se bem que o arraial lá é feito pela Liga Independente do Bumba-meu-boi do Maranhão, com o patrocínio do governo do Estado.  Tudo em casa. Os cabras têm de homenageá-la! Um acinte! Os quilombolas no maior sufoco e essa gente pegar uma coisa assim que é patrimônio cultural original dos negros, pelo menos aqui no Maranhão é, e louvar a Branca! Sabia Estela que se não fosse a teimosia dos negros não haveria bumba-meu-boi? Pois é, teve um bom tempo em que era proibido brincar boi (1861 ou 1868 até 1960) e a polícia prendia na hora os brincantes!
– Eu não sabia!
– Como os bois eram mais de áreas suburbanas e rurais da Ilha e não havia polícia que vencesse os batalhões de boi, proibiram apenas de entrar na área central de São Luís, mas eis que o presidente João Goulart, numa visita a São Luís assistiu a uma apresentação de bumba-meu-boi e ficou deslumbrado, afrouxaram a proibição... Depois de um século!

– ...
– Espie só a manchete: “Governadora Roseana é recebida com festa por brincantes de boi no Arraial da Lagoa”.  O certo é que o Jornal Pequeno de hoje tascou: “Governo federal promete plano deações a quilombolas do Maranhão”. Ué, o Maranhão tem governo, não?! Matéria boa! Foi preciso as meninas danadinhas aqui pra sair uma promessa de  plano! Promessa, viu Estela? Mas saindo da boca daquelas ministras eu boto fé. E não vai demorar, jazim, jazim vai sair...
– Dindinha, “O que não tem remédio, remediado está”... Você foi pra São Luís se distrair. Aproveite a diversão, senhora! E a viagem, como foi?

– Mas enfim, o que sucede é que minha viagem foi muito boa, tirante essa raiva bem cedo ao abrir os jornais lá no aeroporto. Já conversei com comadre Fabiana e estamos acertando um programa junino do nosso jeito. Não está fácil. Há arraial pra tudo quanto é lado. Era fácil no tempo em que tudo isso acontecia na Praça Deodoro e até depois no Parque do Folclore. Mas agora, a cidade ferve por tudo quanto é canto. Arraial, arraial a perder de vista: o Arraial da Lagoa da Jansen; o Arraial do São Luís Shopping, que agora se chama Vila Junina, patrocinado pela TV Globo do Maranhão; o Arraial da Maria Aragão; o Arraial do Ceprama, alí na Madre Deus... E não é fácil escolher...
– ...
– Quero ver especialmente o Bumba-meu-boi de Nina Rodrigues, que será hoje à noite, o de Guimarães, o do Pindaré, o de Axixá, o de Cururupu, o de Morros, o de Rosário, o Boi da Lua, o da Madre Deus, o Boizinho Barrica, o Boi Pirilampo... Claro que também estamos programando apreciar tambor de criola, cacuriá, lelê, caroço, dança do coco, dança da fita, quadrilhas, uns grupos de danças portugueses, coisa que está tendo muita. Vamos sair todas as noites, com exceção do dia 25, que é a quadrilha da mãe de comadre Fabiana, que rola festa a noite toda.
Boizinho Barrica
 – Viiiixe, é um mix de sotaques... Pensei que a senhora gostasse só de sotaque de matacra e de orquestra...
– E era, mas depois fui aprendendo a beleza de cada sotaque e hoje sou apaixonada por todos eles. Foi toada de boi, tô dentro! Não há dúvida, bumba-meu-boi é uma ópera. As toadas são sempre magníficas. Muitas se eternizam, como Boi da Lua, Boi de Lágrimas, Bela Mocidade...
– É verdade!
– Falando nisso, acho que vou levar lá pra Matinha um boi de Cururupu, que é de sotaque de costa de mão. É diferente e bonito de doer; e se a gente não adjutorar para cuidar vai acabar... É preciso divulgar mais esse sotaque. No ano passado levamos um sotaque de orquestra. Mamãe já havia levado sotaque de zabumba, que é o ritmo original do bumba-meu boi... Tá nora de levar outro. Já sei, vou fazer assim: cada ano um sotaque. O que achas, hein Estela? Pergunte também a Cesinha, viu? Ele é paridinho por sotaque de zabumba. Aprendeu com mamãe, que adorava! Já papai se amarrava num sotaque de orquestra. E pior, não gostava dos outros ritmos.
– ...
– Está bem querida! Deixe que vou descontar tanta raiva, porque essa gente não merece nem a minha raiva, me esbaldando de tanto catar as minhas toadas de boi prediletas: “Chora Boi da Lua”, “Boi de Lágrimas” e “Bela Mocidade”...

São Luís, 23 de junho de 2011

BOI DA LUA
Carlos Cesar Teixeira
Ouça: http://youtu.be/4c9UVA4CJ1Y
Meu São João...

Meu São João, meu São João...

Eu vim pagar a promessa
 De trazer esse boizinho
 Para alegrar sua festa
 Olhos de papel de seda
 Com uma estrela na testa...
 Olhos de papel de seda
 Com uma estrela na testa...

Meu São João...

Meu São João, meu São João...

Eu vim pagar a promessa
 De trazer esse boizinho
 Para alegrar sua festa
 Olhos de papel de seda
 Com uma estrela na testa...
 Olhos de papel de seda
 Com uma estrela na testa...

Chora, chora...

Chora Boi da Lua
 Vem pedir uma esmola
 Praquela boneca de anil
 Mamãe eu vi Boi da Lua dançar no planeta do Brasil...
 Mamãe eu vi Boi da Lua dançar no planeta do Brasil...


BOI DE LÁGRIMAS
Raimundo Makarra
[3064727670_de4f9f7094_o.jpg]
Ouça na voz de Alcione: http://youtu.be/KCqMBs1_GfQ
Ouça na voz do Boizinho Barrica: http://youtu.be/UZPgiz8uhl4
  Sabiá
Já mostrou seu canto
Enfrentou cantor do boi da pindoba
É, boi...
Chegou prenda do Rosário
Beirada nunca viu tanto brilho e clarim
Chiador,
levantou Maioba
Chão tremeu, quem fez?
Foi Maracanã...
É, boi, chegou
Batalhão da mata,
Enfrenta o contrário no cordão
É, boi...
Zé de França Pereira viu
Esse boi tão pequeno chegar
Madre Deus de São Pedro fez
Esse boi chorar...
 
Levanta, boi e vai
Que é pro amo ver
Que boi também chora,
Também sente dor
Que boi também chora,
Também sente dor
Que boi também chora
Lê lê lê...
 
BELA MOCIDADE
Bumba Meu Boi de Axixá
(Donato e F. Naiva)
Ouça na voz de Maria Bethania: http://youtu.be/RA5EILqHsmw
Ouça na voz dos toadeiros do Boi de Axixá: http://youtu.be/OcQYMEOJ2pM
  Quando eu me lembro,
Da minha bela mocidade.
Eu tinha tudo a vontade,
Brincando no boi de Axixá.
Eu ficava com você,
Naquela praia ensolarada,
E a tua pele bronzeada,
Eu começava a contemplar.
Mas é que o vento buliçoso balançava teus cabelos,
E eu ficava com ciúme do perfume ele tirar.
Mas quando o banzeiro quebrava,
Teu lindo rosto molhava,
E a gente se rolava na areia do mar.
Morena veja como é tão bonito
Quando a lua vem surgindo
E começa a clarear o mar
É quando eu me lembro
Dos tempos passados
Eu era o seu namorado
E vivia a contemplar
Naquela praia tão linda
Noite e dia a clarear,
O vento soprava forte
Querendo o teu lindo cabelo açoitar.
Naquela praia tão linda
Noite e dia a clarear,
O vento soprava forte
Querendo o teu lindo cabelo açoitar.
Mas é que o vento buliçoso balançava teus cabelos,
E eu ficava com ciúme do perfume ele tirar.
Mas quando o banzeiro quebrava,
Teu lindo rosto molhava,
E a gente se rolava na areia do mar.
Sotaques

Sotaque de Matraca - surgiu em São Luís e é o preferido de seus habitantes. O instrumento que dá nome ao sotaque é composto por dois pequenos pedaços de madeira, o que motiva os fãs de cada boi a engrossarem a massa sonora de cada 'Batalhão'. Além das matracas, são usados pandeiros e tambores-onça (uma espécie de cuíca com som mais grave). Na frente do grupo fica o cordão de rajados, com caboclos de pena. Principais representantes: Boi de Maracanã, Boi da Maioba, Boi da Pindoba, Boi de Iguaíba, Boi da Madre Deus, Boi do Bairro de Fátima.


Sotaque de Zabumba - ritmo original do bumba-meu-boi, esse sotaque marca a forte presença africana na festa. Pandeirinhos, maracás e tantãs, além das zabumbas, dão ritmo para os brincantes. No vestuário destacam-se golas e saiotes de veludo preto bordado e chapéus com fitas coloridas. O sotaque de zabumba passa por grande crise nos últimos anos devido à falta de novos brincantes interessados em manter as tradições do mais antigo estilo de boi. Principais representantes: Boi de Guimarães de Seu Marcelino Azevedo, Boi da Areinha de Seu Constâncio, Boi da Fé em Deus de Dona Teresinha Jansen, Boi da Liberdade de Seu Leonardo, Boi da Vila Passos de Seu Canuto, Boi do Bairro de Fátima de Dona Zeca.

Sotaque de Orquestra - nesse sotaque o bumba-meu-boi ganha o acompanhamento de diversos instrumentos de sopro e cordas, como o saxofone, clarinete e banjo. Peitilhos (coletes) e saiotes de veludo com miçangas e canutilhos são alguns dos detalhes nas roupas do brincantes. Principais representantes: Boi de Axixá, Boi de Morros, Boi de Nina Rodrigues, Boi da Lua, Boi do CEIC.

Sotaque da Baixada - embalado por matracas e pandeiros pequenos, um dos destaques desse sotaque é o personagem Cazumbá, uma mistura de homem e bicho que, vestido com uma bata comprida, máscara de madeira e de chocalho na mão, diverte os brincantes e o público. Outros usam um chapeú de vaqueiro com penas de ema. Principais representantes: Boi de Pindaré, Boi de São João Batista, Boi de São Vicente de Ferrer, Boi de Viana, Boi de Santa Fé.
Boi de Cururupi

Sotaque Costa de Mão - típico da região de Cururupu, ganhou esse nome devido a uns pequenos pandeiros tocados com as costas da mão. Caixas e maracás completam o conjunto percussivo. Além de roupa em veludo bordado, os brincates usam chapéus em forma de cogumelo, com fitas coloridas e grinaldas de flores. Principal representante: Boi de Cururupu.
  AS TOADAS DO BUMBA-MEU-BOI (I)
Fotos dos quilombolas, das ministras e da governadora foram extraídas do blog do John Cutrim, em "O ‘piti’ infantil de Roseana", "Sinhazinha" e "Roseana vaiada?" 

LEIA COMENTÁRIOS TAMBÉM EM:
VI O MUNDO

18 comentários:

  1. Ó, DONA LÔ, ESSE ESPÍRITO DE CAPITANIA HEREDITÁRIA AINDA VIGORA NO BRASIL. É HERANÇA MALDITA! UM DIA SE ACABA!
    AINDA BEM QUE AS FESTAS POPULARES INDEPENDEM DESSA RAÇA, NÃO É MESMO?
    OLHE, OUVI AS TOADAS E FIQUEI MARAVILHADA. DE VERDADE!
    QUANDO ACABEI DE LER O BELO TEXTO DA DRA. FÁTIMA, UMA PERGUNTA ME VEIO À MENTE: PARA QUE SERVEM AS MEDALHAS? BEM, AS DUAS, GANHAS AÍ NO MARANHÃO, COM CERTEZA, DESCANSARÃO CHEIAS DE AZINHAVRE NO MUSEU DO MORUBIXABA!
    TUDO PASSA, DONA LÔ! TUDO PASSARÁ!

    LEILA JALUL, SUA CRIADA.

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  2. Que firmeza Dona Lô! Acertou na mosa. A Branca arrumou barulho com as ministras pra tirar os holofotes de cima da incompetência e descaso dela em relação aos quilombolas do Maranhão. Sua análise é perfeita!

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  3. Emocionante demais da conta Dona Lô!

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  4. ahahahhaah Há anos eu não ouvia falar em "barulho", que na Ilha de São Luís quer dizer briga, encrenca feia, sem eira e nem beira.
    Dona Lô é demais rsrsrsrsr
    Também de acordo que foi "papai" quem mexeu os pauzinhos pra Branca aparecer bem na fita. Ora, nem foi ela quem convocou as ministras! Foram os quilombolas.
    "Meninas danadinhas", agora é dar um tranco nos gabinetes de Vossas Excelências que aceitaram essa tramoia em nome do Pacto Federativo. Não eram obrigados a concordar. UFA!

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  5. Ricardo Batista Ramos25 de junho de 2011 às 10:57

    Gente eu quase morri de rir com essa historia de Dona Lô chamar Roseana de Branca. Gostaria de saber o por que do apelido. Mas realmente o pito que ela deu nas ministras é coisa de branco que se sente superior. Será que o "acezume" dela é por que uma das ministras era negra? Faz sentido. Todo o sentido do mundo.
    E Dona Lô não deixou passar batido o ataque da sinhazinha e acunhou o apelido de Branca.
    Dei uma googlada e vi que é de certo modo um costume chamar Roseana de Branca que, claro num estado eminentemente negro, faz sentido, pois o comportamento da Branca que manda ficou patente no ocorrido.

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  6. Oi Fátima, fui ao blog do Jonh Cutrim e deixei um comentário. Gostei do blog dele, sobretudo é CORAJOSO!
    A Branca é o que é e não vai mudar, quem tem de mudar é o povo do Maranhão não votando mais nela. Cada dia mais ela se arvora de dar uma de Ana Jansen, invocando a sua condição de mulher, comos e houvesse uma mulher universal. Não há! Há Joanas e Joanas. Anas e Anas. Bem sabemos.
    Gostaria de pedir um favor: a minha posta em teu blog aquel artigaço-bomba, uma das peças políticas de fundamental importãncia para derrotar a pretensãod e Roseana-presidente em 2002 porque ele não está mais no lugar de origem da publicação, nãos ei porque, o Observatorio da Imprensa!
    ELEIÇÕES 2002 - Em nome do pai... e do clã
    Fátima Oliveira
    O link dele era www.observatoriodaimprensa.artigosjd/60120021.htm
    Não está mais! E sumiu recentemente, pois há uns seis meses eu precisei dele e acessei lá!
    Eu o encontrei em dois outros sites:
    1. Em nome do pai... e do clã
    Mulher que entra na política tendo como base o poder ancestral, especificamente o patriarcal, vai a qualquer canto "em nome do pai" e do clã. ...
    www.mulheresequilibristas.com.br/index.php?...em-nome-do-pai-e-do-cla... - Em cache
    30 out. 2010 – “Em nome do pai… e do clã”. www.observatoriodaimprensa.artigosjd/60120021.htm
    2. Mulheres Negras - Do umbigo para o Mundo
    OLIVEIRA, Fátima • Em nome do pai... e do clã. Jornal de Debates 1 155 ELEIÇÕES 2002 http://www.observatoriodaimprensa.artigosjd/60120021.htm ...
    www.mulheresnegras.org/Fem_neg_br.html

    Mas o que eu gostaria de dizer mesmo é que de Roseana a Dona Lô entende muito bem. E a fundo.

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  7. Dese o ano passado, 2010, que a famiglia tenta trazer Dilma pro São João de São Luís. SEM SUCESSO! Vejam:
    Dilma recusa participar do São João do Maranhão
    Política 21-06-2010 às 14:11 5

    A fim de não passar por constrangimentos, Dilma Rousseff recusou convite da governadora Roseana Sarney.

    A candidata à presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, foi orientada ontem por sua assessoria a recusar convite da governadora Roseana Sarney para participar do São João do Maranhão.

    A coordenação de campanha da ex-ministra acha que Dilma poderá passar por constrangimentos durante aparição pública em São Luís ao lado da governadora.

    “As feridas abertas com a decisão do Diretório Nacional do PT favorável à Roseana Sarney ainda estão abertas. Confronto entre as militâncias, neste momento, será inevitável”, acredita um petista.

    Dilma Rousseff concordou plenamente com as orientações da coordenação e prometeu que virá ao Maranhão duas vezes no curso da campanha: uma em São Luís e outra a Imperatriz, em data a serem estabelecidas.

    Depois de passear pela velha Europa, ela estará hoje em Salvador para participar da convenção do PMDB de Geddel Vieira Lima, candidato a governador pela Bahia.

    Ficou acertado ainda que visitará os principais festejos juninos do Nordeste, região em que lidera as pesquisas eleitorais.

    Estará nos festejo da Caruaru, em Pernanbuco, no de Campina Grande, na Paraíba, e no Forro Caju, em Aracaju. São Luís, portanto, ficou de fora da agenda da candidata.

    BLOG DO LUÍS CARDOSO
    http://www.luiscardoso.com.br/politica/dilma-recusa-participar-do-sao-joao-do-maranhao/

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  8. 23/06/2011
    Dilma vem a Caruaru, visita Alto do Moura e vai ao Pátio de Eventos


    Essa é a terceira vez que a presidente Dilma Rousseff vem a Caruaru. A primeira foi no São João, em 2009, e a segunda no encerramento de sua campanha
    Wagner Gil

    A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), esteve em Caruaru na última quarta-feira (22) para visitar mais uma vez o São João. A primeira vez que ela esteve na cidade foi justamente no período junino, em 2009, quando era ministrachefe da Casa Civil. No ano passado, já no final da campanha eleitoral, ela também esteve na cidade e ficou emocionada com o calor humano que recebeu nas ruas. Desta vez, Dilma veio acompanhada dos ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e Paulo Bernardo (Comunicação), além do governador Eduardo Campos, do vice João Lyra Neto; do ministro do TCU, José Múcio Monteiro, e da secretária estadual da Criança e da Juventude, Raquel Lyra.

    A presidente chegou à cidade por volta das 19h50 e pouco mais de dez minutos já estava no Alto do Moura. Ao visitar o vilarejo, ela seguiu uma tradição de seu sucessor, o ex-presidente Lula, e foi direto falar com os moradores. "Realmente é um momento muito importante para Caruaru, para o Alto do Moura e para Pernambuco. A presidente tinha dito na campanha que viveu um dos momentos mais emocionantes e prometeu voltar aqui. Estamos muito orgulhosos porque ela nos surpreendeu positivamente, Atendeu a praticamente todas as pessoas que a procuraram, mostrando sensibilidade e fraternidade com o povo", disse o vice-governador João Lyra Neto.

    No Alto do Moura, Dilma passou cerca de 20 minutos na Casa-Museu Mestre Vitalino. Ela recebeu peças de vários artesãos, entre eles Marliete Rodrigues e o próprio filho do Mestre Vitalino, seu Severino Vitalino. "Para mim é um sonho receber a presidente. Passei a maior parte da minha infância fazendo boneco aqui com meu pai, depois fiquei aqui e é a primeira vez que recebo um presidente da República. Acredito que, de alguma forma, isso poderá trazer benefícios para todos os artesãos do Alto do Moura", disse Severino Vitalino.

    A secretária da Criança e da Juventude de Pernambuco, Raquel Lyra, avaliou a visita presidencial como emocionante. "Realmente um momento importante e diferenciado para Caruaru. Sua forma de ter contato com o povo não só surpreendeu, como emocionou todos que estavam aqui. Ela tinha prometido voltar, mas seu compromisso e a valorização que ela mostrou com a nossa cultura vão ficar na memória e para a história", disse Raquel Lyra.

    O prefeito José Queiroz resumiu o sucesso da visita: "É um dia de glória para Caruaru."

    JANTAR
    Ao deixar o Alto do Moura, Dilma seguiu para um jantar oferecido pelo prefeito José Queiroz. No cardápio regional, sarapatel, carne de sol, pamonha, canjica, munguzá, entre outras guloseimas. Lá estavam presentes diversos secretários estaduais e municipais, a exemplo da secretária municipal da Mulher, Louise Caroline, e do vereador Rogério Meneses, ambos do PT.

    Vários políticos recifenses e alguns prefeitos também foram convidados do deputado Wolney Queiroz, a exemplo de Renildo Calheiros (PC do B), prefeito de Olinda, e os deputados Edgar Moury (PMDB), João Paulo (PT), Cadoca (PSDC) e Eduardo da Fonte (PP). O vice-prefeito de Caruaru, Jorge Gomes, e sua esposa, a secretária estadual de Direitos Humanos, Laura Gomes, também estavam entre o seleto grupo.

    No Parque de Eventos, Dilma foi bastante simpática com a pessoas que não paravam de acenar para ela.

    http://www.jornalvanguarda.com.br/v2/?pagina=noticias&id=8739

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  9. Realmente a Roseana deu uma de Ana Jansen pra cima das ministras

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  10. Fátima,seus textos são verdadeiros presentes culturais.Estou me apaixonando pelo Maranhão.
    Agora, ROSENGANA foi demais.Eitá dona Lô retada.
    Cheiros.

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  11. Dona Lô, um cheirim

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  12. Parabéns por Dona Lô

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  13. Gildásio Montes Abreu26 de junho de 2011 às 23:04

    O que Roseana fez com as ministras foi um desacato. Um absurdo

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  14. Maria de Fátima Peixoto27 de junho de 2011 às 12:20

    Eita porrete bem dado!

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  15. Dona Lô é desbocada e não morde a língua

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  16. Corina Moura Ferreira30 de junho de 2011 às 08:21

    Dona Lô é uma personagem arretadíssima

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  17. Fááááátima, teu blogue com Dona Lô é estreladíssimo

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