O peso das decisões extremadas tomadas com tranquilidade
Fátima Oliveira
Médica - fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_
Em dezembro passado, “desencroei” meu livro “Então, deixa
chover”, pela Mazza Edições. Entreguei os originais à editora em abril de 2010
e fui deixando lá... Fiquei “lambendo a cria” por três anos e tanto, até que a
Mazza disse algo do tipo: “Chega, nunca mais mexeu no livro, então está
finalizado! Vou publicar!”. E colocou ponto final no egoísmo da autora, como
disse um amigo psiquiatra: “Escreveu, tem que publicar! Não seja egoísta, o
romance não lhe pertence mais!”. Até que sou rápida para escrever, mas deixo
meus romances mofando um tempão...
(Elizabeth Regina Comini Frota, neurologista)
Com a palavra, a neurologista Elizabeth Regina Comini Frota, que escreveu a orelha do livro: “Do Maranhão para Minas Gerais, gastam-se tantas palavras quanto serras que sobem e descem. Descobri, conhecendo Fátima Oliveira, que Maranhão e Minas são irmãos de terras a perder de vista, rios que determinam as curvas dos caminhos e pessoas que caminham em curvas.
Fátima é a mulher não mineira mais ‘rosiana’ que encontrei. Neste livro, ela descreve os sofrimentos das famílias, principalmente das mães, que possuem em casa alguma doença psiquiátrica ou neurológica. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ou o Transtorno de Personalidade Antissocial, ou o Transtorno Bipolar representam aqui muitas outras doenças crônicas que acarretam limitações e sofrimentos para quem tem e para quem cuida, e adoecem a família. Vencê-la e tratá-la sem desesperar é um desafio que a médica Fátima Oliveira poetiza e romanceia, sem minimizar. Seu entendimento vem dos anos de experiência vivida, ouvida e lembrada de muitas mães.
"Descreve os
sofrimentos das famílias, principalmente
das mães, que possuem
em casa alguma doença
psiquiátrica ou neurológica"
Admirável sua capacidade de fazer o que é preciso fazer, doa a quem não entender. Essa capacidade ela exprime em sua personagem Maria, que interna o filho quando é preciso e quando sente que esse é o melhor caminho.
O estilo inconfundível se repete neste livro, recheado de pesquisas históricas, médicas e culinárias, que remetem a novos conhecimentos no meio da leitura, passando da cozinha para a biblioteca, da cidade ao sertão, tudo misturado e ‘bem pertim da gente’. Escrito na primeira pessoa, alterna referências nas vivências de outros com as próprias experiências, relatadas com certa leveza e sem lamento.
Rui Paulo ([Rui.paula@yahoo.com.br (31) 9959-3572)]
Ao lê-lo, senti-me sentada na cozinha da Fátima, naquela fazenda de Maria, em mesa de madeira talhada, com canecas esmaltadas... Será no interior do Maranhão ou de Minas? A prosa e o café são tão bons lá como cá. Conversando, amenizamos a tristeza das lembranças difíceis com gargalhadas, o peso das decisões extremadas com a tranquilidade de sabermos que sempre, após a chuva, vem uma calmaria. Então, drª. Fátima, deixa chover. Belo Horizonte, Primavera de 2013”.
PUBLICADO EM 28.01.14
(DUKE)
FONTE: OTEMPO
Fiquei muito interessada em seu livro
ResponderExcluirA apresentação do livro na crônica é deliciosa. Sucesso!!
ResponderExcluirA capa do seu livro é muito bonita e cativante. Imagino que o conteúdo é maravilhoso. Onde comprar o seu livro? Não o encontrei no site da Mazza Edições
ResponderExcluirhttp://www.mazzaedicoes.com.br/
Maravilhosa Fátima Oliveira. lerei seu novo romance com prazer
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