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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Compartilhando meu novo livro: “Então, deixa chover”

 

O peso das decisões extremadas tomadas com tranquilidade
Fátima Oliveira
Médica - fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_
 
 
Maria Mazzarello Rodrigues Em dezembro passado, “desencroei” meu livro “Então, deixa chover”, pela Mazza Edições. Entreguei os originais à editora em abril de 2010 e fui deixando lá... Fiquei “lambendo a cria” por três anos e tanto, até que a Mazza disse algo do tipo: “Chega, nunca mais mexeu no livro, então está finalizado! Vou publicar!”. E colocou ponto final no egoísmo da autora, como disse um amigo psiquiatra: “Escreveu, tem que publicar! Não seja egoísta, o romance não lhe pertence mais!”. Até que sou rápida para escrever, mas deixo meus romances mofando um tempão... 

 


 O mundo é mágico. As pessoas não morrem, ficam encantadas. (Guimarães Rosa)   O dentista Francisco Martins, meu amigo, “encantado rosiano” no ano passado, quando leu “AHora do Ângelus” (Mazza Edições, 2005), bradou: “A mulher do livro é a Fátima! É por isso que nem nome ela tem”. Eureka! Só aí descobri que não dei um nome à personagem principal de meu primeiro romance! Ao ler “Reencontros na Travessia– A Tradição das Carpideiras” (Mazza Edições, 2008): “A Cacá é a Fátima!”. Sem dúvida que ele diria para sua filha quando lesse o “Então, deixa chover”: “Paulinha, a Maria é a Fátima!”. Talvez porque muitos já sentenciaram: “Todo romance é autobiográfico de algum modo”: Flaubert (“Madame Bovary c’est moi”), Fernando Sabino... E Michel Laub arrematou: “Tudo é autobiográfico num livro porque o escritor se baseia na própria memória, nem que seja para inventar”.
 
 
Elizabeth Regina Comini Frota  (Elizabeth Regina Comini Frota, neurologista)


Com a palavra, a neurologista Elizabeth Regina Comini Frota, que escreveu a orelha do livro: “Do Maranhão para Minas Gerais, gastam-se tantas palavras quanto serras que sobem e descem. Descobri, conhecendo Fátima Oliveira, que Maranhão e Minas são irmãos de terras a perder de vista, rios que determinam as curvas dos caminhos e pessoas que caminham em curvas.
 Fátima é a mulher não mineira mais ‘rosiana’ que encontrei. Neste livro, ela descreve os sofrimentos das famílias, principalmente das mães, que possuem em casa alguma doença psiquiátrica ou neurológica. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ou o Transtorno de Personalidade Antissocial, ou o Transtorno Bipolar representam aqui muitas outras doenças crônicas que acarretam limitações e sofrimentos para quem tem e para quem cuida, e adoecem a família. Vencê-la e tratá-la sem desesperar é um desafio que a médica Fátima Oliveira poetiza e romanceia, sem minimizar. Seu entendimento vem dos anos de experiência vivida, ouvida e lembrada de muitas mães.

"Descreve os
sofrimentos das famílias, principalmente
das mães, que possuem
em casa alguma doença
psiquiátrica ou neurológica"

Admirável sua capacidade de fazer o que é preciso fazer, doa a quem não entender. Essa capacidade ela exprime em sua personagem Maria, que interna o filho quando é preciso e quando sente que esse é o melhor caminho.
O estilo inconfundível se repete neste livro, recheado de pesquisas históricas, médicas e culinárias, que remetem a novos conhecimentos no meio da leitura, passando da cozinha para a biblioteca, da cidade ao sertão, tudo misturado e ‘bem pertim da gente’. Escrito na primeira pessoa, alterna referências nas vivências de outros com as próprias experiências, relatadas com certa leveza e sem lamento.


"Meu Fogão a Lenha!"
Desenho de Rui Paulo   Rui Paulo ([Rui.paula@yahoo.com.br (31) 9959-3572)]
  Ao lê-lo, senti-me sentada na cozinha da Fátima, naquela fazenda de Maria, em mesa de madeira talhada, com canecas esmaltadas... Será no interior do Maranhão ou de Minas? A prosa e o café são tão bons lá como cá. Conversando, amenizamos a tristeza das lembranças difíceis com gargalhadas, o peso das decisões extremadas com a tranquilidade de sabermos que sempre, após a chuva, vem uma calmaria. Então, drª. Fátima, deixa chover. Belo Horizonte, Primavera de 2013”.


PUBLICADO EM 28.01.14
01 (DUKE)
FONTE: OTEMPO 

Mazza Ediçoes Mazza Edições | Rua Bragança 101, Pompeia - 30280-410, Belo Horizonte-MG/Brasil | Fone/Fax: 31 3481-0591

 + Sobre o livro: Compartilhando fragmentos do livro “Então, Deixa Chover” - Fátima Oliveira, O Tempo, em 03.08.2010
No VIOMUNDO
09321413

RESENHAS

A hora do ângelus
Romance relata histórias de abortos envolvendo padres
CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo
 

Com poesia, romance aborda histórias das mulheres que choram os mortos
CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo
 

4 comentários:

  1. Fiquei muito interessada em seu livro

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  2. A apresentação do livro na crônica é deliciosa. Sucesso!!

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  3. A capa do seu livro é muito bonita e cativante. Imagino que o conteúdo é maravilhoso. Onde comprar o seu livro? Não o encontrei no site da Mazza Edições
    http://www.mazzaedicoes.com.br/

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  4. Maravilhosa Fátima Oliveira. lerei seu novo romance com prazer

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