Visualizações de página do mês passado

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O meu voto deve dizer do meu carinho e amor por Beagá




DEVO USAR O MEU VOTO PARA ALAVANCAR O BEM COMUM
Fátima Oliveira
Médica -
fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_


As eleições municipais são um momento especial e único para que cidadãs e cidadãos digam, através do voto, o que desejam para a cidade e como a cidadania precisa ser vista por quem ocupará a prefeitura municipal. É uma responsabilidade popular sufragar a proposta mais apropriada de cuidados para com o povo e a cidade - tarefa que não é fácil nem simples, pois, em período eleitoral parece que baixa um santo bonzinho em todas as candidaturas e o meio de campo embola de tal modo que separar o joio do trigo exige pensar e pensar...
Cada pessoa pública, felizmente, possui uma vida pregressa (o que fez durante a vida), um presente, e ambos informam muito do futuro. A ética da responsabilidade para com o voto, que, como dizem, não tem preço, mas tem consequências, deve ser o norte na hora de escolher a quem vamos sufragar nas eleições: votar apenas em pessoas cuja história de vida demonstre coerência quanto às preocupações com o bem-estar do povo e amor pela cidade.
Tenho comichão de candidato à prefeitura ou à vereança que diz que só se candidatou para ajudar o povo. Não dou meu voto a gente de tal naipe, pois fede a falsidade de longe. Não voto em gente que diz que ser candidato é um sacrifício e que não diz que sente prazer em pedir e disputar o voto a voto porque faz bem ao seu ego e crê que pode fazer a diferença, seja na prefeitura ou na Câmara de Vereadores.
Acho que pedir voto para si é uma das coisas mais difíceis e chatas do mundo, pois é preciso convencer um mundaréu de gente de que suas propostas são boas e de que é a pessoa talhada para aquele lugar... Tenho a opinião de que uma candidatura a qualquer coisa que depende de voto exige ter o desejo de ocupar aquele posto; então, tenho enorme respeito por quem, seja qual for a cor ideológica, aceita disputar voto. Como eleitora, reconheço que meu voto exibe poder e que devo usá-lo para alavancar o bem comum, logo só voto em pessoas que eu acredite piamente que podem significar o melhor para o nosso povo e para nossa cidade.




 

Eu, que não sou originariamente belo-horizontina nem mineira, mas aqui estou desde 1988 e tenho um carinho profundo e imenso por mirar a Serra do Curral, dar uma volta num fim de tarde na Lagoa da Pampulha, bater perna só para ficar deslumbrada com a florada dos ipês ou apenas dar uma voltinha perto de casa para ouvir passarinhos e vê-los voando na praça dos Porquinhos, onde minha filharada brincou e agora brincam meus netos, preciso expressar tanta ternura que recebi de Belo Horizonte em meu voto. Alguém pode indagar: como assim?


 (Clarinha, minha neta,  com a mãe, Lívia, aos 5 meses, na praça dos Porquinhos)
 (Foto de Ivaldo Rezende )




O meu voto deve dizer do meu amor por Beagá: deve ser dado a quem eu considere que melhor encarne o que sinto e tenha o propósito de torná-la cada vez mais um lugar bom para a gente viver e morar, priorizando políticas públicas amigáveis para com as mulheres e que tenham como centro o bem-estar das pessoas na saúde, na doença e até na hora da morte. Alguém que, sobretudo, tenha respeito pelas pessoas vulneráveis diante da medicina e dos serviços de saúde, garantindo-lhes uma morte digna, com privacidade; que se importe, sim, em não deixar ninguém dar o último suspiro de vida num corredor apinhado de gente "como animais num curral", porque não têm para onde ir: deixam faltar leitos para desafogar as urgências em Beagá; e em seu entorno, o investimento sanitário mais visível é a ambulancioterapia, singrando estradas para a capital.



Corredor fica lotado com macas e pacientes (Foto: Reprodução/TV TEM) [Corredor fica lotado com macas e pacientes (Foto: Reprodução/TV TEM)]
 (Veja vídeo)


Um voto de amor não é crença em messianismos, apenas deve ser contra o desdém e o desamor.
Publicado no Jornal OTEMPO em 28.08.2012

7 comentários:

  1. Uma crônica de muita poesia e política. Gostei. O que deve nos mover numa eleição municipal é o amor pela cidade

    ResponderExcluir
  2. Matou a pau, o sentimento que deve mover o nosso voto é sim o amor pelo povo

    ResponderExcluir
  3. Cara Fátima, adorei o modo como você contribuiu no artigo para aumentar a conscência política, com amor e com poesia

    ResponderExcluir
  4. Noêmia Cardoso Rosa28 de agosto de 2012 às 17:51

    Depois de ler a sua crônica fiquei convencida que devemos usar o nosso voto da forma que voc~e colocou tão bem.

    ResponderExcluir
  5. Acho tudo isso uma bobagem

    ResponderExcluir
  6. Tenho dó do Tadeu que acha a crônica e os comentários uma bobagem (foi o que entendi), se ele se desse ao trabalho de refletir talvez percebesse que noc adso o bobo é ele. Voto Patrus.

    ResponderExcluir
  7. Valeu Fátima Oliveira

    ResponderExcluir