Tambor de Crioula, de Lisy Telles |
Os motivos que levam os grupos a dançarem o tambor de criola são variados podendo ser: pagamento de promessa para São Benedito, festa de aniversário, chegada ou despedida de parente ou amigo, comemoração pela vitória de um time de futebol, nascimento de criança, matança de bumba-meu-boi, festa de preto velho ou simples reunião de amigos.
Não existe um dia determinado no calendário para a dança, que pode ser apresentada, preferencialmente, ao ar livre, em qualquer época do ano. Atualmente, o tambor de criola é dançado com maior frequência no carnaval e durante as festas juninas.
Em 2007, o Tambor de Crioula ganhou o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
TAMBOR DE CRIOULA
Júnior e Oderban Oliveira
Quem ainda não viu
tambor de crioula do Maranhão?
afinado a fogo tocado a murro
dançado a coice e chão?
crioula, crioula
aê tambor da ilha rufou
aê ê a cachaça já baixou
aê ê tinidô, repipocou
aê ê a pungada derribou
ô vira vira os óio pro rabo da saia dela
cambono tá inspirado e ogã cantando pr´ela
requebra com peneirado, olerê
rosa amarela
ô vira a boca cheia de dentes pr´outro lugar
palmito meu tu não come
besta é tu pode rinchar
coreiro de mão inchada olerê já vai parar
ô dá licença minha gente eu vou m´embora
eu vou m´embora já está chegando a hora
eu vou m´embora mas um dia eu volto aqui
se deus quiser Jesus e Nossa Senhora
se deus quiser Jesus me dê cachaça
se deus quiser Jesus e dona da casa
se deus quiser Jesus e cabocla Jurema
se deus quiser Jesus e dona da casa
Alcione, Oberdan Oliveira, Célia Sampaio e Fátima Passarinho |
O ritmo é executado em três tambores feitos de tronco, escavados a fogo. O tambor grande é chamado Socador ou Roncador (faz a marcação para a punga); o médio, o Meão (responsável pelo ritmo); e o pequeno, Pererenga ou Pirerê (faz o repicado). |
As dançantes se apresentam individualmente no interior de uma roda formada por um grupo de vários brincantes, incluindo dirigentes, dançantes, cantadores e tocadores.
A brincante que está no centro é responsável pela demonstração coreográfica principal, mostrando sua forma individual de dançar. No centro da roda os movimentos são mais livres, mais intensos e bem acentuados.
No Tambor de Crioula encontramos uma particularidade que se constitui o ponto mais alto da dança, a punga.
Entre as mulheres, se caracteriza como o convite para entrar na roda. Quando a brincante está no centro e quer sair, avança em direção à outra companheira, aplicando-lhe a punga, que consiste no toque com a barriga. A que estiver na roda vai para o centro para continuar a brincadeira.
FONTES: www.turismo-ma.com.br/carnaval.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tambor_de_crioula
TAMBOR DE CRIOULA
Mexe, remexe, rebola é tambor de crioula
A ginga descente envolvente é tambor de crioula
É sensualidade pura, não da pra segurar
Faz qualquer tristeza se alegrar
Chega mais pra cá, chega pra sambar
Mostra todo o seu gingado
Faz nego babar, quando rebolar
Quero ver seu requebrado
O Terreiro na palma da mão
De cavaco, tantan, violão
Quero ver ferver...
Quero ver ferver, o tambor de crioula
ê ê ê.. criooula.. criooula.. (crioula)
criooulaaaaa.. criooula
Tambor de crioula, de Maria do Perpétuo Socorro Bandeira Pinheiro (73 anos, São Luís-MA) |
Ministro Gilberto Gil e Mestre Felipe, por ocasião do registro do Tambor de Crioula como Patrimônio Imaterial Brasileiro |
O Estado do Maranhão - MA (22.02.2008)
Depois de ser oficializado como patrimônio imaterial do Brasil, o tambor de crioula ganha, agora, sua versão impressa. O balanço da saia colorida da coureira, dançando ao som da batida inconfundível do tambor está retratado no selo postal e carimbo que serão lançados pelos Correios hoje, às 19h, na Casa do Maranhão (Praia Grande), em homenagem à manifestação característica do Maranhão.
Em pequeno pedaço de papel, o designer Márcio Guimarães, autor da ilustração, resumiu as principais características da música e da dança que servem para louvar a São Benedito e encanta pela beleza coreográfica e som hipnótico que emociona não apenas os maranhenses, mas também turistas do Brasil e do exterior.
O som cadenciado, as batidas frenéticas e as letras de teor simples feitas por gente do povo ganharam contornos traduzidos no desenho do selo, que traz, em primeiro plano, uma coureira de saia colorida e adereços marcantes. Como pano de fundo, os tocadores de tambor.
O selo é parte da série América e será integrado ao acervo do Museu dos Correios. Além disso, percorrerá o mundo em correspondências postais.
Concorrência
Márcio Guimarães, que já havia assinado o selo da mostra Nordeste Criativo, enviou a proposta em novembro do ano passado e concorreu com outros artistas cadastrados pelos Correios no país inteiro. “Para mim, foi uma surpresa o fato de o trabalho ter sido escolhido, acredito que o fato de eu ser maranhense contribuiu para isso”, diz.
O designer conta que se inspirou em fotografias batidas por ele no dia 18 de junho de 2007, quando o ministro da Cultura, Gilberto Gil, oficializou a manifestação como patrimônio imaterial do Brasil. “O desenho traz a silhueta de uma coureira e três tocadores em um fundo verde. Busquei colocar também as cores da chita e detalhes da renda das blusas das dançarinas”, explica ele.
De acordo com Márcio Guimarães, a ilustração foi feita à mão livre. “As cores utilizadas simbolizam, além do tambor, o tropicalismo brasileiro e sua riqueza de cores”, observa. Será apresentado também hoje o carimbo, que tem a mesma imagem, com aplicação diferente.
Trajetória
Márcio Guimarães nasceu em Imperatriz, mas desde os 2 anos de idade vive em São Luís. Aprendeu a desenhar antes de ler e escrever.
Nunca estudou pintura ou desenho, mas passava horas observando e tentando imitar obras dos grandes mestres e de seus gibis. A brincadeira acabou ganhando tons mais sérios.
Formou-se em Desenho Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), aperfeiçoou-se em Design Estratégico pelo Instituto Europeu de Design e desde 2001 é consultor do Sebrae em projetos que apóiam o desenvolvimento do artesanato e do turismo maranhense.
Correios lançam Selo Comemorativo sobre o Tambor de Crioula
Com a missão de propagar os valores culturais maranhenses e do Brasil, os Correios, por meio da Comissão Filatélica Nacional, aprovou a publicação do Selo Comemorativo referente ao Tambor de Crioula do Maranhão, expressão cultural recentemente reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Iphan em 18 de junho de 2007.
(18/03/2008)
Com a missão de propagar os valores culturais maranhenses e do Brasil, os Correios, por meio da Comissão Filatélica Nacional, aprovou a publicação do Selo Comemorativo referente ao Tambor de Crioula do Maranhão, expressão cultural recentemente reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Iphan em 18 de junho de 2007.
O selo que terá tiragem de cerca de 22 milhões de unidades, já está sendo comercializado desde 1º de fevereiro, principalmente em São Luis, faz parte da série América, Festas Nacionais e pode ser adquirido em qualquer agência dos Correios.
A imagem contida no selo, representa a manifestação cultural de matriz africana em toda a sua plenitude. A mulher dançando descalça, com sua saia estampada com cores que representam o tropicalismo brasileiro, ladeada pelos tocadores dos três tambores, instrumentos típicos do Tambor de Crioula.
Como cultura afro-brasileira, o Tambor de Crioula é tocado principalmente nas festas carnavalescas e juninas realizadas no estado, geralmente em louvor a São Benedito e encerrando as festas de bumba-meu-boi.
FONTE: www.memoriaviva.org.br/default.asp?id=1&mnu=1&ACT=5&content=1749
Fátima Oliveira, Tambor de crioula é só emaoção, minha preta
ResponderExcluirUm post de amor à terrinha. Muito bonito
ResponderExcluirRITA RIBEIRO
ResponderExcluirA cantora e compositora Rita Ribeiro nasceu em 13/6/1966, em São Benedito do Rio Preto, MA. Aos 5 anos de idade, foi para a capital do estado, São Luís. Aos 15, começou se descobrir como cantora. Nos anos 80, atuou no grupo vocal Vira Canto e fez backing vocals para Chico Maranhão e Josias Sobrinho. Rita participou também do grupo folclórico Boi Barrica.
Mudou-se para São Paulo em 1989, onde passou a estudar canto com Ná Ozetti e Madalena Bernardes. Começou a despontar como grande revelação da música brasileira em 1996.
Em 1997, gravou o primeiro CD, intitulado "Rita Ribeiro", com produção de Mario Manga e Zeca Baleiro. O CD e o show Rita Ribeiro deram projeção nacional à cantora maranhense.
Ainda sob a batuta do maestro Mário Manga, lançou em 1999 o segundo CD, "Pérolas aos Povos", que recebeu excepcional acolhida de público e crítica. No mesmo ano, ao lado de Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Zeca Baleiro e Chico César, apresentou-se na noite brasileira do "Festival de Jazz de Montreux", na Suíça. Apresentou-se também no "Festival Brasil-Caracas", na Venezuela.
Em 2000, "Pérolas aos Povos" foi lançado nos Estados Unidos e no Canadá, pela gravadora Putumayo World Music, o que lhe rendeu uma turnê nas principais cidades americanas e canadenses, entre elas São Francisco, Los Angeles, Toronto e Montreal.
Por esse trabalho, em 2001, Rita Ribeiro a ser indicada ao Grammy Awards, na categoria de melhor álbum de pop latino. No mesmo ano, lançou "Comigo", álbum com produção de Marco Mazzola, co-produção dela e do parceiro Pedro Mangabeira.
A popularidade de Rita Ribeiro, sempre crescente, aumentou muito com o inovador "Tecnomacumba", lançado em 2006 pelo selo Manaxica Produções, com distribuição da gravadora Biscoito Fino.
Em 2008, Rita Ribeiro estrelou, ao lado de Jussara Silveira e Teresa Cristina, o show "Três Meninas do Brasil", com direção musical do maestro Jaime Alem.
Discografia:
Rita Ribeiro (1997)
Pérolas aos Povos (1999)
Comigo (2001)
Coleção Millenium (2003)
Uma Nova História (2003)
Deixo-Me Ir Atrás Do Fado (2004)
Tecnomacumba (2006)
Vip Collection (2008)
Três Meninas do Brasil (2008)
Tecnomacumba - A tempo e ao vivo (2009)
(Sub)Urbano Coração (Sem data prevista para lançamento)
http://pegacifras.uol.com.br/biografia/rita-ribeiro
É lindo. Fiquei babando de vontade de "pungar"
ResponderExcluirA partir de terça-feira, dia 1 de março, o governo promoverá uma campanha publicitária em homenagem às mulheres. Pouco depois da chegada da primeira mulher ao Palácio do Planalto, a mensagem destaca o poder feminino. "No Brasil de hoje, ela pode ser o que quiser", diz o slogan da propaganda. "Quando as mulheres transformam sua história, o Brasil inteiro se transforma com elas". A campanha será exibida em inserções de 30 segundos no rádio e na TV e também em jornais e revistas.
ResponderExcluirLindo, lindo, lindo
ResponderExcluirUm post bonito, só maravilha. Parabéns
ResponderExcluirNÃO ME CONFORMO DE NÃO CONHECER O MARANHÃO. ACHO QUE FICARIA DOIDONA COM ESSE TAMBOR DE CRIOLA. ACHO QUE EU SERIA O CÃO CHUPANDO MANGA NO MEIO DESSE POVO.
ResponderExcluirAINDA VOU VER TODOS OS VÍDEOS.
PARABÉNS, FÁTIMA. UMA GRANDE DEMONSTRAÇÃO DE AMOR AO BERÇO.
Ouvi dizer que Dilma Rousseff aceitou o convite da Branca pra dançar tambor de crioula no Carnaval de Saõ Luís rsrsrsrsrsrsr
ResponderExcluirUm cheiro em sua sensibilidade
ResponderExcluirO Maranhão agradece, penhoradamente
ResponderExcluirFátima, que post lindo! Um cheiro!
ResponderExcluirParabéns Fátima, achei o tambor de criola divino
ResponderExcluirO tambor de criola é uma das mais belas manifestações culturais africanas
ResponderExcluirParabéns pela beleza da seleção sobre Tambor de Criola
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirEstou trabalhando na publicação de um livro: "Santo Daime: A história do renascimento do Espírito Santo na ayahuasca"
E gostaríamos de usar essa foto de tambor de crioula na publicação.
Se puder mande-me um e-mail, para que possamos conversar a respeito
luanacarvalhovieira@gmail.com
Muito obrigada!