Ministro Ricardo Lewandowski, do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); o vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB) e a presidente eleita, Dilma Vana Rousseff (PT).
Íntegra do discurso da diplomação de Dilma Vana Rousseff
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/12/17/dilma-elogia-lula-promete-estabilidade-economica-923316384.asp |
Fiquei pra lá de emocionada, sobretudo por a presidenta destacou a sua condição de mulher. E foi delicadíssima com Lula ao dizer:
ResponderExcluir"Sei da responsabilidade de suceder a um governante da estatura do Presidente Lula, dos imensos desafios que o nosso futuro comporta. Mas, se pensarmos o que cada um de nós pode fazer pelo Brasil, vamos descobrir uma força infinita -- a força da união. União para avançar, para crescer". Dilma Vana Rousseff (17.12.2010, no Discurso da Cerimônia de Diplomação).
Gente, eu acho que Dona Lô, que avisou num post que viajaria dia 17 de dezembro, sem dizer para onde, foi à diplomação de Dilma. Vai ver que foi mesmo... Vai contar ou não Dona Lô?
ResponderExcluirDisse Dona Lô:
ResponderExcluir“Preciso fazer essa viagem. Estou me dando uma pausa. Preciso respirar um pouco da vida fora daqui após tantos festejos. Não posso achar que só há vida aqui. Quero viajar dia 17. Voltarei dia 27, dois dias antes de pegar a Belém-Brasília para assistir a posse de Dilma.”
Chegaram pra catar caju, mas Dilma já assava as castanhas...
Enfim, acho que Dona Lô foi à diplomação de Dilma, bem quietinha.
Fátima, que tal postar a íntegra do discurso da Dilma. Ainda não o encontrei na internet, só frases, mas gostei muito da seguinte:
ResponderExcluir"Recebo este diploma com alegria e disposição para empenhar todo o meu esforço, para honrar as mulheres, cuidar dos mais frágeis e governar para todos. Neste momento em que recebo o diploma mais alto da democracia, quero reparti-lo com cada brasileiro e cada brasileira, conto com todos e todas e todos podem contar comigo"
Eh, eh, eu também acho que Dona Lô foi assistir a diplomação de Dilma. Numa boa!
ResponderExcluirA peleja da mulher que enfrentou o diabo três vezes e virou presidenta
ResponderExcluirToni Couto
Eu vou contar pra vocês
Nesse cordel nordestino
Um causo danado de bom
Que mudou nosso destino
É a história de uma mulher mineira
Companheira, guerreira e guerrilheira
Que enfrentou o diabo três vezes
E se transformou na primeira:
A primeira mulher presidente
Da democracia brasileira
Todos sabem que o maldito
Aquele que vem lá de baixo
É chamado de sete-peles
E não é mesmo por acaso
Pois ele é especialista
Na arte da conquista
De enganar até o mais danado
A primeira vez que essa mulher
Se deparou com o desviado
Ele se dizia o justo
E que livraria o mundo
Da subversão e do pecado
Trazia um chicote na mão
Muito ódio no coração
E estava sempre fardado
Quem antes era o feitor
Também padre inquisitor
Dessa vez, era soldado
Com a missão de carrasco
E esse carrasco prendeu
Torturou, abusou e bateu
Mas a mulher não se abateu
Calada, tudo suportou
E depois do carrasco cansado
Gritou injuriado: "Mas que diabo!"
E enfim, a mulher libertou
Passaram-se muitos anos
Até que ela superou
Aquele momento terrível
Da vida, que ela passou
Agora, recuperada
Topara nova empreitada:
Ao lado do amigo companheiro
Mudar o Brasil inteiro
E melhorar a vida
De milhões de brasileiros
Mas, o cramulhão não se contenta
E eis que, de novo, ele atenta
Veio bufando, lá de baixo
Perseguir a pobre mulher
Só que dessa vez, em forma de doença
Com o câncer, ela, assustou
Mas, corajosa, não se abalou
E, como uma boa brasileira
Chamou médico e enfermeira
E comeu o pão que o diabo amassou
Eita mulher danada!
Não é que ela foi curada!
Mal saiu do hospital
Apeou a mula e disse: "Estou preparada"
E ao lado dos companheiros
Topou uma nova jornada
Ser a primeira mulé
Depois do tempo dos coroné
A comandar a peãozada
Mas, foi longa, a cavalgada
Que foi ainda prorrogada
E o sete-peles, na calada
Se preparava para a última cartada
Na pele de um homem educado
Bem vestido e mal acompanhado
O diabo se apresentara:
"Agora não tem pra ninguém!
Ela é que é do mal, eu sou do bem!"
No segundo tempo, do jogo
O povo, que não é bobo, nem nada
Não acreditou nessa palhaçada
E o golpe de misericórdia
Nessa alma mal lavada
Foi uma bolinha de papel
Que, ou veio direto do céu
Ou foi, por ele mesmo, amassada
"Cá, cá, cá, cá, cá!"
O povo deu foi risada!
Ele achava que era fácil
Enganar o brasileiro
Com esse monte de mentira deslavada
Na hora do pleito final
No embate entre o bem e o mal
Com ajuda do amigo companheiro
E a força do povo brasileiro
Agora não tem mais jeito
Nossa heroina venceu
E diabo inconformado
Teve que engolir calado
Pegou o elevador e desceu
E agora, essa mulher, a mineira
Guerrilheira, sim, companheira e guerreira
Depois de ter enfrentado
Por três vezes, o diabo
É a primeira brasileira
A comandar nosso estado!
E por esse sertão afora
Chegando no mundo inteiro
Ecoa um grito de glória
E um sentimento verdadeiro:
"Esta aí, presidenta, a vitória
Nossa parte, fizemos primeiro
Agora salve a nação nordestina
E viva o povo brasileiro!"
(01/11/2010)
POEMA PARA DILMA ROUSSEFF
ResponderExcluirPedro Tierra
De onde vem essa mulher
que bate à nossa porta 500 anos depois?
Reconheço esse rosto estampado
em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.
De onde vem essa mulher
que bate às portas do país dos patriarcas
em nome dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e fermentaram o pão.
De onde vem essa mulher
que apedrejam, mas não se detém,
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.
Por minha boca de clamores e silêncios
ecoe a voz da geração insubmissa
para contar sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão
De onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?
Não me falte agora a palavra que retive
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.
No continente de esporas de prata
e rebenque,
o sonho dissolve a treva espessa,
recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho,
afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro e tirania
e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.
As mãos do metalúrgico,
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.
Dilma se aparta da luz
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.
Só emoções profundas. Até chorei
ResponderExcluirOxe, claro que Dona Lô foi a diplomação de Dilma, ela num ia perder isso de jeito maneira. Dona Lõ, sua danadinha, tamo esperando sua vorta para contar tudo para nós, viu?
ResponderExcluirNunca imaginei que eu fosse ficar tão feliz com a eleição de Dilma. E Viva as mulheres brasileiras
ResponderExcluirA diplomação de Dilma nos diz: sim , ela é a presidenta do Brasil. Pura emoção
ResponderExcluirConcordo com Sanbahia: "Oxe, claro que Dona Lô foi a diplomação de Dilma, ela num ia perder isso de jeito maneira. Dona Lô, sua danadinha, tamo esperando sua vorta para contar tudo para nós, viu?".
ResponderExcluirEu acho mesmo que ela foi para a diplomação de Dilma!
20/12/2010 - 02h12
ResponderExcluirDilma deve alavancar candidatura feminina
Por Redação PNUD Brasil
Para analista da SPM, ascenção de mulher ao poder é importante para reforçar capacidade feminina em ocupar espaços com poder de decisão.
A eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República deve aumentar o número de candidaturas femininas nos próximos pleitos. É o que afirma José Roberto Frutuoso, analista da área de saúde e poder da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). “Há uma relevância simbólica, pois as mulheres podem se ver com a possibilidade de ocupar postos que historicamente estavam limitados à presença masculina”, avalia.
A presidente eleita recebeu na tarde desta sexta-feira (17) o diploma que a habilita a exercer o Executivo do país pelos próximos quatro anos. Em seu discurso, afirmou que a ascensão de uma mulher ao poder demonstra uma crescente maturidade da nossa democracia.
"Esse fato rompe com os preconceitos, desafia os limites e enche de esperança um povo sofrido e de orgulho as mulheres brasileiras”, disse Dilma. "Recebo esse diploma com alegria e disposição para empenhar todo o meu esforço, para honrar as mulheres, cuidar dos mais frágeis e governar para todos", completou.
(...)
Apesar da eleição de Dilma, a aprovação da minirreforma eleitoral em 2009, que criou mecanismos de incentivo à participação política das mulheres, não foi capaz de alterar significativamente a proporção feminina no poder.
(...)
“O resultado das eleições demonstra que as medidas não foram bem cumpridas pelos partidos. Poucas legendas, por exemplo, conseguiram garantir ao menos 30% de candidaturas femininas. E, como resultado, a gente tem que na Câmara o número de mulheres permaneceu o mesmo, e no Senado melhorou muito pouco. Já nos estados, a quantidade de governadoras caiu para apenas duas”, revela.
Site e ministérios
Para tentar melhorar esse panorama, o Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher promoveu a criação do site Mais Mulheres no Poder, em 2008. Um dos objetivos da página é promover a campanha "Mais Mulheres no Poder: Eu assumo esse compromisso".
A iniciativa é apoiada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) e pelo PNUD, que encabeça o "Projeto de Promoção da Participação Igualitária, Plural e Multirracial das Mulheres nos Espaços de Decisão".
Um dos setores de poder que devem ver um incremento na participação das mulheres na política são os ministérios. A expectativa é que as nomeações de Dilma contem com a maior proporção de mulheres da história, superado o primeiro mandato de Lula, quando as elas ocuparam cinco pastas: Benedita da Silva (Secretaria Especial da Assistência e Promoção Social), Dilma Rousseff (Ministério de Minas e Energia; Casa Civil), Emília Fernandes; Nilcéa Freire (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres), Marina Silva (Ministério do Meio Ambiente) e Matilde Ribeiro (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial).
“Ainda está tudo na base da especulação. Mas esperamos que aquelas que venham a ocupar as pastas que sempre foram destinadas aos homens tenham maior sensibilidade para a formulação e aplicação de políticas públicas que atinjam as mulheres mais diretamente”, diz Frutuoso.
(Envolverde/PNUD Brasil)
Apenas para parabenizá-la pelo blogue: é literatura política das boas
ResponderExcluirFiquei muito feliz!
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