Fátima
Oliveira
Médica
– fatima.oliveira1953@gmail.com @oliveirafatima_
As duas versões do Escola sem Partido, movimento e
projetos de lei, são de caráter não republicano e antidemocrático! O rótulo
“escola sem partido” engloba duas coisas, a saber: um movimento idealizado, em
2003, pelo procurador do Estado de São Paulo, Miguel Nagib, católico; e, a
partir de 2014, projetos de lei baseados nas ideias de Nagib que adquiriram
visibilidade e fôlego sob o patrocínio da família Bolsonaro (PSC-RJ): o
deputado estadual Flávio Bolsonaro apresentou, na Assembleia do Estado do Rio
de Janeiro, um projeto de lei; e o vereador Carlos Bolsonaro, um similar na
Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

Escritos por Miguel Nagib viraram “modelos” para
parlamentares ultraconservadores nas esferas municipal, estadual, federal. No
Senado, o Projeto de Lei 193/2016, do senador Magno Malta (PR-ES), cantor
gospel e pastor evangélico, visa alterar a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), de 1996, para incluir o programa Escola sem Partido,
extinguindo a liberdade de cátedra e a pluralidade de ideias! Há PLs de igual
teor tramitando em Legislativos municipais e estaduais – e muitos já aprovados!
Como se não fosse o bastante, a
reforma do ensino médio do governo Temer (MP 746/2016) propôs extinguir
disciplinas como filosofia e sociologia para enquadrar e amordaçar a
possibilidade de pensamento crítico, personificando a subtração da República! E
a PEC 55, ao inviabilizar o Plano Nacional de Educação, é a concretização do
roubo do futuro! Resistiremos. Todo apoio às ocupações estudantis contra o
futuro roubado!
FONTE:
OTEMPO
Você poderá gostar de ler:
‘O Futuro Roubado’ é um livro científico que dói na cidadania, Por Fátima Oliveira (10.05.2016)
É dever democrático: banir a perspectiva de um futuro roubado, Por Fátima Oliveira (17.05.2016)
(DUKE) A cruzada do papa Francisco de satanização da teoria de gênero, Por Fátima Oliveira (25.10.2016)
É dever democrático: banir a perspectiva de um futuro roubado, Por Fátima Oliveira (17.05.2016)
Ótimo texto.
ResponderExcluirEscolas podem debater violência de gênero e sexualidade:
http://saudepublicada.sul21.com.br/2016/10/27/escolas-podem-debater-violencia-de-genero-e-sexualidade/