(Estas alunas da escola de Chibok conseguiram fugir de seus
agressores)
Um caso
similar já ocorreu no Brasil em 1901, no Maranhão
Fátima Oliveira
Médica - fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_
No dia 14 de abril, o mundo deveria ter se abalado com o sequestro de entre 230 e 270 garotas estudantes de um internato feminino na cidade de Chibok, no Estado de Borno, na Nigéria, pelo grupo islâmico Boko Haram – que em língua hausa significa “a educação ocidental é proibida” –, cujo líder, Abubakar Shekau, assumiu o rapto: “A educação ocidental deve parar. Vocês, meninas, devem deixar a escola e se casar”, e, por Alá, ameaçou vendê-las! Cerca de 50 das raptadas conseguiram escapar e relataram que “cada menina estava sofrendo 15 estupros por dia, e estariam sendo vendidas para casamento por US$ 12 cada uma”.
A indignação mundial, após quase um mês, é débil contra mais um crime abominável do patriarcado – sem falar que são garotas africanas negras –, mas está tomando vulto, inclusive com a participação de Michelle Obama, que disse: “O que aconteceu na Nigéria não foi um incidente isolado. É algo que vemos todos os dias, uma vez que meninas de todo o mundo arriscam suas vidas para perseguir suas ambições”. Ela também tuitou uma foto de si mesma na Casa Branca segurando um cartaz com a hashtag #BringBackOurGirls (Traga as nossas meninas de volta).
[Parentes de jovens sequestradas organizam protesto para pressionar governo (foto: EPA)]
Jauarauhu
levou
Perpetinha...
Tiveram
filhos. Anos
depois,
um
seringueiro
quis trazê-la
para a
companhia dos
pais.
Ela não quis.

Conforme o jornalista Antonio Carlos Gomes Lima, em “O Massacre de Alto Alegre”: “Dos dramas pessoais, o da adolescente Maria Perpétua dos Reis Moreira, a Perpetinha, é o mais presente na memória e no imaginário das populações de Barra do Corda e de Grajaú. Ela e duas outras meninas internas do convento das freiras em Alto Alegre, filhas de comerciantes de Barra do Corda e de Grajaú – Úrsula e Isabel, que foram resgatadas – foram poupadas da morte e conduzidas pelos guajajaras em fuga... Jauarauhu levou Perpetinha... Tiveram filhos. Anos depois, um seringueiro reconheceu-a naquela região e quis trazê-la para a companhia dos pais. Ela não quis. Muitos dizem que, após aqueles acontecimentos, encontravam, entalhada em árvores de casca grossa, na floresta, a seguinte inscrição: ‘Por aqui passou a infeliz Perpetinha’”.
É uma história que ouvi muito contada por mamãe, que faleceu no dia 09 de maio.
É uma história que ouvi muito contada por mamãe, que faleceu no dia 09 de maio.
PUBLICADO EM 13.05.14
Estudantes sequestradas aparecem vestidas com trajes típicos islâmicos,
cobrindo todo o corpo (Vídeo)
(DUKE)
FONTE: OTEMPO
Um excelente artigo e bem colcoado o caso da Infeliz Perpetinha
ResponderExcluirUma grandioso artigo, ainda mais relembrando o Massacre de Alto Alegre
ResponderExcluirUm artigo de fôlego. E diz o principal: o mundo não se importou porque as garotas eram negras africanas! O paralelo com as garotas do massacre de Barra do Corda foi muito bom.
ResponderExcluirRecomendo um bom artigo sobr eo assunto:
A Transição Republicana e a Rebelião do Alto Alegre
http://merciogomes.blogspot.com.br/2008/06/o-ndio-na-histria-cap7-transio.html
CAIURÉ IMANA, O TUXAUA INDOMÁVEL, um épico só superado por Canudos
ResponderExcluir1a. parte http://evaldoab.wordpress.com/2010/05/28/caiure-imana-o-tuxaua-indomavel-um-epico-so-superado-por-canudos/
2a. parte http://evaldoab.wordpress.com/2010/06/08/caiure-imana-o-
tuxaua-indomavel/
Resumo do livro CAIURÉ IMANA, O CACIQUE REBELDE, do historiador OLÍMPIO CRUZ.
O mundo não se importou porque eram jovens negras africanas, logo não as valoriza. Se fosse em qquer país de qquer continente que não o africano, estaria ocupando a mídia 24 horas. É verdade.
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