





Fátima Oliveira
Estela completa anos dia 28 de maio. Anualmente a sua madrinha, Dona Lô, realiza o que Mãe Zefinha já apelidou de o “Banquete de Estela”. Ela não deixa de ter razão, pois é mesmo um freje dos diachos. Só vendo! Como todo mundo sabe, ali é um licute danado! Madrinha e afilhada são “unha e carne”...
Espiem pra entender a coisa! Dona Lô, juntamente com Maria Helena e Gracinha, foram de mala e cuia pra cidade, como é o costume anual, para dar um “adjutório”, no dizer de Mãe Zefinha, nos preparativos do Banquete de Estela. Coisa fidalga mesmo. Só vendo pra crer! Sem falar nas coisas que trazem prontas da fazenda. Há de um tudo, principalmente vários tipos de doces e de picles. Mas também leitoas, galinhas d’angola, galinhas caipiras e perus, já tratados. É só descongelar e preparar os pratos. Mas Dona Lô insiste em dizer que é coisa simples.
“Aniversário de Estela sempre foi uma coisa das mais simples. Simplesinha, mesmo! Mas muito caprichada. Só pra família dela e a de Pedro; e algumas amizades mais chegadas. Estela sempre foi assim: meia brocochô. Não gosta de aparecer".
E sempre arremata: “Ela foi uma criança tímida; que piorou muito depois de ter perdido o pai e a mãe, num acidente de carro no mesmo dia. Quando então, ficou por conta de Donana”. Sim, a mãe de Dona Lô, que criou Estela como uma princesa.
As festas de aniversário de Estela não juntam mais que vinte a trinta pessoas. São festas, por assim dizer, íntimas. Ela só tem uma exigência: só comemora aniversário na casa da Dindinha, a da cidade. Pucardiquê? Conforme ela mesma: “É uma casa maior que a minha e com mais espaços para receber as pessoas confortavelmente. Sem falar que as louças de Dindinha são uma coisa de bonitas. Dá prazer comer naquelas porcelenas!” É a simples, não?
De modo que, no mês de abril pra começo de maio, Dona Lô manda dar uma “geral” na casa, desde pintura nova; e, algumas vezes, uma troca de móveis. Nada mais!
E uma semana antes do aniversário ela chega com a sua troupe para comandar o Banquete de Estela.
No fundo, no fundo, pra Dona Lô é uma mudança de ares. Há um ritual naquilo tudo. É uma semana de envolvimento com os preparativos do banquete; um dia antes, no finzinho da tarde ela vai ao salão de beleza; e no dia do aniversário, umas duas horas antes de servir o banquete, chega à sua casa um cabelereiro e um maquiador. É o único dia em que Dona Lô fica nos trinques como nunca se vê em outros dias!
Outro ritual, era que Cesinha não variava. Todo ano pergunta pucardiquê chamam de banquete o almoço do aniversário de Estela. Dona Lô olhou de rabo de olho pra ele e sem a menor paciência, acunhou: “Ô menino que faz pergunta besta, meu Deus do céu! E piora. Quanto mais cresce, mais besta fica. Já te disse Cesinha que banquete é o nome que se dá por aqui a uma refeição festiva e grande para muitas pessoas, onde são servidas variedades de carnes e de saladas. Nunca é um banquete uma refeição que serve apenas um tipo de carne. Um banquete é sempre uma refeição de degustação de carnes, saladas, doces, etc.!”.
– ...
– Não é assim um almoço ou um jantar comum, tá entendendo? Você já está grande. É um rapaz. Até namorada já tem e ainda não aprendeu o que é banquete? E banqueteira, você sabe o que é? É a cozinheira que sabe fazer banquetes. Ou seja, especializada em fazer os regabofes de festas. Sim, comidas de festas! Não basta ser cozinheira de forno e fogão, tem de saber preparar um banquete, assim que nem Gracinha, sua mãe”.
A semana de Estela, como Dona Lô costuma chamar esses dias de preparativos para o aniversário da afilhada, é das mais agradáveis. Todas as noites Estela, Pedro e a filharada jantam com Dona Lô, ocasião em que ela também aproveita para convidar alguma amiga, ou casal, para comes e bebes com estilo. Em geral ela oferece dois jantares para suas amizades: um na terça e outro na quinta, religiosamente. São os jantares de Dona Lô. Coisas também quase íntimas, não mais que dez convidados em cada noite.
São tão famosos que saem na coluna social de Albertina Bandeira Brito de Moraes, sua amiga de juventude, que costuma dizer: “Quando Lô chega aqui, movimenta a minha coluna. E é um alívio porque passo uma semana sem ter de quebrar a cabeça com o que publicar. Cada passo de Lô é um flash! E ela recebe como nos velhos tempos. Tenho, no mínimo, dois jantares dos finos para falar em minha coluna e ainda o Banquete de Estela!”
Evidente que Dona Lô nunca foi chegada a ser colunável, mas dizia: “O que fazer se Albertina, minha amiga desde criança, ganha a vida nesse negócio de coluna social? Não posso me recusar de ajudar a uma amiga. Sem falar que, por mais fútil que possa ser o colunismo social, ele registra como as pessoas que aparecem na coluna social vivem numa determinada época. Não deixa de ser um jornalismo de memórias”.
E Pedro, em seu melhor espírito de porco aguçado, aproveitou e disse: “As pessoas colunáveis, consideradas montadas na bufunfa, assim que nem a senhora, né Dona Lô?! A onça lá da Matinha vira madame uma semana por ano”... E saiu de perto dela gargalhando...
– Ai, como Pedro é de uma mesmice que dá dó! Todo ano ele fala isso, desde que entrou pra nossa família! Mamãe dizia que ele era assim com ela. Depois o grude passou pra mim. Oxê! Se aquiete que você é herdeiro, viu? Nunca esqueça que herdeiro tem de respeitar quem lega herança!
Bacalhoada à moda do Porto
Cuscuz marroquino
Os jantares que Dona Lô ofereceu foram momentos de muita descontração. O da terça-feira, foi “Bacalhoada à moda do Porto”; e o da quinta-feira, “Cuscuz marroquino com pernil de bode marinado ao vinho branco”, devidamente acompanhado de “Espinhaço de bode ao leite de coco”. Sucessos garantidos, como saiu na coluna social: “Só Dona Lô, com todo o seu sofisticado jeito de ser, no qual a simplicidade é a grande marca, consegue misturar com maestria a culinária de outros países com a culinária sertaneja das mais legítimas e fazer pratos que parecem o maná dos deuses”.
Depois que as visitas de maior cerimônia batiam em retirada, Pedro não deixava de tocar no momento político. E dizia: “Só umas estocadinhas para não perder o costume”... Eram dias difíceis, ambos reconheciam. Havia o fogo amigo e o inimigo queimando na Casa Civil.
Dona Lô disse a Pedro que se recusava a comentar o imbróglio da Casa Civil porque, infelizmente estava acontecendo o que o seu sexto sentido “deu na batida”. Ela sentiu um frio na barriga quando teve a certeza quem seria ministro da Casa Civil de Dilma. Pensou com seus botões: “Pra quê, minha gente? O moço tem telhado de vidro. Com razão ou sem razão, eu não entro no mérito, mas é um telhado de vidro. Até uma bolinha de gude trinca aquilo ali. A oposição vai cavar até achar um jeito de detoná-lo. E não adianta dizerem que ele tem o apoio das elites. A natureza de escorpião delas fala mais alto”.
– Lembra Pedro quando eu falei dos meus temores? Não faço juízo de valor de nada do que estão especulando e boatando. Logo, não acuso e nem defendo. Fico na moita, bispando... Há fumaça, se há fogo eu ainda não vi! Tô querendo ver. Então, é esperar, pois “Apressado come cru”...
–...
– Eu, antes de qualquer coisa, dessa solução – sim é solução e não problema – de enriquecer num repente, que eu acho que ele deve ter como explicar, que não pode ser mané ao ponto de aparecer rico assim de repente e não ter como explicar... Quem tem projeto pessoal de ficar rico sabe que tem de estar em dia com a Receita Federal. E sei que ele sabe disso muito bem. Não é bobo e nem nasceu ontem! Se fosse bobo não seria consultor de riquezas. Não é por aí que vão derrubar o homem. Tem gente que pensa que é. Mas é um engano. Sejamos realistas...
– ...
– Como eu queria dizer, tenho problemas de ordem moral com tudo o que se relaciona com a dupla moral sexual. De maneira que, segundo o meu entender, era um ministro na corda bamba desde o primeiro dia. Era o que eu achava. De modo que eu esperava que algo acontecesse com ele.
– E aconteceu! E está difícil de deslindar. Da toada que vai, Dilma não vai poder segurá-lo por muito tempo. Mas qual é o seu problema de ordem moral com ele Dona Lô?
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Mansão no Lago Sul: diversão e lobby da República de Ribeirão |
Estela resolveu entrar na conversa: “Oxê, Pedro! Já está esquecido da República de Ribeirão? Era uma casa de múltiplas finalidades, mas a principal era oferecer diversão sexual, confirmando o ditado popular que “O poder é afrodisíaco”. Lembra que o caseiro bateu com língua nos dentes e disse que as camas da mansão eram ma-ra-vi-lho-sas, mas que a do chefe era mais? Teria travesseiros e edredons de penas de ganso? Lençóis do mais puro algodão egípcio? O que qualquer pessoa de maior faz na cama com outra pessoa de maior e com o consentimento dela, não deveria ser da conta de ninguém, desde que pague a sua diversão com dinheiro do próprio bolso. Pero, há dúvidas...”.
–...
Após um breve silêncio, Dona Lô retrucou: “Aquilo pra mim foi o fim da picada, embora Jeany Mary Corner, a que organizava a vida sexual do chatô, arregimentando mulheres, tenha silenciado e assim protegeu a todos. A que preço não sabe até hoje. E, claro que quem praticou o ilícito civil da infidelidade teve de se explicar em casa. Foi a única punição! Mas para mim o que pega é a dupla moral sexual dessa gente. Invade meus princípios. Deixe de ter memória curta, meu nego! Não é atoice que você é PMDB doente. Tá se vendo que DNA de PMDB é coisa terrível. Só lembra do que quer e acha conveniente, a depender da hora. Principalmente se sabe que PMDB é pra profissionais, mas deixe pra lá. Tá ouvindo Estela?”
A empresária Mary Corner: não seremos "os primeiros nem os últimos do mundo a extorquir"
– Ilícito civil da infidelidade Dona Lô? Deixe de conversa senhora... Onde já se viu taxar a infidelidade conjugal de ilícito civil? Não exagere, pelo amor de Deus!
– E o que é a infidelidade conjugal Pedro, a não ser um ilícito civil?
– Hemhem Dindinha. Oxê Pedro, não se faça de besta!
E assim o tempo passou até o grande dia do Baquete de Estela, acontecido num sábado, com todo mundo alvoroçado querendo ler a matéria da revista Época! É que a revista só chega às bancas por aqui na segunda-feira, mas já estava na internet desde o sábado pela manhã. Mas Pedro, tinhoso que só, como é assinante da revista, copiou a matéria toda da internet. E distribuiu algumas cópias antes do banquete, claro que sem Dona Lô tomar ciência. Decerto pra ter assunto...
No alpendre, enquanto o café estava sendo servido, e só se falava das excelências dos pratos e dos doces, um cardápio pra exigente nenhum botar defeito, cada um mais gostoso que o outro, ao som da gritaria da meninada que brincava no jardim, Pedro não se conteve: “E aí Dona Lô, qual a sua opinião?”
– Safadeza, meu filho. Pura safadeza. E das grandes. E imperdoável! Essa gente faz as vezes de aves agourentas, para amedrontar o povo. Querem fazer o povo ficar com medo de Dilma morrer logo. Querem bagunçar o país. Paralisar o governo. Tem razão aquele menino... o Brizola Neto, que saiu ao avô, iscritim mesmo, no Tijolaço! Ele mandou bem duas vezes! Só isso. Eita inveja da muzenga! São uns doentes! Como perderam a eleição, não se conformam que o governo dela está indo bem e que cada dia granjeia mais apoio popular.
– ...
– As pesquisas estão aí e ela estava bem na fita. Não se engane, isso tem dedo de profissionais... Fizeram uma mistureira danada de votação do Código Florestal, com Kit Gay, Palocci e o escambau! Uma chantagem atrás da outra. Claro que nesse inferno todo Dilma acabou escorregando e vetando o Kit Gay, pressionada por mentiras e chantagens! Viu como Garotinho está saltitante? “Quem não te conhece é quem te compra, mestre!" Se engana quem pensa que o Governo Dilma não está em disputa de toda ordem, inclusive no campo da moral e da religião. Ou entendemos isso ou vamos pastar atéééééé...
–...
– Respeito todas as religiões, mas odeio evangélico metido a santo e atolado na safadeza. Como odeio católico, espirita, candomblecista e qualquer outra gente que usa a religião pra dar vazão a coisas incompatíveis com Deus. Mas de evangélico que quer ser a espada do mundo, eu tenho asco! Por exemplo, perseguição; e querer que todo mundo pense como eles... Pode não parecer, mas o objetivo dessa crise de agora, com matéria de revista e tudo no mesmo saco, é criar um clima de confusão o suficiente para encrencar Dilma com vários setores do movimento social. Sim, pra ela perder a confiança desses setores. Um governo sem apoio dos movimentos sociais, tá no sal, pois fica sem quem dê uma penada por ele! E estão conseguindo. Na maior.
– E como se não bastasse, o que o hospital dirá?
– O hospital, como todo mundo sabe, por lei, tem o dever de guardar, proteger e manter inviolável o prontuário médico de sua clientela. Não só da presidenta da República! Está no Código de Ética Médica, sem falar que, como disse aindagorinha o nosso amigo Dr. Edmundo: há a RESOLUÇÃO CFM Nº1.639/2002, que contém "Normas Técnicas para o Uso de Sistemas Informatizados para a Guarda e Manuseio do Prontuário Médico" e dispõe sobre tempo de guarda dos prontuários, estabelece critérios para certificação dos sistemas de informação e dá outras providências. Não é isso mesmo doutor?
– A memória de Dona Lô é fotográfica, sem entrar no mérito de sua inteligência que é um espanto!
– Nada disso doutor! Apenas presto bem atenção no que me interessa... O fato é, minha gente, que “Quem não pode com o pote não pega na rodilha”. Se o prontuário médico da presidenta da República caiu na rua, de quem é a culpa? Elementar... Primeiramente, entra no cacete o guardião. Depois é apurar as demais responsabilidades de outros agentes do crime cometido. É esperar pra ver que rumo isso vai tomar. Vai depender de que medidas a presidenta tomará. Agora é tocar o Brasil Sem Miséria. E é urgente!
Casa de Dona Lô, 2 de junho de 2011
Cardápio do Banquete de Estela 2011:
- Salada russa
- Salada de flores com ervas e mostarda dijon sem semente
- Salada verde com vinagrete
- Galinha ao molho pardo
- Peru marinado recheado com farofa
- Lagarto recheado
- Carne judia
- Leitoa ao forno
- Arroz branco
- Risoto de Galinha d’angola
- Arroz de forno tradicional
Doce de mamão verde, compota de goiaba, aletria e pudim. E o bolo de chocolate, que é o mais pareciado por Estela, confeitado!
Salada de flores com ervas e mostarda dijon sem semente
Ingredientes:
1 pé de alface verde
1 pé de alface roxa
2 colheres (sopa) de salsinha e cebolinha
1 xícara (chá) de pétalas de flores comestíveis
Para o molho:
1/2 xícara (chá) de suco de laranja
1/4 xícara (chá) de azeite
2 colheres de sopa de mostarda dijon sem semente
Raspas de laranja
Modo de fazer:
Misturar os ingredientes do molho e deixar descansar durante 15 minutos na geladeira
Disponha as verduras e flores de modo harmonioso
Antes de acrescentar o molho à salada, mexer bem.
Peru marinado recheado com farofa
(Para seis pessoas)
Ingredientes:
1 peru grande
500g de farinha de milho
100g de damasco seco picado
100g de uvas passas escuras
200g de bacon picado
1/2 maço de salsinha picada
1 cebola média picada
2 dentes de alho picados
100g de azeitonas verdes sem caroço picadas
3 garrafas de vinho branco seco
2 cenouras cortadas em rodelas
1 cebola cortada em pétalas
2 talos de salsão fatiados
1 talo de alho-poró fatiados
1 colher de sopa de pimenta-do-reino preta em grãos
100g de manteiga
Modo de fazer:
1. Coloque o peru para marinar no vinho com cebola em pétalas, alho-poró, cenoura, salsão e pimenta por 24 horas.
2. Faça a farofa, fritando primeiro o bacon e, na sequência, a cebola, o alho picado e a farinha. Retire do fogo e adicione o damasco, as passas, a azeitona, a salsinha e misture bem. Tempere com sal e pimenta-do-reino moída.
3. Preaqueça o forno a 250ºC, retire o peru da marinada, enxugando-o com papel toalha, recheie-o com a farofa, reservando um pouco de farofa para decoração. Passe a manteiga no peru, forre o fundo da assadeira com os legumes da marinada e acondicione o peru sobre eles.
4. Cubra a assadeira com o papel-alumínio e leve ao forno por aproximadamente duas horas. Retire o papel-alumínio, e deixe-o no forno até que doure. Retire do forno, coloque-o em uma travessa e decore com o restante da farofa, batatas e o que mais desejar para dar uma apresentação bonita ao prato.
A presidenta Dilma Rousseff participa, neste momento, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), da cerimônia de lançamento do Plano de Superação da Extrema Pobreza – Brasil sem Miséria. Com o envolvimento direto de oito ministérios, o projeto é uma das bandeiras da presidenta Dilma que tem por foco retirar cerca de 16,2 milhões de brasileiro da extrema pobreza.
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, que foi recebido mais cedo pela presidenta Dilma, também acompanha a cerimônia. Foram convidadas cerca de 900 pessoas.
Com base em pesquisa do Ibge, o governo concluiu o universo de cidadãos com renda mensal de até R$ 70, público alvo do plano. Após a cerimônia, está prevista entrevista coletiva da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,Tereza Campello. Acompanhe pelo Blog do Planalto ao vivo a cerimônia que é transmitida pela TV NBR.
A partir deste instante, os internautas podem acompanhar também as informações do Plano no site do BrasilSemMiséria. (Quinta-feira, 2 de junho de 2011 às 9:32).
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