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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Hercília Levy, uma trajetória feminista de múltiplas faces


 (Hercília Levy, em sua casa, com mulheres do Grupo Boas Mãos)


DONA DE MUITAS FACES: ARTISTA PLÁSTICA, DIRETORA DE TEATRO...
Fátima Oliveira
Médica – fatimaoliveira@ig.com.br

Art. 1º - Fica decretado/ que a partir de agora/vale a utopia/Valem sonhos./ Dos possíveis e os impossíveis./ E que eles se façam verdade/e se desdobrem em luz/ no escuro de nossas incertezas" ("Estatutos da Mulher", de Jovita Levy, presidenta do Conselho Estadual da Mulher de Minas Gerais, encenado sob a direção de Hercília Levy).


  (Jovita Levy e Dr. Ivo, do Hospital Sofia Feldman; ao fundo um painel com Estatutos da Mulher)


Acima de tudo, feminista é o que foi Hercília Levy, 79, amiga que enfrentou bravamente um câncer desde 2007e faleceu em 19 de novembro. Dona de muitas faces - artista plástica, diretora de teatro, atriz, inventora de manifestações artísticas - das artes plásticas, com aproveitamento de retalhos no artesanato utilitário, telas de "patchwork" caipira, à criação de companhias teatrais, como o Grupo Vênus e o TIM (Teatro Itinerante da Mulher). "Meu trabalho tem elementos de uma conexão de linguagens", declarou.




    De formação professora, pianista, cursou direção de cinema; em 1981, fundou, em Uberaba, o Centro de Integração da Mulher; em Belo Horizonte, presidiu o MPM (Movimento Popular da Mulher) por três gestões (1996-2009); e é mãe de uma prole de seis: Alexei, Marcel, Israel, Otto Alexandre, Igor e Daniela.

  (Daniela com o pai Olto Mariano)

Sobre a filharada, com a palavra Olto Mariano: "Eu tinha dois filhos do meu primeiro casamento que ficaram comigo: Alexei, de 8 anos, e Marcel, de 6 anos. Quando trabalhei certo tempo em Belo Horizonte, mantinha-os em internato, pois meu trabalho exigia que eu viajasse muito. Ao me casar, eles se juntaram a nós (...). Eles quebraram duas TVs, quatro camas e muitas outras coisas. Hercília nunca me disse nada. Eu não tomava conhecimento. Um dia Marcel pegou uma bijuteria caríssima e disse que ia quebrála. Ela simplesmente disse: ‘Pode quebrar’. Ele desistiu... Hoje, eles telefonam para casa e perguntam: ‘Manhê está em casa?’. E falam com ela por horas. Comigo, não. Eu reclamo, protesto..." ("Hercília Levy - Exemplo de Mulher", Olto Mariano, 2012).

(Bebela, Hercília Levy e Tânia Diniz)

Sob a batuta de Hercília, mulheres analfabetas viraram atrizes exuberantes em "Morte e Vida Severina", de João Cabralde Mello Neto, "Gota d’'Água", de Chico Buarque e Paulo Pontes, e "A Casa de Bernarda Alba", de Federico García Lorca, como algumas das prostitutas pioneiras do Grupo Vênus - ideia materializada por ela e por Beth Seixas, do Musa (Mulher e Saúde) e da Pastoral da Mulher Marginalizada.

Disse: "Se ao artista é dada a possibilidade de influenciar e interferir para mudanças, ele não pode ser individualista. Tem que pensar, também, no crescimento coletivo".

(Hercília Levy e Grupo Vênus)

Parecia silenciosa, um ar quase zen, mas era contundentemente direta: "Tem muita coisa que deve ser dita, tem muita coisa que deve vir à tona e não vem. Eu gostaria que minha arte fosse um pouco a expressão dessas pessoas que não têm voz. A arte pode abrir mundos; pode, no mínimo, dar prazer. Todos têm um potencial e devem explorá-lo; o que não quer dizer que todos serão artistas. Um trabalho feminista? É... feminista também. Mas a minha pintura é uma soma de expressões" ("Hercília Levy - Exemplo de Mulher", Olto Mariano, 2012).
Sobre o papel da arte e do artista, disse: "Nem só de pão vive o homem. Se ao artista é dada a possibilidade de influenciar e interferir para mudanças, ele não pode ser individualista. Tem que pensar, também, no crescimento coletivo" ("Hercília Levy - Exemplo de Mulher", Olto Mariano, 2012).
Tenho uma pintura soberbamente bela de Hercília Levy: um menino negro, de expressivos olhos de jabuticaba, uma imagem tão viva que, um policial que recentemente foi à minha casa atender a um chamado, pois havia um estranho em meu quintal-jardim no começo da noite, falou: "Tomei o maior susto com aquela pintura, pois na penumbra tive a impressão que era uma pessoa! Parecia viva".


  Publicado no Jornal OTEMPO em 27.11.2012

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Um sabão que diz que branqueia a pele só enaltece o racismo


(1909, na revista O Malho)


POR QUE O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA TEM RAZÃO DE EXISTIR
Fátima Oliveira
Médica – fatimaoliveira@ig.com.br



 

Na tarde do feriado do dia 15, fui bater pernas num shopping, coisa não habitual, pois gosto de comprar em lojas de rua! Todavia, foi uma das coisas prazerosas que fiz ultimamente. Dei de cara com duas lojas puro encanto. Tem razão quem diz que, mesmo para quem não é de natureza consumista - o meu caso; sou de poucos desejos -, olhar vitrines tem valor terapêutico.


Pueblo de la Provenza con campo de lavandaloccitane_gift_003_0001-zoomprod.png Ilustração_Nádya Moya


Nada comprei, mas desejei quase tudo na L'’Occitane. Estar ali é passear pela Provença e seus cheiros. Embora aconchegante, o ambiente é minúsculo e falta um banquinho para a gente sentar e se envolver nas fragrâncias provençais... Na Granado, fundada em 1870 pelo português José Antônio Coxito Granado, foi uma imersão no passado. Diante do Polvilho Antisséptico Granado, criado em 1903, vi vovó passando-o em meus pés de criança antes de dormir à noite - coisa obrigatória para não ter chulé! Saí cheia de latinhas, uma colônia e dois sabonetes de alfazema, meu cheiro de adolescência antes de ser viciada em Promessa, da Myrurgia, e Fleur de Rocaille, da Caron.


 

 
 

Não perguntem como chegava ao sertão do Maranhão um legítimo perfume francês... É o mesmo que indagar como Lampião fazia bailes perfumados com a sua fragrância francesa predileta, Fleurs d'Amour, da Maison Roger & Gallet.
À noite, em casa, olhando os mimos da Granado, bateu saudade apertada e até senti o cheiro do Sabão Aristolino, que, bem antes da existência e da popularização do xampu, era a única coisa líquida espumante para banhos e para lavar cabelos. No internato do Colégio Colinense, cada menina possuía o seu Aristolino, até para escovar os dentes e como medida número um de higiene "naqueles dias"; e até quem não gostava do cheiro usava-o, obrigatoriamente, durante a menstruação!





O Sabão Aristolino foi criado pelo médico de Paquetá dr. Aristão Gonçalves Neves (1891-1934), que também era "prático de farmácia", ofício que exerceu, desde quase menino, até a formatura em medicina. Continuou a manipular os remédios que receitava. Ficou famoso graças a duas fórmulas de sua lavra: o Xarope Broncholino e o Sabão Aristolino.
Saudosa, passeei com o Google e encontrei vários reclames (publicidade no rádio) e anúncios em revistas desde o começo do século XX. O Sabão Aristolino era pau para toda obra: "Para aformosear a pele, para o banho das crianças e para a barba, use sempre Sabão Aristolino".


aristolino


“Para aformosear a pele, para o banho das crianças e para a barba use sempre Sabão Aristolino”.
20 de janeiro de 1924 - Confira o anúncio original no Acervo Estadão AQUI.


Uma de 1918: "Não estraga a pelle e o cabello. O melhor para manchas, sardas, espinhas, rugosidades, cravos, vermelhidões, comichões, frieiras, caspa, queda do cabello, erysipelas, darthros, queimaduras. O preferido, o mais perfumado, antisséptico, antiparasitário".
"Sabão Aristolino: o tipo ideal para a senhora ou a senhorita não é o loiro ou o moreno, é o cavalheiro de bom gosto que possui cabelos sedosos e brilhantes, pele fresca e acetinada.
Assegura para si o tipo ideal, entregando ao Sabão Aristolino a tarefa de embelezar sua pele e os seus cabelos. Sabão líquido medicinal Aristolino evita cravos, espinhas e manchas, que tanto prejudicam sua beleza, ao mesmo tempo em que limpa sua cabeça e dá maciez aos seus cabelos. Aristolino, sabão de beleza, sabão de saúde".



Sabão Aristolino - Anúncio de   1918

SABÃO "ARISTOLINO" - ANÚNCIO DE 1922


Sabão Aristolino - Anúncio de   1918


Vi várias publicidades, até despertar do sonho saudosista: "Para branquear a pele, usai o sabão Aristolino!". Um susto, porque eu desconhecia a suposta propriedade, que, no fundamental, é racista e de forte e falso apelo ao embranquecimento como único valor desejável e diz muito de por que o 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, tem razão de existir no Brasil.





Publicado no Jornal OTEMPO em 20.11.2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Fátima Oliveira: A lei “acariciou a onipotência” do goleiro Bruno

Caso Eliza Samudio
A personalidades delinquentes só a lei é que pode impor limites *
Se Eliza Samudio está morta, o Estado é responsável

Fátima Oliveira

Médica – fatimaoliveira@ig.com.br

A hipótese da polícia mineira é que o cadáver de Elisa Samudio saciou cães rottweiler, modo macabro de deletar um corpo; e a abominável ação é de um bando cruel (mandante, intermediários e matador). E de estreito repertório intelectual, se não incinerou os ossos. Há exuberantes indícios de que tais brutamontes são sociopatas (psicopatas). Todavia, é antiético que psicólogos, psiquiatras e psicanalistas se encarapitem na mídia, como papagaios de piratas, chutando que fulano, sicrano ou beltrano é isso ou aquilo outro.
Nem todo homicida é sociopata. Nem todo sociopata mata, mas pode virar assassino se a lei não comparece para punir outros delitos, pois portam personalidades a quem só a lei dá limites: são devotos da transgressão e do banditismo e precisam da liberdade para o culto à marginalidade. O sociopata não é doente mental nem desprovido de razão — característica dos ditos “malucos”, “loucos de pedra”, “doidos varridos” ou que “rasgam dinheiro” –; logo, responde por seus crimes.
Se Eliza Samudio está morta, o Estado brasileiro deve ser responsabilizado, pois se omitiu quando instado por ela a proteger a sua vida! O inquérito em que acusa o alegado pai do seu filho de torturá-la de arma em punho só foi concluído quando “Inês já era morta”, em 6.7.2010, nove meses após a queixa! A lei, quando chamada, não compareceu para dar limites ao agressor. Ao contrário, acariciou sua onipotência.




Como uma juíza crê que, para não banalizar a Lei Maria da Penha, não deve aplicá-la quando o agressor não coabita com a violentada? O argumento dá um cordel de sentença de morte: “a ex-amante não poderia se beneficiar através de medidas protetivas, nem ‘tentar punir o agressor’, sob pena de banalizar a Lei Maria da Penha, cuja finalidade é proteger a família, seja proveniente de uma união estável ou de um casamento e não na relação puramente de caráter eventual e sexual”.



Bruno
 Houve tumulto na chegada de Bruno à Delegacia de Homicídios, da Barra da Tijuca. Foto: Wagner Meier/Fotoarena/Divulgação






Quando uma mulher alega estar grávida de um homem, sem teste de paternidade, é moralmente insustentável dizer que não há vínculo entre eles, pois a ciência já descobriu, e faz tempo, que filho não é só da mãe! A palavra da mulher, até a “comprovação científica” da paternidade, tem de valer para fins de proteção de sua vida! No mesmo Rio de Janeiro, foram concedidas medidas protetivas da Lei Maria da Penha a uma atriz contra seu namorado, um ator, que até dormiu no xilindró por desrespeitar a sentença judicial! Por que uma mereceu crédito e a outra não? Meritíssima, data venia, o que banaliza uma lei é a não-aplicação dela, gerando o fenômeno da “lei que não pegou”. Está explícito que, embora a Lei Maria da Penha seja o que de melhor nós, as mulheres em luta, conquistamos, contém “furos”, por onde trafega o abuso de poder interpretativo.
Urge que a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) encontre meios de blindar a Lei Maria da Penha, ao máximo, contra interpretações ao bel-prazer do juízo de valor conservador e machista de magistrados(as) e incluir elementos novos, científicos e consensuais, pertinentes às personalidades criminosas ou bandidas, já que “os transtornos de personalidade são intratáveis, incuráveis e irreversíveis”, mas há prevenção: “Investir em educação, em atendimento à primeira infância, na aplicação das leis e em contenção” (dr. João Augusto Figueiró, revista “Época”, 4.7.2005). A Lei Maria da Penha e a magistratura não podem se omitir diante de agressores. É estímulo homicida não punir delitos de quem exibe padrão sociopata!


Homem usa uma cruz em protesto  pedindo justiça no julgamento do goleiro Bruno
(André Luiz dos Santos pede justiça em frente ao fórum de Contagem, véspera do julgamento do Caso Elisa Samúdio, 18.11.2012)


Publicado em: 13.07.2010

Reprodução/TV Morena
  Fátima Oliveira: A lei “acariciou a onipotência” do goleiro Bruno: Título de VIOMUNDO, leia os 211 comentários
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A personalidades delinquentes só a lei é que pode impor limitesTÍtulo de OTEMPO

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A etnia luo: o povo de Barack Obama em estilosa celebração




Foto de Obama abraçando a primeira-dama no Twitter bateu recorde de compartilhamentos na rede | Foto: Reprodução Internet (Foto de Obama abraçando a primeira-dama no Twitter bateu recorde de compartilhamentos na rede)

ENFIM, A CASA BRANCA CONTINUA PRETA E LAICA 
Fátima Oliveira
Médica - fatimaoliveira@ig.com.br

 

Madrugada correndo, e eu acuada pelo "pinoquismo" midiático que, por meses, martelou um suposto empate técnico entre Obama e Mitt Romney. Um alívio sonolento a tuitada de Obama com sua foto abraçado a Michelle: "Quatro anos mais. Isso aconteceu por causa de vocês. Obrigado".
  • Reprodução O presidente norte-americano, Barack Obama, agradece no Twitter sua reeleição

Só dormi após o placar, que, hoje sabemos, dava vitória folgada, no voto popular e em delegados ao colégio eleitoral, com os resultados da Flórida: Obama, 332 delegados; e Mitt Romney, 206. Vitória suada, como disse Eliakim Araújo, em "Ricos contra pobres nos EUA": "Obama é vidraça e Romney, atiradeira... Obama é o melhor, embora não seja nenhuma maravilha".
Ao que adendo: um presidente dos Estados Unidos, seja quem for, jamais será uma maravilha, dada a natureza escorpiônica da prática imperialista, mas, para o mundo, é menos doentio quando quem preside os EUA é um democrata. Daí a torcida pró-Obama e contra o fundamentalismo do Tea Party (Partido do Chá).
Para as mulheres do mundo, uma perseguição a menos, pois "Romney se opõe à Roe v. Wade, decisão de 1973 da Suprema Corte que defende o direito da mulher ao aborto", e é contra os subsídios federais para planejamento familiar. Obama mantém a opinião de que "as escolhas de uma mulher quanto à sua saúde são decisões pessoais, são tomadas da melhor forma com seu médico - sem a interferência de políticos".


(Barack Obama e sua mãe, Ann Dunham)
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(Obama com o seu Pai Barack Obama)

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[Em Jakarta Lolo Soetoro, a sua filha, Maya, com
Ann Dunham e Barack Obama. (Photo courtesy of Barack Obama)]


 Quando acusado de baixo compromisso com a "questão racial", tem uma frase pronta: "Não sou o presidente dos Estados Unidos dos Negros, sou o presidente dos Estados Unidos da América". Tem de governar conforme a lei. Logo, nada de ilusões, além do dito em 2009 por sua filha Malia: "Ser o primeiro presidente negro vem com uma grande responsabilidade". Para muitos, ele - que tem pai negro, um queniano da etnia luo; mãe branca, descendente de irlandeses da aldeia de Moneygall; e padrasto asiático - aprendeu a ser unificador, constatação implícita em célebre frase num programa de Oprah Winfrey ao falar que jantares de sua família "são sempre uma mini-ONU, com parentes de todas as etnias".



Popoli d'Africa: Luo

(Obama com Mama Sarah)
 
(Obama com parentes no Quênia)



Obama_in_Kogela.jpg (Senador Barack Obama, em Kogelo, agosto de 2006)

(Mama Sarah)
De Kogelo, povoado nas proximidades do lago Vitória, no oeste do Quênia, Mama Sarah, 90 anos, avó de Obama, deu duas declarações. A primeira, antes das eleições: "Eu rezo por ele, para que Deus o ajude... É uma disputa dura. Se for a vez dele, Deus o deixará triunfar". No dia seguinte à reeleição, ela, singela e altivamente, disse: "Venceu pela graça de Deus. E, também, porque sabe amar as pessoas, não gosta de divisões. Por isso ganhou", e arrematou: "Tentou uma segunda vez e ganhou". Ela expressou com fidelidade a filosofia do povo luo, o povo ancestral de Obama, que habita o Quênia há milhares de anos.


A poster of Barack Obama hangs in Kogelo village, Kenya, where President Obama's father was born. (Poster de  Obama em Kogelo, 2012)


Para Mark Weisbrot, codiretor do Centro para Investigação Econômica e Política, a reeleição de Obama "estava prevista pelas pesquisas eleitorais do Princeton Electin Consortium e do Fivethirtyeight.com. Não foi uma surpresa, a não ser para a maioria dos meios de comunicação e os especialistas que fingiam que havia uma disputa acirrada" e que "a campanha democrata foi vitoriosa porque conseguiu convencer a maioria dos eleitores de que Romney e os republicanos se importam apenas com os ricos". Leila Cordeiro, em "A vitória de Obama e o racismo explícito" (8.11.2012), declarou que, "depois da reeleição de Obama", começa "a pensar se, além da rivalidade, não existiu, latente e implícito nas atitudes dos conservadores, o velho e enferrujado preconceito, que, por séculos, tomou conta do país de Tio Sam...".
Enfim, a Casa Branca continua preta e laica.



Família Obama foi fotografada por Annie Leibovitz para a imagem oficial, no Salão Verde da Casa Branca, em Washington, EUA (Família Obama foi fotografada por Annie Leibovitz para a imagem oficial, no Salão Verde da Casa Branca, em Washington, EUA)

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Win McNamee/Getty Images/AFP 
Vitória de Obama anunciada no comício em Chicago
Com vestido Michael Kors usado em duas ocasiões no passado, Michelle Obama acompanhou o marido, Barack Obama, e as filhas Sasha e Malia durante o discurso de reeleição em Chicago (07/11/2012) Publicado no Jornal OTEMPO em 13.11.2012